27 de março de 2010

Geração Renato Russo

Se vivo Renato Russo completaria, em 27 de março de 2010, 50 anos de vida. Todos enaltecem sua obra e pipocam homenagens mais do que merecidas. Eu mesmo dei umas 3 entrevistas para falar dessa data.

Só que aqui não quero fazer como todos e relembrar suas passagens e seu repertório. Quero falar de duas coisas que me vem logo à cabeça quando se fala em Renato Russo: personalidade e criatividade.

Personalidade e criatividade é o que há muito se falta no rock brasileiro e é o que sobrava à geração de Renato: Plebe Rude, Capital Inicial, Escola de Escândalo, Elite Sofisticada, Diamante Cor-de-Rosa, Titãs, Ira!, Barão Vermelho, Paralamas, Camisa de Vênus, Engenheiros, Ultraje, Cólera... Coloco todas essas bandas brasileiras para não ficar apenas na capital. Essas são só algumas, mas eu poderia continuar a lista com Smack, Mercenárias, De Falla, Sexo Explícito, Akira S... vai longe. Eram tempos em que ainda estavam por vir muitas novidades. A MTV (americana) era uma delas.

Renato Russo amava o que fazia. Era roqueiro convicto. Conhecia e muito sobre a história do rock de Fats Domino a Nirvana. Era daqueles que escutava disco com a capa e o encarte na mão, “estudando” cada nome escrito na ficha técnica, cada frase de cada letra. Sabia até quem tinha criado a capa e o motivo da posição de cada faixa no vinil. De cultura pop lia tudo o que estava em seu alcance: New Musical Express, Rolling Stone, Geração Pop, Som Três, muitos livros e biografias.

Todo esse amor e toda essa informação foram se acumulando até um dia ele explodir e falar: “vou formar minha banda e viver de música”. Quando se sabe usar a informação que se obtém, um abraço, ninguém te segura. E foi isso que aconteceu com Renato Russo. Foi isso que aconteceu com sua geração.

Quando todas as gravadoras costumavam lançar compactos para analisar se valia a pena um LP, Renato tanto bateu o pé que a Legião lançou LP sem compacto

Era prazeroso ler ou ver uma entrevista com ele. Sempre se aprendia algo. Os shows eram aventuras porque não se sabia o que podia acontecer. Vi shows da Legião desde que Renato ainda tocava baixo e cantava, e eles nunca foram iguais. A forma de tocar, o repertório, os discursos entre as músicas, ele conseguia deixar próxima à relação entre palco e público. A sensação era de que seu irmão, seu melhor amigo era quem estava ali cantando. Isso valia muito mais quando a banda era um quarteto. Depois da saída de Negrete, a Legião ao vivo, junto com a Legião de músicos de apoio, pra mim perdeu a graça, mas mesmo assim saíam bons shows.

Renato Russo era formador de opinião. E essa sua personalidade e criatividade acabaram por conquistar muita gente além dos jovens amantes de rock brasileiro. Muitos pais, tios e avós acabaram também admirando-o.

Suas canções de amor não são simples canções de amor. As músicas de protesto são as melhores dessa geração. Seu texto tinha começo, meio e fim. Sabia como ninguém usar a língua portuguesa coloquial num rock completamente influenciado pelos americanos e ingleses.

Viva Renato Russo! Que surjam mais ídolos formadores de opinião e criativos.

Como homenagem ao roqueiro Renato Russo, deixo aqui registrado alguns outros acontecimentos de 27 de março no universo pop:

- 1998: Cássia Eller lançou 'Veneno Vivo' (que tem versão de "Geração Coca-Cola")
- 1972: Elvis gravou “Burning Love”
- 1965: Jeff Beck entrou para o Yardbirds
- 1951: Nasceu Tony Banks, tecladista do Genesis



22 de março de 2010

Abobrinhas 1 - Wagner Love na favela

Até hoje vejo jornalistas falando a respeito da visita que Wagner Love fez a Rocinha. Tem jornalista que é mal intencionado e tem gente que adora ver ou fazer a desgraça de outros.
Wagner Love, assim como 99% dos jogadores de futebol no Brasil, veio da periferia, da favela. Nada mais normal do que a pessoa festejar conquistas com sua família de sangue ou não. Se o rico do Morumbi ganhou o torneio de golfe, ele vai ao Morumbi festejar com a família e amigos. Se o pobre da Rocinha ganhou um jogo de futebol importante, nada mais normal do que ele ir comemorar junto com sua família e amigos na favela. Aqui no caso a Rocinha.

