29 de outubro de 2009

Notícias que Gostaria de Ler 1

1 – Lula admite: “Sim. Eu e Zé Dirceu articulamos o mensalão.”
2 – FHC admite: “Paguei pela aprovação da reeleição.”
3 – Collor admite: “Até hoje uso o dinheiro que roubei durante meu governo.”
4 – Maluf admite: “Sim, eu sou o político mais corrupto que o Brasil já teve.”
5 – Palocci admite: “Eu deveria estar preso por abuso de poder.”
6 – Sarney admite: “Eu quero que pobre se exploda.”
7 – Galvão Bueno admite: “Eu também não me agüento.”
8 – Adriane Galisteu diz que ama os jogos narrados por Galvão Bueno.
9 – Em plebiscito população resolve deixar de pagar metade dos impostos, iniciativa causada por roubos de dinheiro público.
10 – Fim dos cartórios.
11 – Aos 73 anos Elvis Presley é encontrado vivo em uma pequena ilha no litoral da Grécia.
12 – NASA divulga vídeos e admite existir vida em milhares de outros planetas.
13 – La Toya Jackson divulga vídeo em que Michael Jackson mostra que de fato era um extraterrestre.
14 – Fim da obesidade: foi criada a pílula que queima gordura. A cada pílula tomada perde-se 2 quilos.
15 – Walt Disney é descongelado, curado e consegue estágio na Pixar.

26 de outubro de 2009

Bravo Mundo Novo 2

É visível o fato de que nada nas gravadoras mudou. Ok, mudou algo, mas muito pouco diante da revolução tecnológica que vivemos, principalmente, há pouco mais de 15 anos.

A Folha de São Paulo do dia 23 de outubro deu na capa da Ilustrada matéria sobre o novo modelo do mercado fonográfico que está sendo dominado pelas operadoras de

telefonia móvel.

As gravadoras continuam perdidas e sendo dirigidas por maus profissionais. Elas têm medo da internet e ainda não sabem o que fazer com ela

além de processar as pessoas que fazem os chamados“downloads ilegais”. Senti na pele recentemente covardia por parte delas quando pedidos de clipes para a emissora, elas disseram ok, mas quando dissemos que o programa passaria ao vivo também na internet, muitas recuaram. A Trama não,

nos forneceu um material legal. Isso aconteceu comigo em 2000 quando era editor de música de um site adolescente, onde queria colocar clipe e todas as gravadoras me negaram. Isso há quase 10 anos atrás. Tá tudo igual!

Se a empresa faz um videoclipe ou um trailer, o faz para divulgar, certo? Então qual o motivo da negativa?


Então não quer divulgar. Só pra lembrar rapidamente: o videoclipe foi inventado pelos Beatles que não podendo estar em todos os lugares aos quais eram convidados, acabaram achando esse formato que ajudou e muito a divulgar seus trabalhos.

Oras bolas pipocas. Gravadoras, joguem os discos e DVDs na rede, refaçam os contratos com seu casting, oficializem de vez o papel de agentes, usem tudo o que conquistaram até hoje a seu favor quando nesse papel de agente e tragam para si pessoas que saibam lidar com o que acontece e acontecerá na rede mundial – geralmente pessoas jovens, bem jovens. Torne a internet sua aliada, definitivamente façam promoções significativas aos consumidores, trate-os como reis, retribuam, apaguem o modelo de administração que ainda é usado, tenham coragem e mudem o rumo dos negócios. Assumam o futuro. Está na cara que o consumidor é aliado. Está na cara que a internet é aliada.

23 de outubro de 2009

Iggy Pop e o Beijo de Língua (Projeto SP - 1988)




Assim como o Ramones, o Iggy Pop era outro artista que pra mim era impensável vê-lo ao vivo no Brasil. Eis que pra minha surpresa ele veio.

Dizem que quando o artista não está bem, em baixa nas vendas e na agenda, ele acaba explorando outros lugares. Então.... me dei bem! 

Era 1988, e o show fazia parte da turnê do fantástico disco Instintc. Disco pesado, com participação de Steve Jones (ex-Sex Pistols) nas guitarras. Lá estávamos eu e um velho amigo. Era um domingo e chegamos ao Projeto SP umas três da tarde. O local nem estava aberto e nós ficamos lá com o segurança escutando pelo rádio um jogo decisivo do Corinthians (em que ganhou o campeonato com gol de Viola).

