21 de novembro de 2022

Jimi Hendrix Não Morreu em 1970

Depois que sua namorada voltou do mercado e viu Hendrix desacordado, ela ligou imediatamente para o serviço de emergência. No caminho ele sofreu um ataque cardíaco, mas os profissionais da ambulância o salvaram. 

Chegando ao hospital, já todo mundo sabendo que era Jimi Hendrix, o levaram para sala cirúrgica onde fizeram uma lavagem estomacal. Durante algumas horas Hendrix correu sério risco de perder a vida, mas conseguiu sair dessa pesadíssima overdose. Permaneceu na UTI durante dias, em coma induzido. 


A mídia enlouqueceu, os fãs acamparam em frente ao hospital e o mundo todo ficou atento à recuperação de um dos ícones do movimento hippie e da música psicodélica. Programas de debates em TV e rádio, jornais, revistas, toda mídia discutia sobre os costumes dos hippies, o consumo das chamadas drogas psicodélicas, os costumes dos roqueiros da nova cena e os reflexos do festival Woodstock. Em meio a tudo isso, comoção e muitos boatos. Até o fim de setembro foram ao menos 3 vezes que noticiaram a morte do grande guitarrista canhoto.


Pra esquentar ainda mais esse debate, no dia 4 de outubro, Janis Joplin, outro ícone do movimento hippie, também dá entrada no hospital vítima de overdose. Esse fato só colocou mais lenha na fogueira. Dois dos grandes nomes da nova música internados vítimas de overdose. A repercussão foi muito negativa  e muitos shows foram cancelados. Assim como participação em programas de televisão e coisas assim. Até mesmo as gravadoras adiaram alguns lançamentos previstos para o Natal de 1970.


Voltando para Jimi Hendrix, no final de outubro ele saiu do hospital, ainda fraco em cadeira de rodas, mas sem sequelas físicas e mentais. Foi pra casa e saiu de cena por seis meses. Claro que a mídia ficava em cima o tempo todo atrás de qualquer novidade, mas nada de shows, gravações, músicas, entrevistas, fotos. Até que um belo dia a família divulga algumas fotos dele tomando banho de mar, já forte com a mesma aparência de antes. Esse foi o início de sua volta para a música e para a mídia. Mas Hendrix era outro.

Sóbrio, com um cabelo black power curto e firme, roupas nada coloridas e sem guitarra na mão. Foi assim que Hendrix apareceu nas primeiras entrevistas. Sua volta aconteceu em maio de 1971 e evidente que todo mundo queria saber da retomada de sua carreira. Ele surpreendeu a todos: contou que recebeu visita de muitos velhos amigos dos tempos de soul music e, como resultado, ele já tinha planejado a gravação de um disco gospel com The Isley Brothers - com quem tocou e gravou antes da carreira solo.


Não que ele tivesse abandonado o rock, mas é que as visitas somadas aos velhos discos que ficava escutando em casa, o fez resgatar raízes, então naturalmente compôs algumas coisas e fez versões de outras músicas que resgatou. Pra retomar devagar, precisava de algo diferente. Nada de shows marcados e nada de pressa em fazê-los. Na verdade, ele passou 1971 praticamente no estúdio.


No Natal de 1971 saiu o disco com o The Isley Brothers e a recepção foi melhor que o esperado. Um documentário mostrando os bastidores das gravações do disco repercutiu bem e ajudou nas vendas. Shows não estavam planejados mas, por causa do sucesso, resolveram fazer dois no fim de fevereiro de 1972. O palco escolhido foi o do Apollo Theater e os ingressos foram muito disputados!

Diferente de seus trabalhos solos, nesse projeto com os Isley, não havia distorções e nem sempre a guitarra está aparente. Ela está junto com a percussão, os backing vocals, corais, baixo e teclados. Um disco gospel grandioso, com belos arranjos e produção impecável. Jimi Hendrix estava diferente, mas estava de volta ao jogo.

Retorno triunfante - apesar de alguns roqueiros radicais terem reclamado - que colocou Hendrix de volta às manchetes, mas agora por causa de sua música. Apesar dos apelos por uma turnê, nem ele e nem os Isley poderiam. Os shows do Apollo foram gravados profissionalmente e foram exibidos nos cinemas do mundo todo durante todo ano de 1972. Com esse lançamento Hendrix teve a chance de viajar pelo mundo para ajudar na divulgação. Viajou sem banda, só para divulgação na mídia: participar de programas de tv e rádio, entrevistas para revistas e jornais, ir a eventos. Viajou pelos EUA, foi para Inglaterra, França, Alemanha, Espanha, Holanda e Japão.


Durante essa turnê de divulgação, por mais que tentassem, nenhum jornalista conseguiu arrancar do guitarrista seus planos futuros. O máximo que ele falava era: “não posso falar nada pra não estragar.” Mas essas viagens foram ótimas pra ele que foi a lugares que não conhecia e, sem o peso de ter que fazer shows ou outras obrigações musicais, Jimi Hendrix chegou a tocar em alguns momentos em televisão e rádio. Tocou violão, brincou em um piano e até tocou “Purple Haze” em um programa de TV do Japão acompanhado de dois músicos sósias de Mitch Mitchell e Noel Redding. Apesar do clima descontraído, fizeram um puta som e foi a primeira vez que Hendrix tocava algo de seu repertório clássico desde sua overdose.