Ao ir a uma favela qualquer pessoa pouco informada sabe que é preciso autorização dos donos do pedaço. Se você é uma pessoa querida da comunidade é claro que receberá a atenção que uma celebridade, da maneira da periferia. Todo imbecil sabe que nas favelas existem facções e cada uma se protege como pode. Wagner Love certamente ligou para avisar de sua visita e o pica grossa do pedaço deve ter falado pra ele: “vem tranqüilo porque a gente te protege”. Dessa forma Wagner Love foi protegido pelos mandantes daquela favela para que ninguém o seqüestre ou parta para a violência (caso, por exemplo, algum inimigo torcer para o time derrotado por Wagner Love).
Se Love foi recebido com proteção de armas ilegais, qual é sua culpa?

Acho uma inteira burrice querer culpar o Wagner Love por tudo o que foi mostrado nas imagens que vazaram.

Se há tráfico e armas ilegais no morro a culpa é de Wagner Love? É ele quem deve ir a polícia se explicar do acontecimento? Porque não colocam a culpa em quem é realmente culpado? Qual o problema de Love ser amigo de traficante? Ele nasceu nesse meio! Ele tem é méritos por não se envolver com tráfico e conseguir vencer na vida como jogador de futebol. O que Wagner Love pode fazer se a maioria de seus amigos não tem perspectiva de vida?

Culpado pelo que aconteceu é o governo federal, governo estadual e prefeitura. Como armas ilegais chegam aos morros? Como as drogas chegam aos morros?

Os jornalistas que fizeram alarde em cima das imagens de Wagner Love na Rocinha deveriam ir fazer uma entrevista com o prefeito do Rio, com o governador do Rio. Jornalista zona sul conhece sobre esse assunto por ter visto Cidade de Deus ou Tropa de Choque. Jornalista que faz alarde com isso é jornalista falido que não consegue achar uma boa pauta.

O que acontece quando um político sobe o morro? É igual, só que os “soldados do morro” não andam armados ao lado dele, mas ao redor dele.

O que falar então de acordos como os feitos para a realização do Pan ou para que o PCC deixe a população de SP em paz, ou para Michael Jackson gravar clipe no morro?

20 de março de 2010

A Volta do PIL!!!


Durante boa parte dessa década de 2000 eu quis tentar saber o motivo pelo qual o PIL (Public Image LTDA) não fazia uma volta. Eis que ano passado o meu desejo se realizou.
PIL é uma de minhas bandas preferidas e responsável pela quebra de muitos paradigmas. De 1978 a 1984 a banda só lançou clássicos. Tem gente que não consegue ouvir o experimentalismo de PIL, mas a banda é arrasadora.

Na formação da volta, além de John Lydon (óbvio) também tem o baterista Bruce Smith (que já tinha tocado no PIL e veio ao Brasil no show de 1987), o guitarrista Lu Edmonds (ex-Damned que também já tocou no PIL e veio ao Brasil) e o baixista Scott Firth (que já tocou com Morsheeba e Elvis Costello. Muita responsabilidade ser baixista do PIL)).

Ano passado a banda se reuniu para comemorar os 30 anos do estupendo Metal Box e resolveu fazer uma turnê americana e Lydon já declarou que se ela der algum dinheiro a banda grava disco novo, já que não tem gravadora por trás.