Pouco mais tarde chegou a banda para a passagem de som. Ela era incrível e entre os integrantes estavam o ex-baterista do Psicodelic Furs e ex-baixista do UK Subs. O show prometia! Ouvimos a passagem, que foi de poucas músicas, entre elas “No Fun” e uma interminável “I Wanna Be Your Dog”. No final corri para a parte de trás do Projeto SP para tentar conseguir um autógrafo de Iggy, mas foi em vão, pois ele já havia saído.

No resto da tarde ficamos por lá, tomando cerveja e comendo cachorro quente.

Queríamos ser os primeiros a entrar e conseguimos. Assim que abriu corremos para frente do palco – coisa que nunca gostei, sempre assisti aos shows no fundo, longe da aglomeração. Entre o palco e o público foram colocadas grades de ferro que batiam na altura da cintura e nos deixavam uns dois metros do palco.

Lá ficamos sem arredar o pé. Antes do show rolava uma fitinha com bandas punks e pós-punks. Ficamos entre Iggy e o guitarrista da banda, perto do P.A. O show foi um desbunde, fantástico. Junto com o 1º do Ramones em 1987, o melhor que vi.

Durante o show inteiro Iggy Pop ficava ameaçando fazer um streap tease, coisa que não rolou. Num dado instante, ele pegou o pedestal de microfone e ficou rodopiando-o, mas ele escapou de sua mão e voou para o público atingindo a cabeça de uma garota. Sem a música parar Iggy perguntou se estava tudo bem com ela e deu seqüência, pois só foi um susto.

O Projeto SP não estava lotado e, como na 1ª passagem de Ramones por aqui, percebi que nem todo mundo conhecia Iggy Pop. O show foi uma porrada só, até pensei que a bateria iria desmoronar de tanta pancada que ela tomava. Iggy tocou todos os sucessos imagináveis e aquele era um período que ele estava absolutamente rock’n’roll, depois de discos mais pops, ele voltou as raízes com muita raiva. Sorte de quem foi ao show!

Ao meu lado tinha um gay cabeludo que não parava de gritar e num certo momento Iggy tirou o tênis e as meias. Jogou-as para o público e uma delas veio direto pra mim, bateu na grade em que eu estava encostado, mas como não sou bobo, não quis pegar aquele chulé hahaha. O gay ao meu lado pegou e passou o resto do show cheirando, lambendo e mordendo a meia. Credo! Eu não consegui entender o cara, pois ele amava Iggy, mas não sabia cantar uma música sequer.

Bom, o fato é que Iggy Pop, num momento de improviso da banda – acho eu que em “No Fun”, resolveu se aventurar perto do público. Ele desceu do palco e começou a andar em cima das grades que separavam o palco do público. Eis que para minha surpresa ele veio em minha direção, ficou de frente pra mim e eu até dei um tapinha em suas costas. Mas o incrível ainda estava por vir, pois não é que Iggy e o gay ao meu lado tascaram um beijo de língua! Sim, daqueles pornográficos em que se vê as línguas entrelaçadas para fora da boca. Eu fiquei ali meio pasmado vendo tudo e colado nos dois. Inesqucível. Eu olhei pro meu amigo e não acreditávamos naquela cena. Terminado o show Iggy Pop deu um longo bis, de pelo menos uns vinte minutos.

Sai de lá quase surdo e meu ouvido ficou apitando por vários dias. Foi bom demais! Quem viu, viu.





Intensivão

Acontece o Pan que foi só roubalheira. O que ficou do evento está quase que às moscas. Fiscais do trem urbano do Rio batem nos usuários, como se fossem 'bicho ruim'. Guerra entre traficantes e entre traficantes e polícia, mas apenas inocentes morrem. Coordenador do Afroreggae morre durante assalto, a polícia passa pelo corpo (ainda vivo), mas se preocupa em pegar o fruto do roubo (ao que indica para si). Torço para que isso mude, mas que não seja só durante as Olimpíadas. Tudo isso o mundo inteiro está vendo...

17 de outubro de 2009

Quem Tem Pistolão?

Nunca tive pistolão. Tudo que consegui na vida foi graças ao meu esforço, meu trabalho, minha família e meus bons amigos. Nunca precisei passar a perna em ninguém e nem teria coragem de fazer isso.

Jamais peguei o lugar de alguém. Não invejo ninguém. Nunca quis, por prazer ou mal, ver a derrota de alguém (citando “Pressão Social” da Plebe). O que sempre fiz foi trabalhar e lutar por espaço através de meu trabalho. Não faço política. Não dou risada de piada sem graça só para satisfazer o ego do chefe.

Não sou perfeito, mas sou honesto. Honesto por natureza.