1973 iniciou com um anúncio bomba tanto para os fãs, quanto para imprensa: Hendrix havia formado um novo grupo, o The Soul Experience, resgatando seu projeto solo inicial, mas agora sem seu nome mas sendo uma super banda formada com  Billy Preston nos teclados e piano, Buddy Miles na bateria, James Jamerson no baixo, The Flirtations nos backing vocals e Robert (Willie) White na guitarra base. James e Robert eram músicos da Motown e formavam a famosa The Funk Brothers. A 1ª entrevista coletiva do grupo foi um evento digno de um grande concerto de rock.

Na entrevista, que aconteceu em 20 de janeiro de 1973, eles revelaram que já estavam tocando há três meses. A conversa começou com Hendrix, Miles e Preston em uma festa na casa de Berry Gordy (o dono e fundador da Motown Records). Foi algo despretensioso que deu certo. Anunciaram repertório para um disco duplo com composições novas de Jimi Hendrix, de Soul Experience e versões da soul music, e turnê durante o ano todo.


Evidente que foi outro estouro de vendas. Além da banda base, havia percussão, sopros e cordas. Quincy Jones foi o responsável pela produção e foi ele quem se convidou. Mais uma vez Hendrix dispensou as distorções que estão em momentos pontuais. As duas últimas músicas do discos preencheram o Lado D e se tornaram clássicos do Gospel Progressivo, inclusive porque são as duas únicas músicas desse estilo.


Entre pré-produção e término das gravações, o grupo ficou em estúdio de fevereiro até maio e o disco saiu no início de setembro de 1973. A partir daí rolou o esquema clássico “divulgação e shows''. Foi uma turnê de poucos e bons shows. Estados Unidos, Japão e Europa. Dividiram palco com Stevie Wonder, Aretha Franklin, The Staple Singers, Ike and Tina Turner, Temptations e outros grandes nomes da soul music.


Hendrix estava sóbrio. Todo mundo perguntava pra ele se era difícil ficar nessa condição em um ambiente em que há drogas com facilidade. A resposta era sempre a mesma: depois da overdose e do coma, ele voltou sem vontade, como se aquilo não fizesse parte dele. Apesar disso, a genialidade musical continuou a mesma.

Mesmo quando ainda consumia de tudo, houve um período em que ele não usava nada antes dos shows, nem maconha. Isso foi um conselho de Bill Graham, dono da famosa casa de shows Fillmore, que Jimi experimentou e percebeu que, de fato, sua performance era melhor estando sóbrio. Ele se sentia bem, estava bem e assim pode ver o quanto estava entregue às drogas, quase que um suicida.


Se afastou de certas pessoas e esses projetos os quais agora estava envolvido eram bons porque ele dividia a atenção com os outros músicos. Com os Isley e com Soul Experience, o peso não estava inteiro em seus ombros. Então voltar dessa forma o ajudou a também entender o que era os anos 70 antes de voltar com tudo. Tanto que das 15 faixas do disco, apenas três ele assina sozinho. A maior parte eram composições surgidas nas jams que viraram ensaios. Riffs, letras, arranjos, tudo foi feito em grupo. Tudo aconteceu perfeitamente bem. Os shows foram ótimos, o clima entre os músicos era excelente. Foi um ano muito bom para Hendrix e já na fase final da turnê , ele começou a receber convites para participar de gravações e discos.


O último show deste projeto aconteceu em outubro de 1974 e depois disso todo mundo saiu de férias. Não havia planos para entrar novamente em estúdio, a ideia era apenas o disco e a turnê. A missão estava cumprida. Nas últimas entrevistas todos deixaram a possibilidade de uma nova reunião aberta. Jimi não falou pra ninguém, mas a essa altura ele já estava com vontade de tocar rock novamente.


Saiu de férias com a família, levando seu violão, e passou o resto do ano na praia. Porém nesses últimos meses de 1974, pensou bastante no futuro e até fez contatos.


No início de fevereiro de 1975 Jimi Hendrix fez o anúncio que muitos fãs esperavam desde sua volta: o The Jimi Hendrix Experience estava de volta e reformulado com Billy Preston nos teclados e piano, Jack Bruce (ex-Cream) e Don Brewer no lugar de Buddy Miles que tinha compromisso já marcado com sua banda Electric Flag. Don, apesar de tocar no Grand Funk Railroad, foi chamado em um período de folga do grupo.

Dessa vez eram composições unicamente do Hendrix, todas rock. Era o velho Jimi Hendrix, mas com influência do rock progressivo. Resgataram um rock cru, sem muitos efeitos. Gravaram dois discos (75 e 76), os dois no esquema ao vivo no estúdio e muitos shows pelo mundo. Em 1977 saiu um disco ao vivo referente a turnê de 76. Após lançar o 3º disco de estúdio no final de 1978 o grupo terminou seus compromissos de shows em julho de 1979 e tirou férias, porém não voltou mais porque seus integrantes foram trabalhar em outros projetos. Esse 3º disco, recheado de convidados, se tornou um grande clássico com grande vendagem no mundo todo. Dele participaram Eric Clapton, Keith Richards, Little Richard, Chuck Berry, Robert Fripp, Roger Watts, John Bonham e Jimmy Page, Stevie Wonder, Betty Davis, entre outros.


Depois da overdose Jimi Hendrix realmente mudou, se considerava um cara de sorte e via essa segunda chance como uma oportunidade de ouro e foi por isso que ele se cercou de amigos no palco e no estúdio. Depois de ter feito esse retorno triunfante e intenso do Jimi Hendrix Experience, ele considerou seu ciclo no rock terminado, pelo menos naquela concepção.