No blog Rock Brasília fiz uma série sobre o pós-punk e o primeiro post foi do PIL. Deixo aqui o link para quem quiser ler, baixar o Metal Box e ver alguns vídeos do You Tube

http://rockbrasiliadesde64.blogspot.com/2008/09/srie-ps-punk-public-image-limited-pil.html



Ah! Aqui está o set list de um show realizado erm dezembro em Londres:

'Public Image'
'Careering'
'This Not A Love Song'
'Poptones'
'Albatross'
'Tie Me To The Length Of That'
'The Suit'
'Death Disco'
'Four Enclosed Walls'
'Flowers Of Roma'
'USLS 1'
'Psychopath'
'Disappointed'
'Warrior'
'Banging The Door'
'Chant'
'Bags'
'Annalisa'
'Memories'
'Religion II'
'Sun'
'Rise'
'Open Up'

18 de março de 2010

Jerry Harrison

No futebol costuma-se dizer que juiz bom é aquele que não aparece, ou seja, que faz uma arbitragem correta, discreta, sem erros e muitos alardes. Jerry Harrison, ex-guitarrista e tecladista do Talking Heads é um desses casos que faz coisas incríveis, tem super bom gosto, é ótimo músico e produtor, mas quase ninguém fala dele.

Desde que descobri Talking Heads, ainda no início dos 1980, a figura dele me intrigava, até porque nessa época havia uma cruel falta de informação e eu hora via foto do Talking Heads com ele e ora sem ele. E eu ficava encucado, afinal quem é esse cara que parece e desaparece. Até explico melhor a agonia: as revistas especializadas da época, tipo Roll, em um mês saída foto do TH como trio e em outro saía foto como quarteto, as vezes em uma mesma matéria aparecia as duas coisas. Isso me deixava louco, porque eu sempre fui muito fã das guitarras de Talking Heads. Só anos depois, com a internet já bem abastecida é que eu pude saber mais de Harrison. Até o Stop Making Sense o que eu tinha do TH era em fita cassete.

Jerry Harrison é americano e ainda na escola formou seu primeiro grupo chamado The Walkers. Em Harvard, onde foi estudar arquitetura, formou o Albatroz, isso em 1967. Em 1971 formou o The Modern Lovers, que durou até 1974 e gravou um disco/demo que só foi lançado em 1976.

Depois disso ele tocou em alguns projetos menores e voltou para Harvard para completar a faculdade, mas nessa mesma época, em 1976, ele foi chamado para tocar como apoio no Talking Heads num show em Boston. Nos ensaios e no show deu tudo tão certo que ele acabou efetivado pela banda, que tinha acabado de lançar o primeiro single.


O Talking Heads é conhecido pelo bom gosto na parte visual, na produção de seus discos, shows e videoclipes e, claro, nas composições. Sempre em volta de grandes nomes como Brian Eno e Adrian Belew, não poderia ser qualquer a se meter nesse círculo. As guitarras e teclados de Jerry são assim também, de bom gosto, discretas, bem colocadas, timbres refinados. Ele faz parte de um tipo de guitarrista que ainda tem figuras como Andy Summers (Police), Robert Fripp (King Crimson), Keith Richards (Stones) e Wilko Johnson (Dr. Feelgood), que trabalham o silêncio, cada um no seu estilo, colocam o necessário, sem fazer firulas.

Em 1981, numa pausa do Talking Heads, Jerry lançou seu 1º solo chamado The Red and The Black, que ninguém falou nada, mas que é um disco maravilhoso e mostra bem o que ele era no Talking Heads. É excelente do começo ao fim, mas que infelizmente ficou apagado por conta do projeto paralelo de David Byrne com Brian Eno e Catherine Wheel e também por causa do lançamento do Tom Tom Club. Nesse seu disco ele pegou os músicos de apoio do Remain in Light do TH, entre eles Adrian Belew.

Foi também a partir daí que ele começou uma carreira paralela de produtor. Nesse início produziu músicas para trilha sonora do filme Totalmente Selvagem (1986) do diretor Jonathan Demme, que havia dirigido o show do Talking Heads Stop Making Sense. Também nessa época Jerry produziu o terceiro disco do Violent Femmes.

Foi também a partir de 1986 que 0 TH inteiro começou a se envolver mais com seus projetos paralelos até que a banda se separou após Naked de 1988. Mas já conhecido e respeitado no meio musical, Jerry ainda lançou dois discos solos Casual Gods (1987) e Walk on Water (1990), mas passou a concentrar sua carreira em produção e eventualmente participando de gravações e composições. Em 1999 fundou o site garageband.com que dá apoio a cena independente.