Sempre fui assim e devo ao meu pai. Chegamos a Brasília no início dos 1970 para ficar apenas dois anos. Meu pai era agrônomo, respeitado e trabalhador, e foi para a capital para trabalhar na Embrapa. Gostamos tanto da cidade que ficamos até 1987. Só saímos de lá exatamente porque meu pai foi, grosso modo, posto na parede: “ou se torna corrupto ou sai.” Meu pai não pensou duas vezes, saiu.

No trabalho comecei ralando. Em 1986 eu era office boy numa empresa de eventos. Em SP comecei a trabalhar em produtora de filmes publicitários, ralando, sendo o assistente do cocô do cavalo do bandido, assistente de produção faz tudo. Assim fui crescendo e fazendo minha história.

Quando cheguei a SP com 17 anos, tive que começar tudo do zero. Deixei em Brasília amigos de infância, namorada, amantes, banda... nem preciso dizer muito, pois desses meus 17 anos, 14 foram em BsB. Tudo ficou pra trás. Em SP não conhecia nada, absolutamente nada. Comecei a construir uma nova história aos 17.

De todos esses anos no mercado de trabalho (são 24 anos) nunca usei golpe baixo, foi tudo na raça, na unha. Eu me conheço bem e sei que jamais seria capaz de derrubar alguém apenas por prazer, por inveja, vingança ou insegurança. Aliás, essa é a palavra recado: insegurança. É ela que te transforma numa pessoa egocêntrica, incapaz e invejosa.

Jamais serei derrotado por ser honesto. O mal só quer o mal ao seu lado. E é por isso que o malandro uma hora dança.

Eu me pergunto: será que uma pessoa que consegue as coisas não por esforço próprio, mas sim por conta de influências e pistolão, vive com a consciência limpa? Realmente se acha competente?

Eu olho para minha esposa e filha e me sinto realizado. Eu ponho minha cabeça no travesseiro e durmo tranquilo.

12 de outubro de 2009

Soul Music

Jamais abandonarei o rock. Impossível. Não tenho preconceito com bandas novas, pelo contrário. Com a tecnologia, muita coisa que leio e ouço falar já baixo e escuto. Porém não sou como diversos críticos que acham que tudo o que é obscuro é legal. Sou mais seletivo. Pouca coisa eu gosto e guardo. O resto separo o que gostei e monto coletânea. Mesmo achando coisas novas legais, dá pra perceber que o cenário piorou.

Eu sempre disse aos amigos que um dia todos os acordes terão sido feitos, assim como batidas, timbres, misturas... Chegará um tempo em que tudo já terá sido feito. E esse tempo chegou. Nos anos 1990 ainda tivemos o grunge, o britpop e a brincadeira do power girl. Há tempos não há novidades ou movimentos. 

Aconteceu o electro rock, que considero limitado e já explorado nos anos 1980. E aconteceu algo bom, que foi o ressurgimento do bom e velho rock feito com formações clássicas com vocal, guitarra, baixo e bateria. Tem Strokes, Interpol, Bloc Party, The Hives, Art Brut, Franz Ferdinand, Thrills, Coral, Zutons, Jet. Recentemente também houve o aparecimento de duos como White Stripes, Mates of State, Ting Tings, entre outros. Não sei como chamar tudo isso... 

Hoje, com tanta coisa no mercado, o gosto está cada vez mais individual. Eu, por exemplo, considero De-Loused in the Comatorium e Frances De Mute (Mars Volta) The New Song and Dance (Radio 4), You Can Do Anything (Zutons) e Teenager (Thrills) já clássicos dessa década, assim como outros discos de outras novas bandas. Porém nada mais vem com a expectativa que era um novo disco do Clash, Husker Du, Dead Kennedys. A coisa piora se formos falar de Brasil.

Disse tudo isso pra falar que descobri, desde o início de 2001, a Soul Music. Claro que já conhecia algumas coisas, mas o superficial. Nunca pude ir muito a fundo nesse gênero, até porque minhas urgências eram outras.  Mas com o surgimentos desses trocadores de arquivos como o Napster, o Soulseek e outros, pude me aprofundar mais nesse gênero que sempre me chamou a atenção. Estou encantado, principalmente, das décadas de 1950 e 1960. Não sou e nem pretendo ser um expert no assunto mas conheci e adorei nomes como Al Green, Margie Joseph, Matata, Solomon Burke, Gene Redding e Minnie Riperton. Além desses, claro, há outros clássicos.

