O empresário e produtor Luiz Calanca merece tapete vermelho por onde passa. Ele é dono da Baratos Afins, pioneira dos selos independentes. Grande figura, recentemente inaugurou mais uma loja, dessa vez apenas dedicada aos vinis. Meses atrás conversei com ele sobre a 1ª edição da excelente coletânea Não São Paulo. Confira relato de Calanca sobre a produção da coletânea:
(Nota: Você encontra Não São Paulo em CD na Baratos Afins)
Não São paulo
“Em 1978 Brian Eno produziu um disco chamado No New York, com bandas pós-punks. Em resposta fizemos o Não São Paulo. Esse título, aliás, era só um nome de trabalho, um apelido que no final acabou ficando.
Tinha muita coisa acontecendo nos anos 80 e como eu também fazia alguns eventos, muitas bandas se aproximavam de mim. Eu conheci o Akira S porque ele trabalhava numa loja da Galeria (do Rock) e ficava o dia inteiro tocando baixo. A idéia era fazer um disco dele, mas tinha muita banda no cenário, então acabei optando por uma coletânea pra depois fazer o disco solo. O Musak fui eu quem convidou. O Alex (Antunes) chamou Ness e Chance. Na verdade o Não São Paulo mais apareceu na mídia do que vendeu.
Tem bons hits ali, como “Sobre as Pernas”, de Akira S e “Samba do Morro”, do Chance. Tem coisas atuais no disco e tenho orgulho dele.
Em 1986 a Baratos Afins lançou 13 discos. Trabalhei como um louco. Fumava e bebia direto. O clima no estúdio era legal, as bandas eram amigas e uma sempre aparecia na gravação da outra. Teve dia que o estúdio tinha de 30 a 40 pessoas. Às vezes eu saía de lá direto para o trabalho. Foi um ano de muita correria.
Esse disco tem uma curiosidade: a introdução da música “The Modern Age”, do Strokes, é idêntica a música “Jovens Ateus”, do Musak. O baterista do Strokes não é brasileiro? Acho que ele já escutou o Não São Paulo, porque não é possível...”
(Nota: Você encontra Não São Paulo em CD na Baratos Afins)
Não São paulo
“Em 1978 Brian Eno produziu um disco chamado No New York, com bandas pós-punks. Em resposta fizemos o Não São Paulo. Esse título, aliás, era só um nome de trabalho, um apelido que no final acabou ficando.
Tinha muita coisa acontecendo nos anos 80 e como eu também fazia alguns eventos, muitas bandas se aproximavam de mim. Eu conheci o Akira S porque ele trabalhava numa loja da Galeria (do Rock) e ficava o dia inteiro tocando baixo. A idéia era fazer um disco dele, mas tinha muita banda no cenário, então acabei optando por uma coletânea pra depois fazer o disco solo. O Musak fui eu quem convidou. O Alex (Antunes) chamou Ness e Chance. Na verdade o Não São Paulo mais apareceu na mídia do que vendeu.
Tem bons hits ali, como “Sobre as Pernas”, de Akira S e “Samba do Morro”, do Chance. Tem coisas atuais no disco e tenho orgulho dele.
Em 1986 a Baratos Afins lançou 13 discos. Trabalhei como um louco. Fumava e bebia direto. O clima no estúdio era legal, as bandas eram amigas e uma sempre aparecia na gravação da outra. Teve dia que o estúdio tinha de 30 a 40 pessoas. Às vezes eu saía de lá direto para o trabalho. Foi um ano de muita correria.
Esse disco tem uma curiosidade: a introdução da música “The Modern Age”, do Strokes, é idêntica a música “Jovens Ateus”, do Musak. O baterista do Strokes não é brasileiro? Acho que ele já escutou o Não São Paulo, porque não é possível...”
Um comentário:
comprei em vinil ontem! muito loco
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