Estão entre as bandas que Jerry Harrison produziu (entre álbuns, trilhas, músicas soltas, singles): Foo Fighters, Neurotic Outsiders, Violent Femmes, General Public, Fine Young Cannibals, Crash Test Dummies, Live, No Doubt.

Se você tiver oportunidade assista ao DVD de Stop Making Sense e verás não só Jerry Harrison, mas um Talking Heads no auge e fazendo um showzaço. Há também muita coisa boa no You Tube.













16 de março de 2010

Dilma, tô fora!

Recebi hoje este e-mail e além de publicá-lo no e-mails recebidos resolovi postá-lo aqui também:


Dilma e Mário Kosel Filho. Um ser humano não terá dificuldade alguma para entender o que vem abaixo ...

Mário Kosel Filho nasceu em 6 de julho de 1949, em São Paulo. Era filho de Mário Kosel e Therezinha Vera Kosel.

Fazia parte do Grupo Juventude, Amor, Fraternidade, organizado pelo padre Silveira, da Paróquia Nossa Senhora da Aparecida, no bairro de Indianópolis, Juntamente com mais de 30 jovens.

O símbolo do grupo, ironicamente idealizado por Mário, era uma rosa e um violão.
Por ser muito prestativo e preocupado em ajudar as pessoas, principalmente crianças e necessitados, foi apelidado de Kuka, pelos demais participantes do grupo.

(foto: Mário Kozel)
Mário estava com 19 anos e prestava o serviço militar. Estava incorporado na 5 ª Cia. de Fuzileiros do 2 º Batalhão, no 4 º Regimento de Infantaria Raposo Tavares, em Quitaúna.
Na madrugada de 26 de junho de 1968 estava no quartel, em serviço, quando ouviu um tiro, disparado pelo soldado Rufino, que fazia a guarda externa do Quartel. Saiu para ver o que se passava e foi informado pelo soldado Rufino que o tiro foi para cima, para advertir que um automóvel, em alta velocidade, rompeu a barreira da área proibida ao Tráfego de veículos.
O motorista do automóvel DEVE ter se assustado e Colidiu com um poste. Mário, preocupado possíveis feridos em ajudar, foi até o mesmo.

Ao se aproximar do automóvel acidentado, um outro automóvel passa pelo local e seus ocupantes lançam sobre o automóvel acidentado uma Bomba de grande poder destrutivo.
Mário teve morte instantânea, pedaços de seu corpo foram lançados em todas as direções.

Um dos ocupantes do segundo automóvel era Dilma Rousseff.
Não consigo entender como é Possível uma assassina solta permanece e ainda chegar aonde essa mulher - TERRORISTA E ASSASSINA chegou.
(foto: Mário Kozel morto)
Dilma e outros Criminosos e assassinos, que nas Penitenciárias Deveriam estar, relaxam e gozam QUAISQUER sem Preocupações, Enquanto os ladrões de galinhas SOFREM Severas penalidades.

Agora, a exemplo do que fizeram com Lula, os marqueteiros vão tentar vender uma imagem de paz e amor dessa assassina, terrorista e efetiva pilantra.
Acho que acabou o Brasil e os brasileiros não se deram conta disso. Ainda assim, enquanto eu viver, não me calarei, até que todos saibam.
Estamos deixando um grupo perigoso assumir o poder e as Instituições de nosso País desde 2002!

QUEM NÃO É ELA?
Ela não é filha de sem-terra, de sem-teto, de família pobre, de desgraça em vidas, não é vítima de nenhuma religião. Não passou fome na infância, nem depois.
Ela é o pior tipo de ser humano, aquele que recebe tudo de mãos beijadas e não quer perder o que tem ao mesmo tempo em que não quer ocupar-se de Manter o que tem. Ela é aquele tipo de ser humano que vive como se a presença dela no Planeta fosse uma dádiva de Deus (ou do diabo) um e todos nós, portanto, todos temos que nos curvar ante uma suafeiúra completa e total e podridão moral. É o pior que pode sair de um relacionamento sexual entre um homem e uma mulher, é uma VERGONHA para qualquer pai e mãe decentes, que tenham gostado Princípio algum, mesmo de leve, faça-os entender que OS OUTROS seres humanos são seus semelhantes.