Tenho encontrado discos maravilhosos em ótimos blogs de Black Music. Soul gospel, soul jazz, soul rock, psycho soul… são muitos sub-gêneros. Todos eles tem seus nomes de destaque. Todo dia descubro algo novo e minha pastinha vai enchendo. E não é só Motown e Stax, há outras gravadoras similares e outros discos interessantes com soul instrumental e coletâneas das mais diversas.

Desde então a Soul Music passou a dividir a atenção com os bons e velhos artistas que sempre gostei. Mais até: ela é um maravilhoso respiro para meus ouvidos que já escutaram rock demais. E cada vez mais me aprofundo em sua história, tanto graças aos trocadores de arquivo, quanto a própria internet que me possibilita achar biografias, histórias, movimentos, etc.

Por exemplo, desde 1984 ouço Red Hot Chili Peppers e o grupo sempre foi fã declarado de grupos como Sly and Family Stone e Parliament Funkadelic. Hoje graças a esse tecnologia, posso ter tudo desses grupos. Eu assistia ao clipe de "Planet Rock" do Afrika Bambaataa e não conseguia encontrar nada sobre, mas hoje posso escutar não só a esse disco, mas tantos outros que fizeram a história do movimento Hip Hop e da Street Music, como Kurtis Blow e outros tantos.

E como o universo da Soul Music é riquíssimo, a cada dia descubro algo novo. Pra mim, é como se em pleno anos 2000 tivesse surgido um movimento novo. É um frescor e uma felicidade imensa a cada nome e a cada disco descoberto. Uma maravilha!

Há bandas inglesas que gosto e que são muito influenciadas pela Soul Music. Exemplo bom é The Who, The Jam e todas essas bandas consideradas Mod. Sempre gostei do repertório gospel de Elvis Presley dos anos 1970 e isso só ajudou a tomar gosto pela Soul de raiz, gospel, coral, melodia... Pra quem, como eu, está um tanto cansado do rock recomendo explorar. Antes tarde do que nunca!

8 de outubro de 2009

O Porquinho me Pegou


O porquinho me pegou. Justo eu palmeirense. Fui vítima da gripe suína. Dizem que uma hora todo mundo vai pegá-la. Eu e minha filha pegamos logo esse ano. Não tive 100% de confirmação, mas no trabalho foram seis pessoas afastadas, duas delas hospitalizadas e diagnosticadas com H1N1. A sorte é que agi rápido.

Sábado 03/10 me senti mal, com sintomas de resfriado e passei o dia tomando antigripal. Porém no domingo acordei pior, com 38.5º. As 10h00 fui ao hospital, que estava vazio. Tirei raio x do pulmão, fiz inalação e o médico acabou receitando justamente o medicamento usado para a gripe suína chamado Claritromicina. Não foi Tamiflu (+ usado em gestantes e idosos).

Mas mesmo sendo medicado rapidamente, passei o domingo péssimo, sem ação, dor no corpo, ora com frio ora com calor (Gabi disse que eu parecia uma pimenta). Foi difícil ir ao hospital. Se abaixar e levantar para entrar e sair do carro já foi uma tortura, imagina andar no hospital pelas salas de exames! Manja aqueles velhinhos de 150 anos com suas dificuldades de locomoção? Era eu no domingo.

Na 2ª feira já acordei melhor. Com apenas duas doses do antibiótico não tive mais febre. Foi também na 2ª que percebi os primeiros sintomas na Sofia e já alertei Gabi. Batata. 3ª Sosô acordou com 38º e já avisamos a pediatra. Passou o dia em casa comigo tomando antitérmico e as 19h00 foi à pediatra. Novamente batata. H1N1. O lado bom é que já vamos criar anticorpos para essa gripe que não vai acabar e que é braba mesmo.

Tô em casa desde domingo com atestado de sete dias, pois o bichinho ainda está em mim e posso passar aos outros. Hoje fui a um médico que disse que minha recuperação está sendo ótima. Além do antibiótico também continuo fazendo inalação em casa. Apesar de não ter tido mais febre, ainda sinto o corpo um pouco fraco. É aquela coisa: tô de saco cheio de ficar em casa, mas ao mesmo tempo ainda sem muita vontade de fazer alguma coisa. (inclusive não poderia estar aqui no computador...).

Atenção para a primeira tosse esquisita, fora de contexto. Mesmo que for fraca e seca fique alerta. Não vacile. Em cada caso ela age de uma forma: dores de cabeça, enjôo, vômitos, diarréia, dores no corpo inteiro, tosse que começa discreta e vai ficando constante. Também quero lembrar que apesar de forte a má, a gripe suína não é a que mais mata.