Hendrix entrou na década de 1980 tranquilo com seu passado e sem negar o futuro. Participou de diversos discos e gravações e continuou tocando com seus amigos. B.B. King, Bo Diddley, Muddy Waters e outros grandes guitarristas dividiram palco com Hendrix em festivais de Jazz, de Blues; velhos roqueiros e os novos dos anos 80 também tocaram e gravaram com ele. Ao longo dessa década de 80, Jimi lançou apenas mais 3 discos, todos eles de Jazz e Blues, também recheados com participação de grandes músicos desse universo.
 
Em 1981 ele, juntamente com Eric Clapton, Stevie Wonder, Norman Watt-Roy (The Blockheads) e Buddy Miles se juntaram em um projeto onde ficaram por duas semanas em um daqueles casarões nas redondezas de Londres. Esse encontro resultou em dois discos memoráveis lançados em 1982 e 1983 que mistura músicas autorais, releituras e covers que variavam entre a soul music e o soft rock.

A partir dessa década Jimi Hendrix resolveu se divertir mais e se preocupar menos com a carreira. Surpreendeu o mundo gravando o solo da música “Beat It” de Michael Jackson no disco Thriller; veio ao Brasil pela primeira vez para participar do festival Rock in Rio de 1985 em um show antológico junto com George Benson; participou do Live Aid e do Woodstock de 1994 também fazendo um show antológico com todos seus grandes clássicos e que saiu em CD. Ao longo dos anos continuou tocando e gravando. Jimi morreu em 2004, aos 62 anos, depois de um ataque cardíaco. De todas as drogas que tomava, ele só não havia abandonado o cigarro e a cerveja. Como deixou muito material gravado desde os anos 1970, até hoje, pleno 2022, ainda há lançamentos inéditos.


23 de outubro de 2022

Brasil e seu Comunismo Corrupto e Fracassado (PT Nunca Mais)

 (Nesses tempos sombrios publico esse texto sabendo que ele pode sumir ou fazer o blog sumir! Qualquer coisa, já deixo aqui meu abraço e agradecimento por acompanhar o Sete Doses de Cachaça nesses 15 anos!)




São 27 anos de um comunismo fajuto, elitista e altamente corrupto. Não à toa os 3 Poderes são repletos de privilégios e benefícios, como eram em todas as Monarquias: tudo para a corte e seus asseclas; dane-se o povo. É o que ainda acontece hoje. Esse sistema que nasceu no Governo Sarney e foi se aprimorando, chegou ao seu auge com Lula e seu PT.

É por isso que, por exemplo, há uma elite artística que defende esse bandido, assassino, censor de 9 dedos. Sabe aquelas cenas que vemos nos filmes de época que quando o Rei anda, vem 30 pessoas atrás? Entre essas trinta pessoas estão artistas e jornalistas. 9 dedos não é bobo.

Todos os Governos usaram caixa 2 para ganhar apoio. Todos os Governos distribuíam e criavam cargos para seus cupinchas. O bom e velho cascalho, mais conhecido como “cala boca que você também se dará bem” ultrapassou as barreiras partidárias porque o PT foi além e passou a dar benefícios, regalias e facilidades para grandes empresas de comunicação e para um seleto grupo de artistas. Além deles, claro, intelectuais e acadêmicos também se beneficiaram no Governo PT.

Durante os Governos Lula e Dilma, o Brasil caiu em todos os índices mundiais. Todas as estatais deram prejuízo. Alunos começaram a bater em professores. Índices de violência aumentaram (inclusive contra mulheres). Lula quis expulsar jornalista internacional por dizer que o então Presidente gostava de tomar cachaça. Lula mandou pra Cuba dois boxeadores cubanos que queriam pedir asilo nos EUA após as Olimpíadas do Rio. Lula protegeu um assassino italiano confesso. Comprovadamente desviou recursos de todas as estatais possíveis, bem como os orçamentos de todos os Ministérios. Criou Mensalão. Criou Petrolão. Desviou dinheiro até de aposentados do serviço público. Pouco foi feito nos desastres ambientais de Brumadinho e Mariana. Cortou orçamento da saúde. Cortou orçamento da educação. Governo do PT e Lula deixaram famílias e estudantes endividados e donos de bancos bem mais ricos.

Os filhos de Lula também ficaram milionários.

O finado Hélio Bicudo, que ajudou a fundar o PT e esteve ao lado de Lula em diversas e importantes ocasiões, dizia que Lula nada mais foi do que um mero caixeiro viajante representante de empreiteiras.

As pessoas que defendem um desgoverno desses que em 16 anos teve a chance de mudar os rumos do país e nada fez por simplesmente ignorar justamente o Brasil em detrimento de seus aliados comunistas de outros países, que foram beneficiados com milhões de dólares, ou eram (e continuam sendo) alienadas ou não têm caráter algum.  

A educação ficou em frangalhos. A saúde ficou em frangalhos. A economia ficou em frangalhos. O desmatamento e invasão de terras aumentaram (são dados!).

Pra quem falava que queria ser Presidente do Brasil desde – mais ou menos – 1979, Lula fez um Governo horroroso. Como já disse em outro texto, teve ao menos 20 anos para se preparar para o cargo e preferiu cultivar sua ignorância para usá-la a favor politicamente (nunca antes na história desse país um torneiro mecânico...). De fato nunca antes na história houve um torneiro mecânico tão ladrão, tão desonesto e mentiroso como Presidente. Lula é uma vergonha para a categoria.

Lula e Dilma adoravam viagens internacionais. Levavam comitivas e até amantes! Alugavam andares inteiros de hotéis luxuosos 5 estrelas. Usavam o avião da FAB como se fosse um carro popular (buscavam e levavam os filhinhos e amiguinhos pra passar fim de semana em Brasília, por exemplo). Gastos imensos em seus cartões corporativos.