Ela é socialista / comunista e isto quer dizer que ela é, sempre foi e sempre será PARASITA. Socialismo / comunismo é coisa de filhinho de papai. Parasitas de seus pais e depois de qualquer um que se aproxime (de preferência o Estado), nunca se deu ao luxo de sequer entender como Manter aquilo que recebeu de berço. Que dirá ir além e aumentar o patrimônio ou Doar o que ganhou de Papai e Mamãe e viver uma vida de dedicação ao próximo.
Vamos ler mais:

O pai dela - Petar Russév (mudado para Pedro Roussef), filiado ao Partido Comunista Búlgaro, deixou um filho (Luben) lá na Bulgária e veio dar com os costa dos em Salvador, depois Buenos Aires e, ao fim, fez negócios em São Paulo. Encantou-se com uma professorinha de 20 aninhos, Dilma Jane da Silva (rica, filha de fazendeiro), E com ela casou e viveu em Belo Horizonte, TENDO três filhos: Igor, Dilma - uma guerrilheira -- e Lúcia. Igor morreu em 1977.
Era uma família classe A, com enorme casa, empregadas três, refeições servidas à francesa, com cedidas e Talheres específicos. Tinham piano e professora particular de francês. Dilma entrou primeiro numa escola de freiras - Colégio Sion - e, depois, no renomado Estadual Central. Nas férias, iam de avião para Guarapari / ES e ficavam no Hotel Cassino Radium.

Dilma, ainda jovem, entrou para o POLOP - Política Operária - e depois se mudou para o COLINA - Comando de Libertação Nacional. Apaixonou-se e casou-se com Cláudio Galeno Linhares, especialista em fazer bombas com os pós e líquidos da Farmácia de Manipulação do seu pai.
Sua primeira aula de marxismo foi-lhe dada por Apolo Heringer e, pouco depois, estava em suas mãos o livro "Revolução na Revolução", de Régis Debray, francês que mudou-se para Cuba e ficou amigo do Fidel e mais tarde, Acompanhando Guevara, foi preso na Bolívia.

Aos 21 anos, Dilma partiu para o RJ um fim de se esconder dos militares, após o frustrado assalto ao Banco da Lavoura de Sabará. No Rio, Ainda casada, apaixonou-se por Carlos Franklin Paixão de Araújo, O chefe da Dissidência do Partidão. Então, chegou, de chofer, e disse para o marido: "Estou com o Carlos!".



Carlos vivia antes com uma Geógrafa e Vânia Arantes, sedutor, já havia tido outras sete mulheres, Aos 31 de idade. Com ele, Dilma participou da fusão COLINA / VPR (ESTA do Lamarca), que deu origem, em Mongaguá, à Vanguarda Armada Revolucionária - Palmares, Cujo estatuto dizia:

Art. 1 º - A Vanguarda Armada Revolucionária - Palmares é uma organização político-militar de caráter partidário, marxista-leninista, que se propõe a todas Cumprir as Tarefas da Guerra revolucionária e da construção do Partido da Classe Operária, com o objetivo de Tomar o poder e construir o socialismo".

Foi em Mongaguá, litoral paulista, que se traçou o plano da "Grande Ação", que se deu em 18 de julho de 1969, com o assalto e roubo do cofre da casa da amante do Ademar de Barros, em Santa Teresa / RJ, que rendeu-lhes 2,5 milhões de dólares, cofre aberto em Porto Alegre, um maçarico, pelo metalúrgico Delci. Mas a organização se dividiu entre "basistas" - que defendiam o trabalho das "massas" e junto às "bases", e os "militaristas", que priorizavam uma imediata e constante luta armada comunista. A disputa pelo butim Dolarizado foi ferrenha! Dilma era chamada de "Joana D'Arc da subversão".

