14 de abril de 2010

Video Iggy Pop no Projeto SP (1988)

Já publiquei e republiquei aqui uma resenha do primeiro show que Iggy Pop fez no Brasil em 1988 no finado Projeto SP (na Barra Funda). Sem a menor dúvida o melhor show de rock que vi na vida.
Pois não é que santo Johnny descobriu no You Tube duas músicas desse show histórico (aê Pinduca!)! Aí vão os vídeos e o link da resenha:

http://setedoses.blogspot.com/2009/10/serie-republicando-iggy-pop-e-o-beijo.html



9 de abril de 2010

Projeto Ficha Limpa Já!!!!!!!!!!

Acabo de receber este e-mail e posto ele aqui na esperança de você também participar não só assinando o documento, mas também repassando o link a todos os conhecidos. Esse é um passo importante para a história do país!

Caros amigos,

Nossa! O Brasil está gerando um movimento pela Internet sem precedents pela Lei Ficha Limpa. Só nos últimos 10 dias mais de 200.000 pessoas assinaram a petição!

Esta é uma luta histórica, mas a pressão está funcionando. Os oponentes da Ficha Limpa estão tentando ganhar tempo adiando a votação. Se eles acham que a nossa mobilização massiva vai dispersar – vamos mostrar que eles estão errados. Encaminhe este email, poste no twitter, compartilhe no Orkut, e vamos conseguir muito mais que a nossa meta de 2 milhões de assinaturas! Clique abaixo para assinar:

http://www.avaaz.org/po/brasil_ficha_limpa/?vl


Membros da Avaaz já divulgaram esta campanha para milhões de amigos! Enviamos milhares de mensagens e telefonamos para nossos deputados. Alguns deles não querem que a Ficha Limpa seja válida para as eleições de outubro. Mas eles não entendem o que está acontecendo – um movimento imbatível pela política limpa começou no Brasil. E não vamos parar até venceremos.

A pressão está funcionando, vamos continuar divulgando para os 4 cantos do país:

http://www.avaaz.org/po/brasil_ficha_limpa/?vl

Com esperança,
Graziela, Ricken, Alice, Ben, Luis, Iain, Pascal, Benjamin e toda a equipe Avaaz

Leia:
Usuários de redes sociais se mobilizam a favor do Projeto de Lei Ficha Limpa:
http://idgnow.uol.com.br/internet/2010/04/06/usuarios-de-redes-sociais-se-mobilizam-a-favor-do-projeto-de-lei-ficha-limpa/

8 de abril de 2010

Malcolm McLaren

Malcolm McLaren remodelou o New York Dolls, criou o Sex Pistols, direcionou o Adam and the Ants, fez o Bow Wow Wow e ainda foi um dos primeiros a fazer fusões que culminariam na chamada world music. Tudo bem que não foi nenhum santo, mas cultura pop deve muito à ele.









3 de abril de 2010

Série O Resgate da Memória 14: Celso Blues Boy

CELSO BLUES BOY - SOLDADO DA TRADIÇÃO
Revista Bizz julho 1986

Celso Blues Boy é de longe o melhor guitarrista de blues do Brasil e amigo de grandes feras como BB King. Lembro em 1986, na semana que Filhos de Mengele gravou a primeira demo ("O Entediado"), estávamos numa micro pizzaria que tinha no Gilbertinho, onde vendia fatias individuais, comendo e escutando um som (lá tinha um toca fitas) e, do nada, aparece Celso Blues Boy. Sentou lá com duas pessoas e, não sei como, quando vi estávamos todos sentados juntos na mesa jogando conversa fora. Apesar dele ter dado uns toques pra gente, não demos muita bola, mas lembro que ele foi legal. Acho que até colocamos a fita do Filhos para ele escutar.


BIZZ - O que, você diz do marketing do "marginal"?
B.B.
- Antes do rock explodir por aqui, todo mundo era marginal. Quem estava dentro do sistema não era. Não partiu de mim promover o "marginal", e sim deles. Acho uma vitória. Estamos desmarginalizando o marginal. Acho que esse rótulo vai ser banido, que terá outra conotação. Hoje em dia, o padrão de maldito está acabado, por isso acho Marginal Blues um nome perfeito. Luís Melodia sempre teve esse rótulo, mas era respeitado pelo público.