Lula deveria estar preso. Isso todo mundo sabe, inclusive quem o defende. Mas os asseclas não ligam: Lula pode ser corrupto, mentiroso, ladrão, mau caráter, ditador, empobrecer toda população brasileira, estragar a educação, sucatear a saúde, contando que eles recebam seu apoio.

Não vou estranhar se me disserem que diminuiu o número de “plays” desses artistas da elite comunista nas plataformas de música. Eu mesmo – que amo música brasileira – deixei de escutar vários deles, e de segui-los também.

É inconcebível que exista artista, profissionais do audiovisual e acadêmicos a favor do comunismo. Ou são burros ou alienados. Um regime que controla tudo não pode ter pessoas dessas áreas a favor dele. Minha cabeça entra em parafuso quando penso nisso.

Finalmente hoje o país toma os rumos que esperávamos já no Governo Sarney. Naquela época era impensável que um dia teríamos inflação menor que na Inglaterra, Estados Unidos e outros países de 1º mundo. Assim como impensável ter 100 milhões de pessoas com trabalho. Lula que sempre dizia (desde os anos 70) que o Nordeste precisava de água, o que fez em 16 anos?

Então assim, na boa, fechar os olhos pra esses fatos e ainda atacar quem se diz contra PT e todo comunismo fajuto desse país, é de uma arrogância, de uma falta de caráter absurda. É demonstrar, de forma clara, preconceito e intolerância. A violência sempre parte da esquerda. Isso é fato. Seja ela verbal, física, moral. A censura a mesma coisa, como prova atualmente Lula e seu PT.

O que escrevo aqui é o que todo mundo sabe.

5 anos de Sarney
8 anos de FHC
8 anos de Lula
6 anos de Dilma

Mesmo com todos esses anos, os comunistas fajutos do Brasil ainda dizem que a oposição é contra a democracia quando, finalmente, pela 1ª vez desde 1985, há um Governo que pensa e age diferente de todos esses acima.

27 anos de um socialismo fracassado em 37 anos de redemocratização e nós, que estamos de acordo com o Governo atual, somos atacados e sofremos censura a todo instante.

O sistema no Brasil é um comunismo baseado em corrupção. Fajuto, mas é. Enquanto tivermos a máquina estatal aparelhada (incluindo Universidades), assim será. Ao menos agora temos um funcionário que chegou e fechou a torneira pra poder reorganizar o que estava uma bagunça.

Essa elite comunista que sempre ditou os rumos do Brasil por quase 30 anos (e que não nos levou pra lugar algum) deveria agora ficar bem quieta já que é a favor da democracia.

O Brasil hoje atingiu índices favoráveis históricos, principalmente na economia, e há quem queira acabar com isso. Pior! Há quem defenda quem queira acabar com isso! Nem que pra isso se mostre a favor da censura.

Essa turma comunista fajuta vai passar vergonha no futuro. Será uma vergonha para seus descendentes. Assim como hoje estão passando vergonha por não falarem nada diante da censura que acontece atualmente e que sabemos, irá piorar se Lula voltar a cena do crime.

Quem matou Celso Daniel? Quem mandou matar Bolsonaro?

Essa elite comunista brasileira é doente.


PS: Em sua conta no Instagram o Deputado Marcel van Hattem postou em 23/10/2022 diversos dados comparando Governos passados e o atual.

19 de setembro de 2022

A Esquerda Não Deveria Escutar Música

A ignorância é tamanha que faz com que a pessoa acredite em uma mentira – e lute por ela – só porque ela acha que essa mentira é a mais pura verdade. E fará de tudo para mudar a história por conveniência, mesmo sem saber de onde partiu a mentira que acredita ser verdade e sem mesmo questioná-la.

Haja paciência para aguentar tanta falta de conhecimento somada com prepotência e arrogância! Essa afirmação serve, inclusive, para os artistas brasileiros (ah, que decepção!).

O rock, e toda música pop ocidental, nasceu das tradições cristãs, de onde veio o gospel que deu a luz ao blues, folk e country. De tudo isso surgiu o doo wop, a soul music, o rock’n’roll e outros estilos musicais (que inlusive ditaram moda e comportametno).

Surgiram grupos vocais que imitavam tanto nos arranjos, quanto nas coreografias, os corais cristãos que se apresentavam nas missas. Esses corais, ainda hoje uma tradição, são de arrepiar!

Toda essa gente, independente da cor da pele, cuidava e protegia a família, seguia a fé cristã, mantinha as tradições e cuidava da sua terra. Hoje, as pessoas que prezam por esses valores são chamadas de conservadoras (essa bobagem de rótulo me lembra o rock nos anos 80 quando o punk não podia escutar metal, etc e hoje se vê como isso era besteira).

A ideologia comunista tem asco disso tudo, porém abraça todos esses valores.

Em países comunistas - como já escrevi no blog diversas vezes - não existe arte autoral. Não existe rock, soul music, rap, pop, punk rock, jazz… Isso pra ficar só na música!

Você pega todos os artistas da soul music, são todos de valores conservadores: Jesus Cristo, família, tradições e costumes. Stevie Wonder, Aretha Franklin, Nina Simone, Sam Cooke, Temptations, Supremes, Four Tops, James Brown... a lista é interminável. Todos já gravaram discos e músicas gospel.

Você pega as composições de Bob Marley e outros grandes nomes do reggae e lerá letras com citações bíblicas e cristãs.

O comunismo odeia tudo isso!