Então, foi para São Paulo onde dividia um quarto com Maria Celeste Martins, hoje sua assessora imediata no Planalto.
Dedurada por José Olavo Leite Ribeiro - com ela mantinha três contatos semanais. Depois de vários ataques, armada foi presa, em um bar da Rua Augusta, Juntamente com Antônio de Pádua Perosa, depois, entregou a policia seu amigo Natael Custódio Barbosa. Enquanto isso, o Carlos Araújo teve um tórrido romance com uma atriz Bete Mendes, da TV Globo.

Dilma saiu do presídio em 1973 e foi para Porto Alegre, reatar com o infiel Carlos. Mas hoje, Carlos Araújo mora sozinho com dois vira-latas (Amarelo e Negrão), numa casinha às margens da Lagoa do Guaíba, em Porto Alegre. Ele tem enfisema pulmonar e está com 71 anos. Diz que é feliz, mesmo com uma ex-esposa sendo candidata e Ministra do apedeuta / fronteiriço à Presidência da República.
Eis aí uma síntese "/ sintética / resumida" da vida da Dilma Roussef, que, logo .... logo ... será apresentada pelo Lula como uma pessoa ideal para governar o país. Em se tratando do povo brasileiro (batuque, o Bolsa Família-e bunda), tudo pode se esperar, infelizmente.
Mas, nem tudo está perdido ... vc tem uma arma poderosa para JAF na hora certa contra esse estado de coisas. É o seu voto.
ALÉM DA ARMA ATUAL? A INTERNET, VOCE TEM UMA ARMA MAIS PODEROSA, SEU VOTO.
ENTENDA ISTO!

Pense Nisso.

11 de março de 2010

Pirataria

Eu compro filmes e jogos piratas. Compro também produtos oficiais. Eu compro os piratas sempre em três bancas que conheço. Em um caso a venda é feita para complementar o salário baixo e nos dois outros casos é pura falta de emprego e perspectiva. Desses dois casos um entrou nessa depois de ficar três anos desempregado, e o outro resolveu vender pirata porque agora ganha mais do que quando tinha barraca de legumes na feira. Trabalhava como um escravo, as vezes quase 20 horas por dia, pra nunca ganhar nada e sempre estar em dívida. Depois que abandonou a banca de legumes, passou a ganhar dinheiro e agora está conseguindo limpar o nome e pagar as prestações da Kombi velha e da geladeira.

É uma apelação o governo gastar dinheiro com campanhas anti pirataria dizendo que comprando esse produto estou dando dinheiro pra bandido. Bandido ganha dinheiro na política, com drogas, armas, assaltos a banco, não vendendo dvd a 2 reais, esse não é o ganho real dele. Não é fácil ter que cuidar de uma família e não ter emprego, pior, não conseguir ver futuro melhor e se aquele é o único ganho de uma mãe de família desesperada que não encontra outra saída, o que fazer? E mesmo assim o que ganha é sempre a conta certa para o amanhã, não se guarda nada. Não se faz planos.

Entro numa loja especializada e vou direto procurar os jogos que gosto e sempre me deparo com duas coisas péssimas: o preço altíssimo e a falta de dublagem ou legenda no produto. Aí fico me perguntando se vale a pena comprar um produto muito caro – estou falando de 200 a 300 reais – que chega a mim sem nenhum cuidado da empresa que o faz. Os impostos são embutidos, e nós consumidores acabamos pagando caro pelo descaso da empresa e do governo.

O mesmo acontece com uma locadora que cobra de 5 a 7 reais pelo aluguel de um lançamento em dvd. O empresário compra o filme a um custo também altíssimo e repassa a nós consumidores. Com 7 reais compro 3 filmes que ficarão comigo pra sempre e ainda posso emprestar para a família e amigos. Quem tem filho sabe o quanto é difícil disciplinar nesse mundo de publicidade e consumo que vivemos. Você vai à loja e o lançamento da moda e mais caro que o produto de preço altíssimo! E o pior é que a criança assiste 15 vezes seguidas e deixa lá. Passa um ou dois anos, ela cresce e naturalmente acaba perdendo o interesse pelo filme que foi pago uma fortuna.

