26 de junho de 2009

ISSO PARA MIM É PERFUME


Nessas duas décadas morando em São Paulo posso afirmar que se teve uma coisa que fiz à exaustão foi sair na noite. E por muitos anos tive o privilégio de me divertir junto de amigos fiéis, bons moços e belas meninas.

Mas o tempo passa, passa rápido. Da minha roda, vários se casaram, tiveram filhos, outros tantos, inclusive, já se separaram, mas sempre que podemos (e quase sempre conseguimos), o time se reúne para um ‘ritmo’. E, passei a notar que o nosso gênero de balada foi ficando para trás. Aeroanta e Santa Casa viraram doces lembranças – pelamordedeus, o que eram aquelas “segundas-sem-lei”?

Longe daqui eu querer passar por saudosista, mas para mim o som de pista evoluiu (sic) para uma batida eletrônica insana e a regra geral hoje é playboy abrir casas requintadas e cobrar preços extorsivos pela diversão (do estacionamento ao bar). Como consolo (meu e de outra boa leva de gente bacana), nossa grandiosa metrópole abriga/obriga exceções do tipo Studio SP e CB entre outros.

Eis que na última sexta-feira, em grata surpresa, eu vi uma luz no fim do túnel. E ela brilhava irradiando cores por todos os lados, graças àquele indefectível globo de espelhos que girava. Eu estava na versão paulista do “Bailinho”, na linda-maravilhosa Casa das Caldeiras. Novidade para mim, procurei informações e achei como melhor definição a que está presente no blog deles (http://blog-do-bailinho.blogspot.com/), ou seja: uma festa de verão e de bairro, mas que se reinventa em qualquer estação e local. Nascido no Rio de Janeiro, o projeto retoma um estilo de baile praticamente esquecido, onde a palavra de ordem é Suingue, sem a ditadura da exclusividade de gêneros musicais. Convidados especiais agitam a pista. Correio do amor, ‘biscoitos da sorte’, e outras surpresinhas dão um charme extra à festa. Mesclando ritmos da atualidade com melodias antigas (porém inesquecíveis), os djs surpreendem através de incríveis seqüências musicais, mixagens inusitadas e delícias como dançar o bom e velho ‘cheek to cheek’. No Bailinho se ouve de tudo. Impossível ficar parado!

Pela definição, quem não foi já ficaria curioso, não? Pois é pra ficar mesmo! Balada repleta de gente bonita e despida de frescura, ambiente pra lá de agradável, bebida boa a preços justos, estacionamento enorme, som de primeira. Mas, como forma de manter uma certa magia, não se sabe quando haverá outro Bailinho por aqui...A bela e simpática promoter naquela noite, Larissa, me disse que quem decide quando e como é o idealizador Rodrigo Penna, portanto, não há regras fixas...Resta somente ficar ligado para não se perder a próxima.

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