BIZZ - Sempre comparam você ao Eric Clapton. E válida a comparação?
B.B. - Ele é um cara que deixou um marco na história. Não tenho tantas pretensões nem talento para isso. Eu me influenciei por ele. Quem diz que eu copio não entende nada de música. Um cara que copia o outro não está com nada.

BIZZ - É verdade que você mandou uma cópia deste LP para ele?
B.B. - Se disser que não ou que sim estarei me promovendo em cima do lance. Só diz respeito a mim.

BIZZ - Para você, o que é rock? O que diferencia um roqueiro de um não roqueiro?
B.B. - Esse papo não tem nada a ver. Existe muito folclore em cima disso. Roqueiro é um cara que se dedica a vida toda ao rock. Eu poderia estar aqui vestido de couro, mas não é nada disso. O pessoal do Paralamas do Sucesso se disse veterano do rock. Então eu sou o quê? Fóssil? Você vive a coisa ou não vive. Faço rock tradicional, R&B, blues, luto por essas músicas. Se um dia fugir disso, estarei fugindo de mim, ou louco.

BIZZ - Como foi aquela historia de você certa vez ter ido em cana por tocar o Hino Nacional?
B.B. - Fazem muito folclore em cima disso. Foi em 72. Na realidade não houve coisa alguma. Era um festival com diversas pessoas, eu não estava nem escalado. Na época eu tomava drogas e estava bem ligadão, quando uns amigos me deram uma guitarra e me pediram para participar de uma jam-session. Só que eu fui para o palco e vi que estava sozinho. Me deu na cabeça e toquei o Hino. Não fui preso, não houve tumulto. Muita gente gosta de se vangloriar - "ah, fui agredido pela repressão". Não sou de direita, nem esquerda, nem centro, quero mais é que se explodam. O lance de tocar o Hino é uma coisa que sempre fiz. Quando estava irritado, fazia isso, como se dissesse "isso é Brasil". Acho o Hino melodicamente bonito.

BIZZ - No seu disco, além de uma versão de uma musica de Eric Clapton há uma homenagem a Duane Allman. Por quê?
B.B. - Pouco conheci o Duane, mas acho que devia ser um cara extremamente parecido comigo, só que ele foi consumido antes. Quando ele morreu eu usava drogas e, pelo que li, ele tinha uma vida bem parecida com a minha.

BIZZ - Por duas vezes na conversa você usa a frase "quando eu usava drogas". Não usa mais.
B.B.
- Nem maconha eu fumo. Eu já tive até problemas de alcoolismo. São águas passadas. Vi muito amigo meu morrer. Nada tenho contra quem por diversão. Sou contra quando começa a consumir a vida da pessoa. Prender por fumar maconha acho hipocrisia. Acho que, não liberando, põem a segurança do jovem em risco. Nunca se sabe que tipo de policial pode se aproveitar disso. Atualmente não dispenso uma boa cerveja com limão (na parte da tarde) e sal (as vezes).

BIZZ - Você tem ouvido alguma coisa do novo rock americano que está voltando às guitarras, tipo Jason & the Scorchers, Del Fuegos?
B.B. - O mais novo que ouvi e gostei foi o Mark Knopfler. Não conheço nenhum dos que você citou. Prefiro ouvir os tradicionais, que têm um universo tão grande que nem dá para sacar tudo.

BIZZ - E o novo dos Stones?
B.B. - Estou louco pra comprar. Já fui em duas lojas e não tinha. Os Stones fizeram dois dos melhores discos de todos os tempos: Sticky Fingers e Exile on Main Street. Ali, naquela época, havia sentimento, verdade, honestidade e classe. Não tinha armação. Você diz que está havendo um revival daquela época, mas acho que a tendência não é voltar, e sim confessar na mesma Bíblia.

BIZZ - E sobre seu novo disco?
B.B. - Este poderia ter sido o meu quinto disco ao invés do segundo, mas as coisas sempre estão longe do seu domínio, o primeiro foi elogiado por toda a crítica nacional e esse segundo é a confirmação de todo o trabalho que a gente vem desenvolvendo.