14 de junho de 2007

50 Anos Depois

Este livro é uma espécie de continuação de Há Dois Mil Anos. Os personagens desta história, também verdadeira, são os mesmos de Há Dois Mil Anos, mas com outros nomes, claro. Mais uma maravilhosa obra de Chico Xavier pelo espírito de Emmanuel.

Aqui, o Senador Públio Lentulus, volta encarnado num escravo chamado Nestório. Mas dessa vez não é o protagonista da história.
Ao contrário do Senador, Nestório é um bom homem, humilde e de vasto conhecimento em história e cultura. Como ele adquiriu tanto conhecimento sendo um escravo? Muita coisa veio de suas vidas passadas.

Depois de demonstrar sabedoria e bondade, ele ganha sua libertação e passa a dar aulas para as filhas de seu antigo dono. Entre elas a Célia, a protagonista dessa maravilhosa história.

Mulher de elevadíssima espiritualidade e bondade, ela sofre com as armações de uma sociedade cheia de mesquinharias e que vivia de aparências. Estou aqui falando de aproximadamente 90 d.c. quando Roma vivia a época dos césares.

Vítima de uma armação mal sucedida contra sua mãe, e por estar no lugar errado e na hora errada, Célia sai de casa expulsa pelo pai e vai embora.

O pai de Célia sai por muito tempo para trabalhos fora da cidade, pois a mulher do César da época (não lembro aqui qual era) era apaixonada por ele e tentava de tudo para tê-lo como amante, pois foram namorados na juventude.

Muitas armações e traições acontecem nesta incrível história que é sem dúvida melhor do que qualquer novela ou HQ. Pois além de bem narrada em seus mínimos detalhes é edificante e mostra o quanto o ser humano precisa crescer. O quanto necessitamos alimentar nossa alma.

Impossível dizer aqui o que acontece com Célia, pois estragaria as surpresas deste livro.

Aqui o cristianismo ainda é perseguido (e seria por muitos e muitos anos) e os adeptos dessa então nova doutrina eram barbaramente mortos.

Desculpe o texto escrito dessa forma, mas o propósito é exatamente provocar a vontade de ler. A edição de quase 400 páginas eu li em uma semana, no máximo. É difícil parar de ler.

2 de junho de 2007

Há Dois Mil Anos

Este livro que o grande Chico Xavier escreveu sob comando do espírito de Emmanuel, fala exatamente sobre uma das encarnações desse grande espírito que com Xavier nos deu grandes obras da literatura espírita.
(Peço desculpas por nomes e pequenos detalhes, pois há tempos li este livro e no momento não está comigo, pois o emprestei para minha sogra... é sério!)

Trata-se de uma história real centrada no Senador Públio Lentulus (Emmanuel), o protagonista, e que se passa exatamente no período em que Jesus Cristo pregava pelas redondezas de Jerusalém.

Naquela época as classes eram bem definidas e não se misturavam de forma alguma. O rico morria rico, o pobre morria pobre e o escravo morria escravo.
Públio era casado com uma bela moça de muita elevada espiritualidade, por isso, não ligava para as regras da sociedade. Como era Senador, viviam bem, tinham dinheiro, terras, escravos e tudo do bom e do melhor. Porém, a pequena filha do casal tinha lepra e sofria barbaridade. Todos esses bens não eram nada diante desse sofrimento.

Os médicos da época fizeram de tudo para reverter à doença da filha e em determinado momento a única e última tentativa de melhora era sair da cidade onde viviam para irem a Cafarnaum.

Lá, o ar era melhor, eles ficariam numa fazenda, vivendo perto da natureza e essa era a esperança de cura. Era lá, também, que se encontrava Jesus. Naquele momento da história Cristo andava por aquelas redondezas e há muito tempo à esposa de Públio tinha o desejo de ver Jesus e pedir auxílio a ele. Porém, sendo de família nobre, não poderia jamais procurá-lo. Ela relutou muito, conversava demais com uma de suas criadas (que era sua melhor amiga e companheira), mas chegou um momento que tomou coragem e pediu ao marido, que era muito bronco e severo. A princípio ele negou, mas depois de algumas insistências e vendo a piora da filha, resolveu procurar o pregador de Nazaré. Muito o preocupava, pois ninguém poderia vê-lo com Jesus.
Eis que um dia, estando sozinho, perto de um rio, lhe aparece Cristo. Eles conversaram, o mestre sabia de sua vergonha em encontrá-lo, lhe disse palavras maravilhosas, sabia o motivo daquele encontro e disse-lhe que sua filha iria melhorar. Mas não deixou de lhe falar para ser menos cruel e ouvir mais o coração.
Públio Lentulus por dentro era bom, mas na condição de Senador, perante seu meio social, não poderia jamais externar esse sentimento de bondade.
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No caminho para Cafarnaum, onde foram morar por tempo indeterminado, Públio encontrara um garoto que fez uma brincadeira de mal gosto com sua comitiva e, ao invés de perdoá-lo, afinal era apenas um garoto, mandou-o para prisão que, de lá, certamente iria para a morte. Por causa desse fato, dias depois, o pai do garoto procurou o Senador e lhe pediu que perdoasse seu filho, pois o ajudava no trabalho. Estremecido e comovido com o pedido daquele pai, não cedeu da sua posição e apenas autorizou que o garoto saísse da prisão e fosse para as galeras – lá ou ele morreria ou viraria escravo. Virou escravo. O pai tomado de ódio deixou a sala, jurando para si vigança, e se foi.
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Passada a doença da filha o Senador retornou para sua cidade. A essa altura. Sua esposa já era cristã, conseguindo até, às escondidas, assistir a discursos do Mestre Jesus. Públio e sua esposa tiveram outro filho, dessa vez um garoto.
Mesmo sentindo na própria carne os poderes de Cristo, Públio não arredava o pé de sua pose de homem forte. Por dentro queria ser mais humano, mais carinhoso, mais atencioso, mas não podia (não queria) ceder.
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Aquele pai que havia perdido o filho pela maldade de Públio ainda volta a essa história e é peça fundamental para importantes acontecimentos.
Públio Lentulus participa ativamente da reunião onde Cristo é condenado à cruz e todo esse bastidor é descrito no livro.
Sua bondosa e amável esposa passa a participar ativamente das reuniões cristãs que eram proibidas e secretas e sofre muito pela maldade de outros que querem atingir seu marido e acaba tendo um desfecho impressionante.
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Apesar da vontade, não me cabe descrever tudo o que acontece nesta maravilhosa e verdadeira história. O que quero deixar aqui é a curiosidade para provocar a sua leitura de tão edificante livro. Ele é daqueles que você não quer para de ler.