Olha, eu não tenho culpa de não ter dinheiro para consumir o que gostaria. Trabalho duro, me dedico a família e é sempre um sofrimento para juntar um dinheirinho. E mesmo assim chega algum momento em que você se vê obrigado a abrir mão do dinheiro guardado. Aí acontecem coisas como o mensalão, os sanguessugas, os aloprados e agora a história do Bancoop.
E eu? E minha honestidade? E o meu trabalho? E os impostos que pago? Vou sim continuar a comprar jogos e dvds piratas e a baixar as músicas e filmes que quiser.

Tá todo mundo errado, inclusive eu, mas me desculpe, não sou otário.

3 de março de 2010

Receita Para Fazer Um Som Moderno

Com a internet ficou fácil conhecer as novidades e já há alguns anos eu, assim que ouço falar de algo novo, já vou atrás pra escutar, ler e conhecer pra ver se é o que realmente falam. Não dá pra confiar nos outros, gosto é uma coisa muito pessoal. Quando se fala muito bem de um novo artista ou de um lançamento, cuidado, pode ser jabaculê. Com as ferramentas de hoje, se garanta e tire suas próprias conclusões.

Entre 1998 e 2010 muita coisa aconteceu em pouco tempo e hoje a sensação é de que esses 12 anos pareçam 25. Em 1998 as pessoas estavam começando a usar internet discada em casa e foi só em fevereiro de 2005 que surgiu o You Tube.

Me fixo nesses anos pois são os anos pós-Mangue Beat, pós-Grunge, a era do mp3. O início onde todo mundo começou a gravar seus cds em casa.


Então, de 2007 pra cá, tenho, na medida do possível, escutado o maior número possível de lançamentos. Não só de nomes novos, mas os já estabelecidos também.

Nos últimos 4 anos veio uma onda de cantoras, mas nenhuma delas vingou pra valer e o que eu escutei não trouxe emoção. Há também uma turma que surgiu nesses últimos anos, uma turma que resgatou timbres da jovem guarda, a psicodelia do Mutantes e Arnaldo Baptista, a MPB psicodélica dos anos 1970, o sussurro da bossa nova e tudo isso com toques de música eletrônica moderna, atual, mas que também revisita timbres retrôs. Essa hoje é a receita para se tornar um músico descolado, alternativo. Mas isso não acontece só aqui no Brasil, há novos e já velhos nomes que também usam essa fórmula: Belle & Sebastian, Charlotte Gainsbourg, Beck, Air, Bjork, Sean Lennon, Lily Allen e por aí vai.

Nada contra essa modernidade atual. Em absoluto. Tem coisa citada aqui que tenho e ouço. O que não gosto e me afasta dessa sonoridade é o fato de, tanto aqui no Brasil quanto fora, todo mundo tocar com todo mundo e o resultado dessa amizade em gravação e composição é uma sonoridade igual, timbres iguais, composições parecidas, idéias parecidas. Isso acaba gerando uma falta de personalidade enorme. E isso é resultado do que já falei aqui no Sete Doses: essa nova geração não vai atrás de influências, não escuta música, não conhece o passado e dessa forma não consegue construir um futuro. Se quer viver de música então escute música. Há uma nova cantora que lançou seu 1º disco em 2007 e disse em entrevistas que começou a compor suas músicas porque não havia músicas legais sobre o universo feminino!!!!!!!!! E Roberto Carlos, Chico Buarque, Tom Jobim, Maysa... Esse é um exemplo vivo de que essa nova geração não conhece nada e vai na onda. E ir na onda é nítida falta de personalidade e conhecimento.

Há quatro dias atrás coloquei na seqüência três lançamentos nacionais independentes. Eram de 30 a 40 músicas que soavam parecidas, que podiam ser do mesmo disco, só mudava o timbre da voz e um pouco a forma de cantar. De resto, como falei, era tudo o mesmo disco.
Que tal deixar de ser “Maria vai com as outras” e buscar idéias e sonoridade diferentes?