
Só que aqui não quero fazer como todos e relembrar suas passagens e seu repertório. Quero falar de duas coisas que me vem logo à cabeça quando se fala em Renato Russo: personalidade e criatividade.
Personalidade e criatividade é o que há muito se falta no rock brasileiro e é o que sobrava à geração de Renato: Plebe Rude, Capital Inicial, Escola de Escândalo, Elite Sofisticada, Diamante Cor-de-Rosa, Titãs, Ira!, Barão Vermelho, Paralamas, Camisa de Vênus, Engenheiros, Ultraje, Cólera... Coloco todas essas bandas brasileiras para não ficar apenas na capital. Essas são só algumas, mas eu poderia continuar a lista com Smack, Mercenárias, De Falla, Sexo Explícito, Akira S... vai longe. Eram tempos em que ainda estavam por vir muitas novidades. A MTV (americana) era uma delas.

Todo esse amor e toda essa informação foram se acumulando até um dia ele explodir e falar: “vou formar minha banda e viver de música”. Quando se sabe usar a informação que se obtém, um abraço, ninguém te segura. E foi isso que aconteceu com Renato Russo. Foi isso que aconteceu com sua geração.
Quando todas as gravadoras costumavam lançar compactos para analisar se valia a pena um LP, Renato tanto bateu o pé que a Legião lançou LP sem compacto.

Renato Russo era formador de opinião. E essa sua personalidade e criatividade acabaram por conquistar muita gente além dos jovens amantes de rock brasileiro. Muitos pais, tios e avós acabaram também admirando-o.

Viva Renato Russo! Que surjam mais ídolos formadores de opinião e criativos.
Como homenagem ao roqueiro Renato Russo, deixo aqui registrado alguns outros acontecimentos de 27 de março no universo pop:
- 1998: Cássia Eller lançou 'Veneno Vivo' (que tem versão de "Geração Coca-Cola")
- 1972: Elvis gravou “Burning Love”
- 1965: Jeff Beck entrou para o Yardbirds
- 1951: Nasceu Tony Banks, tecladista do Genesis
Um comentário:
Grande Renato Russo, ele faz muita falta na música brasileira.
Beijos
Postar um comentário