O rock jamais poderia ser de esquerda. O rock é capitalista. Os artistas querem seus cachês, hotéis 5 estrelas e as melhores condições pra tudo. As gravadoras querem o lucro. Os empresários querem vender shows e os contratantes querem vender ingressos e lotear espaços.

Seus roqueiros preferidos têm famílias, são casados, têm filhos, comemoram as datas especiais, inclusive o Natal. Também não importa se eles são héteros, gays ou qualquer outro gênero. Não importa se tocam rock gospel ou death metal. Inclusive não é difícil achar fotos de integrantes do Slayer ou de qualquer outra banda de rock pesado, hardcore, etc comemorando o Natal junto com a família. Aliás, nem existe heavy metal em países comunistas.

Todos esses artistas se importam e cuidam de suas famílias. Saem de casa para trabalhar, ganhar dinheiro com sua arte, pagar as contas e ter lucro para fazer planos com seus familiares.

Até mesmo as pessoas bobocas que insistem em dizer que o rock é uma expressão de esquerda, elas todas são capitalistas, têm suas famílias, comemoram datas tradicionais e compram presentes de Natal.

É muita hipocrisia somada à infantilidade. Caso você seja uma dessas pessoas, te aconselho então a parar de falar besteiras pra não passar vergonha.

Ou então, se você é uma pessoa que realmente abraça a ideologia comunista, pare já de escutar rock e qualquer outro estilo de música comercial do ocidente. Soul music então, nem pensar! 

O comunismo mata e controla! Rock é liberdade!

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Vou colocar aqui o maravilhoso Amazing Grace de Aretha Franklin, mas você esquerdista não pode assistir, muito menos gostar!

18 de agosto de 2022

A Geração Napster do Rock

Hoje com a distância do tempo dá pra fazer uma análise do que foi o rock na virada dos 1990 para os 2000. O rock da geração Napster! Nesse período, principalmente, entre 1997 e 2003 muitos grupos legais surgiram (com algumas exceções mais antigas como The Hives e Spoon).

Você pode até sentir falta de outros nomes, mas aqui vou me ater ao que eu escutei, gostei e baixei. Se algum nome aqui remeter a outro que não esteja presente, ótimo, e ele faz parte com certeza desse balaio, mas eu certamente não o escutava (como The Libertines e White Stripes).

Pra todo mundo do universo musical esse período foi marcado pelo surgimento dos programas de troca de arquivo. Eu mesmo fiquei maluco porque queria tudo que eu nunca tive junto com tudo quanto era novidade. Fiquei maluco atrás de grupos punks que eu não tinha os discos, queria baixar todos os artistas de Soul Music, procurar todas as músicas que eu escutava e não conhecia o artista e ainda ia atrás de todas as novidades. Eu achei muita coisa boa! 

Em 2000 eu tinha acabado de sair da MTV pra ir trabalhar em um site adolescente que tinha no mundo todo (tantofaz.net). Eu era editor de música e, assim como na MTV, as gravadoras me enviavam todos os lançamentos semanalmente.

Era uma transição da internet discada para a internet a cabo, então baixar esses discos e músicas não era rápido e organizado. Baixava-se as músicas e assim você criava a pastinha do grupo / disco e organizava os arquivos um a um. Como era literalmente uma troca de arquivos, havia uma regra natural e velada de você deixar seus arquivos abertos e disponíveis. Então quando você baixava algo, baixava com o título / nome que outra pessoa tinha feito. Por exemplo: eu colocava “In Bloon” do Nirvana e vinha uma penca de arquivos dessa música de todos os tipos, tamanhos, qualidades e nomes.

Daí você procurava na lista os que você queria e, de preferência, sempre do mesmo “fornecedor”. Se sua internet era boa, você conseguia baixar mais de um arquivo junto. Havia também o torrent, mas eu não o usava. Só um pouco depois do Soulseek que surgiu formas de baixar discos inteiros de uma só vez.

Eu abria o Allmusic Guide pra procurar os discos e artistas que eu queria. Eu ia na aba “artistas relacionados” e achava outros nomes, artistas antigos e novos. Dessa forma encontrei muita coisa legal (e muita coisa ruim também). 

Eu comprei o ‘Is This it’ do Strokes na loja e com certeza esse foi um dos últimos CDs que comprei na vida - talvez até tenha sido o último. 

The Zutons, The Coral, The Detroit Cobras, Mates of State, Art Brut, Spoon, Interpol foram alguns dos grupos que achei nessa primeira leva de novos nomes. Mates of State eu pirei e passei a acompanhar a carreira. Era muita coisa nova pra digerir ao mesmo tempo e eu tinha um Ipod de 2g pra isso. Não lembro ao certo o quanto cabia de músicas e discos nele, mas sei que cabia muito mais do que eu tive de discos e CDs na minha vida toda hahaha. Nele tinha Sly and Family Stone, Serge Gainsbourg, Dead Kennedys, Neil Young, XTC e Adoniran Barbosa. Era uma salada de urgências! Eu queria ter tudo e escutar tudo ao mesmo tempo.

Pesquisar músicas, baixá-las, organizá-las e colocá-las no Ipod era como o que a gente fazia nos anos 70 e 80 quando gravávamos os discos: escolhíamos as fitas, os discos, as músicas, escrevíamos os nomes na capinha numerando-as e guardando na ordem certa. 

Napster e Soulseek eram os novos brinquedos para os amantes de música. Junto com tudo isso surgiu a mania de comprar CDs virgens pra colocar os arquivos neles. 

Na busca de nomes novos eu baixava os grupos sem saber muito sobre eles e escutava-os. Se eu não gostasse, então eu simplesmente jogava fora. Nesse modo divertido e aleatório eu encontrei Clap Your Hands Say Yeah, Spoon, Radio 4, Dogs Die in a Hot Cars, Art Brut, The Magic Numbers e outros.

Muitos desses grupos não existem mais. Alguns lançaram um, dois ou três discos e puf, sumiram. Outros foram mais resistentes, mas nenhum deles teve a mesma significância que outros grupos de décadas anteriores. Apesar desses grupos terem bons discos, eles já não tinham muita novidade pra mostrar quanto a sonoridade, salvo uma ou outra exceção - como o Mates of State.

The Thrills, The Magic Numbers e The Detroit Cobras têm algo de country e folk que remete não só a Neil Young, mas também a Edie Brickell & The New Bohemians e Cowboy Junkies; o Interpol tinha algo de Joy Division e Bauhaus; o Radio 4 algo de PIL; Mars Volta o King Crimson; Bloc Party o Gang of Four. Todas elas, de alguma forma, te levam a sonoridades já exploradas, mas isso não tira a força que alguns discos desta turma têm. Inclusive digo numa boa que alguns desses discos são clássicos.

‘So Much For The City’ do The Thrills, o 1º do Magic Numbers, 'Mink Rat or Rabbit' do Detroit Cobras, ‘Silent Alarm’ do Bloc Party, ‘Veni Vidi Vicious’ do The Hives, ‘Turn on The Bright Lights’ do Interpol, ‘Girls Can Tell’ do Spoon, ‘Bang Bang Rock’n’Roll’ do Art Brut, ‘Who Killed… The Zutons do Zutons, ‘Deloused in The Comatorium’ do Mars Volta, ‘Bring it Back’ do Mates of State e, claro, ‘Is This It’ do Strokes. Esses são alguns dos ótimos discos dessa geração.

Se comparar com o que estava acontecendo aqui no Brasil, dá até vergonha porque as citações não vão além de Charlie Brown Jr., Los Hermanos, CPM22 e Pitty. Mas não farei essa comparação porque vai dar pena. A culpa não é desses quatro artistas, mas o último sopro do rock feito por pessoas que, antes de tudo, amavam o rock, foi a geração 90. 

Agora, os motivos pelos quais essa geração de grupos não formou uma cena e/ou não teve uma longa carreira, daí são outros quinhentos. Fato é que, apesar de boa parte desses grupos (os gringos!) não terem uma discografia longa e robusta, deixaram um ou dois discos atemporais que soam, até hoje, como um sopro de rejuvenescimento ao bom e velho rock

15 de julho de 2022

Liberdade de Pensamento!

A ideia era ter publicado este texto ontem, porém a correria no meu trabalho não permitiu. Então o faço agora, um dia depois da data comemorativa. Antes tarde do que nunca! :) 

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Dia 14 de julho é o Dia da Liberdade de Pensamento e a turma da bandeira vermelha deve estar com muita raiva disso! 

Comunista odeia liberdade de pensamento. Viva a liberdade de pensamento!!! 

Dias atrás publiquei no Facebook um texto a respeito de minha dúvida sobre o homem ter pisado na lua. Depois de ter assistido e lido diversos conteúdos relacionados ao tema, passei a ser cético quanto a esse assunto. Inclusive conteúdos esses que não tínhamos acesso e que graças a tecnologia, a internet, as redes sociais e a digitalização hoje estão ao alcance de todos.

Até então, nunca pensei em certos detalhes, mesmo conhecendo desde pequeno a teoria que envolve Stanley Kubrick. Depois de ver e ler cientistas, físicos, engenheiros e estudiosos questionando uma centena de coisas, vi que essa história de homem na lua é mal contada. Há dúvidas complexas que eu não saberia reproduzir aqui, mas há dúvidas óbvias ligadas ao combustível, ao tamanho da cápsula, a falta de registros (alguns foram feitos e outros não), e até mesmo do solo lunar onde a cápsula pousou, local onde estranhamente não há marca de pouso!

Essa publicação levou a uma discussão entre eu e uma amiga comunista (que, pelo jeito, não quer mais ser amiga). Em seu primeiro comentário me chamou de terra planista, anti vacina e de questionador da ciência. Olha só pra onde a pessoa quis levar meu ceticismo sobre o homem na lua. Tive que dar uma pequena aula sobre liberdade para essa pessoa e é aí que quero chegar:

Essa patota que se diz comunista é vigilante do pensamento alheio. Atua como censor, soldado do autoritarismo. Pra esse povinho que usa antolho a vida funciona desse jeito.

Quando a Argentina liberou o aborto, fiz uma publicação em favor da vida. Por causa disso fui atacado por duas pessoas que me bloquearam em todas as redes possíveis depois de tentarem me diminuir ao máximo. Uma loucura!

Continuo a perguntar: você que é a favor do aborto já xingou e odiou sua mãe hoje?

Loucura porque, pra mim (veja bem: pra mim), isso é querer tolher o pensamento e a opinião do outro que não pensa igual a você. Qual o problema eu questionar a ida do homem à lua? Qual o problema de eu não ser a favor do aborto? 

Eu não me incomodo e não questiono se você acredita que o homem pisou na lua ou se você é a favor do aborto. Você é livre e só você pode responder pelos seus atos. Eu não pago suas contas, você não paga as minhas.

É impressionante a disposição dessas pessoas que se acham de esquerda em querer controlar todos que estão à sua volta. Porém isso é o esperado já que o comunismo é naturalmente um regime autoritário que necessita de um ditador impondo o que você vai fazer de sua vida, o que você vai estudar, o que vai ler, o que vai ser quando crescer e, inclusive, até o que você vai falar e pensar.

A teoria que tenho em relação às pessoas que se dizem comunistas sem se ruborizar é de que são pessoas sem personalidade alguma, por isso, sentem a necessidade de ter alguém dizendo a elas o que devem fazer e o que podem falar e pensar. Além disso, há duas hipóteses para o motivo dessa adoração ao autoritarismo: ou elas são completamente ignorantes ou são manipuladoras igual aos ditadores que adoram.

Pelo que vejo por aí, fico com a segunda hipótese, até porque o perfil dessa patota é de gente mal humorada, que não sabe brincar, rir, descontrair e, pior, não sabe lidar tanto com a própria liberdade, quanto com a liberdade alheia, exatamente por necessitarem de alguém dizendo a elas o que fazer.

Apesar de ficar de saco cheio desses pequenos pseudo ditadores entendo quando alguém dessa turma reclama da opinião dos outros, como aconteceu comigo quando publiquei a dúvida sobre o homem ter ido à lua e/ou minha opinião sobre o aborto: é pura inveja de ver pessoas que tem opinião própria e livre.

No mais, essa gente que acha que é de esquerda só passa vergonha pelas suas colocações, pela forma como pensa, pelo que fala e pelo que defende. Ao contrário desse povo, eu quero mais é que eles sejam livres para continuar a fazer e falar as besteiras que querem. É ótimo ver e ler as bobagens que publicam porque isso dá a certeza de que estou no caminho correto.

O único incômodo é a agressividade que usam para tentar impor o que pensam. De resto, quero que esses comunistas fajutos e bobalhões morram de inveja da minha liberdade!

Aos esquerdas comunistas vermelhos me resta lamentar que gostem de censura, ditadura e autoritarismo. Tendo como ídolos e exemplos de vida gente do mal como Che Guevara, Fidel Castro, Hugo Chaves, Idi Amin, Kim Jong-Un e King Jong-II, Lenin, Mao Tsé Tung, Mengistu Haile Marian, Maduro, Pol Pot, Putin e Stalin não me espanta vê-los odiar opiniões alheias e, como sempre, perder o trem da história em um momento em que o Brasil retoma sua grandeza, desenvolve sua infraestrutura e começa a finalmente a se mostrar que, de fato, é o país do futuro. Não à toa se tornou referência nessa pandemia até para países de 1º mundo.

É por serem contra a liberdade de pensamento que os comunistas não gostam de arte autoral e nós brasileiros temos que aguentar nossos "artistas" levantando essa bandeira maligna do comunismo só porque recebiam esmola do governo petista. É por isso que não consigo entender como esses esquerdistas gostam música, literatura, pintura, artes cênicas. É um tanto contraditório, afinal, ou você é comunista ou você gosta de arte autoral (leia-se arte livre). Os dois não dá.

Ao comunista fajuto o desafio a fazer uma pesquisa sobre 'arte, cultura & liberdade' no governo desses ditadores que listei. De recente posso citar o rapper cubano Maikel Osorbo que foi condenado a 9 anos de prisão por causa da música "Patria y Vida" ganhadora do Grammy Latino em 2021. Fez greve de fome e tudo, mas ninguém deu atenção. 

Viva a liberdade total e irrestrita!!!!

5 de julho de 2022

Brasília Pós Sucesso

Em relação ao sucesso de Legião Urbana, Capital Inicial e Plebe Rude surgido entre 1985 e 1986, Dinho disse no meu livro ‘O Diário da Turma 1976-1986’ que a partir de certo momento começou uma corrida de cegos pelo sucesso. Iniciou uma disputa velada entre esses três grupos pra ver quem se dava melhor.

Essa mesma corrida de cegos passou a acontecer em Brasília. Sem sentido, mas aconteceu.

O triênio 1985-86-87 foi bastante intenso pra esses grupos candangos que estouraram nacionalmente ao mesmo tempo. E foi um tsunami pra quem estava em Brasília e fazia parte desse universo rock.

A oportunidade profissional desses grupos surgiu pela força que Herbert Vianna e Bi Ribeiro deram, tanto que a EMI também contratou Legião e Plebe. Depois ainda gravou disco do Finis Africae, do Arte no Escuro, e ainda cedeu os estúdios para Escola de Escândalo gravar uma demo e Dentes Kentes gravar um ensaio.

Aliás, se esses estúdios da EMI falassem, imagine o que teríamos de história dessa Turma de Brasília!

E por falar em Turma, pra quem já era da Turma da Colina ou ao menos já a conhecia, a chegada do sucesso desses grupos não foi surpresa, apenas consequência de anos de trabalho.

Quem acompanhava esse universo seja pelas antigas revistas Roll e Bizz ou escutando rádios segmentadas como a Fluminense FM no Rio, já estava acostumado a ver e ouvir, principalmente, Paralamas, Legião, Plebe, Capital e Escola de Escândalo.

Pra população de Brasília em geral foi uma total surpresa esses grupos aparecerem na mídia mainstream. Os jovens da cidade começaram a perguntar: Onde eles estão? Tem mais deles?

Tirando o pessoal da Turma e agregados, o resto dos jovens da cidade não só não gostavam desses grupos, como os repudiavam.

Até então, havia muita inveja e ciúmes entre a turma dos playboys com a Turma da Colina. Fazer parte de um grupo de rock, tocar um instrumento, sair na revista e tocar nas rádios atraía a atenção das garotas, então playboys ao contrário de gostar dos grupos, tinham raiva deles. Depois do sucesso, esses playboys passaram a gostar dos grupos, ir aos shows e a comprar seus discos.

Outros jovens da cidade que já gostavam de música viram um bom momento pra tentar fazer sucesso. Dessa forma zilhares de grupos surgiram da noite pro dia. Grupos ruins, sem tempero, sem texto, sem contexto, sem história e sem personalidade.

Houve as pessoas espertas que se aproximaram de quem era ligado à Turma da Colina. Essas pessoas ou eram músicos que queriam tentar tirar uma casquinha do sucesso procurando as amizades certas ou então pessoas que apenas queriam ganhar destaque e parecer amigas dos músicos.

Naquela época era absurdamente diferente você ter um grupo de rock ou até mesmo andar como um roqueiro. Surf, skate e rock ainda eram coisas estranhas.

Como consequência, quem queria ser diferente em Brasília, aproveitou essa onda de sucesso e colou na Turma. Comecei a ver amigos de infância, de escola, que nunca deram a mínima para rock ou música, de repente querendo montar um grupo, gravar discos de rock alternativo e ao mesmo tempo colando na Turma.

Tive um professor de português substituto que certa vez me deu um sermão por me ver com bottons do Clash, Pistols, Ramones no uniforme da escola. Eu estava na 6ª série, tinha 12 ou 13 anos. 

Anos depois o encontrei como vocalista de um grupo e até tirei sarro da cara dele - ele me puxou de canto e pediu discrição rsrs. Era um grupo local que até ficou conhecido entre o pessoal que acompanhava a cena rock da cidade e até fez show junto com Filhos de Mengele ao menos umas duas vezes, mas não vou falar o nome dele.

Esse triênio o rock reinou na mídia, virou moda pra quem caiu de paraquedas e isso foi fortemente intenso em Brasília por causa do sucesso dos grupos e do refrão de “Vital e Sua Moto”.

Até o estouro, Brasília tinha poucos grupos de rock. Não dá pra quantificar, mas era como se em 1984 existissem 30 grupos e, de repente, em 1986 havia 500. Era no esquema quantidade nota 10, qualidade nota 0. Pra deixar bem mais claro: os grupos que valiam a pena, juntando todos, chegava a dar algo em torno de 10 nomes, no máximo.

Num piscar de olhos surgiram punks, góticos, alternativos e gente interessada em rock e suas vertentes. Também apareceu dentro da Turma uma panelinha que se achava a última bolacha do pacote por ser amiga de integrantes de Legião, Plebe, Capital. Uma baboseira. Era ridículo e chegava a dar vergonha alheia de algumas dessas pessoas. Era muito nítida a falsidade e o desejo de aparecer. O próprio Renato Russo sofreu com isso, com muitas falsas amizades, tanto em Brasília, quanto no Rio.

Inclusive entre os velhos amigos, dos tempos magros de 1980-81-82-83 não tinha essa coisa de ser “amigo de artista”, até porque não os víamos assim mesmo depois do sucesso. 

Houve a tentativa da gravadora Warner em achar algum bom nome ao lançar a coletânea “Rock Brasília, Explode Brasil”, mas tirando uns dois grupos, o resto era lixo que não existia seis meses antes da coletânea ser lançada. Dessa coletânea, de respeito mesmo, só Elite Sofisticada, e a gravadora vacilou em não lançar o grupo que naquele momento estava “voando baixo”.

Em Brasília o rock que estourou, que fez sucesso no Brasil todo, não foi o rock da cidade, mas sim o rock que era feito pela Turma da Colina. A alcunha Rock de Brasília existe e representa unicamente os grupos ligados à Turma da Colina. Ao lançar meu livro teve gente que contestou isso, mas depois viu que era verdade.

Tanto que hoje, décadas depois do sucesso, se vê que os grupos que gravaram e fizeram história são, de fato, grupos surgidos a partir da TdC, incluindo aí os que participaram da magnânima coletânea Rumores: Escola de Escândalo, Elite Sofisticada, Detrito Federal e Finis Africae.

Desses grupos Finis gravou EP independente e depois LP pela EMI; Detrito Federal lançou disco pela Polygram, produzido por Charles Gavin. Infelizmente as duas grandes promessas pós Legião-Plebe-Capital, Escola de Escândalo e Elite Sofisticada, não gravaram seus discos.

Houve outros grupos que lançaram discos nos anos 1970 e até mesmo nos anos 1980, como a Banda 69, um dos poucos bons grupos da cidade. Tinha Liga Tripa, Mel da Terra, Tellah e outros.

Nesse boom de grupos de rock algumas rádios de Brasília abriram espaço na programação pra eles (Filhos de Mengele teve “O Entediado” e “Anti-Social” muito bem executadas na programação local da Transamérica FM que apostava firme na cena da cidade), lugares novos de shows surgiram. Mas havia um problema: Eram poucos os grupos que realmente faziam algo de qualidade. 

Hoje, em 2022, há muita gente que gosta de dizer que era da Turma da Colina, que assistia aos shows e frequentava as festas, os lugares, os ensaios, mas é tudo balela. O que não falta são mentirosos que adoram se inserir nessa história. Brasília era como uma pequena cidade do interior onde todo mundo se conhecia, principalmente até a primeira metade dos 1980, então não tem como mentir sobre isso.

Eram como penetras querendo parecer descolados e íntimos dos donos da festa, mas sem saber de quem era a festa. Como disse, era algo um tanto vergonhoso. 

Depois que lancei O Diário da Turma’, surgiu mais uma leva de pessoas que nunca deram bola pra Turma, mas que gostam de falar que estavam lá. E eu continuo dando risada!

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