Nos próximos quatro dias publicarei, em quatro partes, a postagem Bandas e Videos. Bem provável que esta seja a penúltima postagem desta série que comecei a escrever em julho/2010.
Mas não quero deixar nada fechado. É como aquela banda que termina sem anunciar o fim. Se lembrar de algo relevante que tenha passado despercebido, voltarei com um novo post. Mas creio que isso não deverá acontecer, pois muito do que aconteceu nos 1990 também está presente em textos como os que escrevo sobre minhas memórias da MTV e outros que ainda virão (tem a série Ingressos e Crachás).
Bem, dividi 19 vídeos em quatro postagens. Trata-se de vídeos dos principais nomes da cena underground paulista dessa década de 1990. Infelizmente não achei vídeos de todas as bandas que eu gostaria de mostrar. Algumas delas eu até tenho filmagens que fiz (como Pit Bulls on Crack e Loop B), mas está em material bruto recém digitalizado. Um dia irei dar um trato nessas imagens e postá-las aqui.
Com os vídeos segue uma pequena biografia de cada banda, com textos bem quadrados mesmo, basicamente informativos. Mas a intenção não é dar dados completos, mas uma passada rápida na história. Nem todas têm informações na internet, a maioria sim. Em blogs especializados dá para encontrar download de muitos dos álbuns citados nos textos, é só jogar no Google. Também vale ver mais vídeos no You Tube.
CONCRETENESS
Concreteness era a banda doida de Santa Bárbara D’Oeste, terra boa, vizinha a minha Piracicaba. Surgiu em 1992. Muito antes de Kings of Leon, Hanson ou Jonas Brothers, Concreteness já tinha os três irmãos Maluf em sua formação: César, Marco e Marcelo. Junto deles o baixista Véio. Industrial, punk rock, hardcore. A banda gravou um álbum, mas ficou muito abaixo do que se fazia no palco. Os irmãos Maluf também eram donos do Bar Hitchcock, que ficava na garagem da casa deles e fazia parte do circuito do interior. Concreteness era bom demais e parece que está na ativa novamente.
YO HO DELIC
Yo Ho Delic era funk rock cheio de riffs de guitarra. Era Jimi Hendrix e Hillel Slovak com Parliament/Funkadelic e Sly & Family Stone. Kuaker (gui), Dino (bt), Marinho (bx) e Patossauro (vocal, flauta e sax). Surgiu em outubro de 1990. Em 1992 lançaram um álbum pela Tinitus e em 1994 a banda terminou. Creio que foi em 1993 que Kuaker saiu e Munari (ex-Lagoa 66) entrou em seu lugar. Só vi show bom. Banda de respeito que sempre estava nas listas da revista Bizz e, que me lembre, "Brazil, Banana, Samba" chegou ao Top 20 da MTV Brasil. Tenho um show que gravei no Phoenix, que acho que foi o último com o Kuaker. Vi que desde 2009 a bnada tem feito shows esporádicos, mas com outro vocalista.
OKOTÔ
Okotô apareceu ainda nos anos 1980, quando André saiu da Patife Band. Ele e Cherry formaram a banda que em 1989 lançou um álbum dessa fase de duo onde a sonoridade era outra, baseada no instrumento Koto, oriental com eletrônica, mas experimental, longe do rock que a banda passou a fazer já no início dos anos 1990.
André Fonseca (gui), Cherry (vocal e gui), Andrei (bx) e Miguel (bt) foi a formação clássica que gravou o maravilhoso álbum Monstro lançado em 1993, e sem dúvida um dos grandes clássicos dessa cena underground paulistana dos 1990.
Quer uma curiosidade da banda? Danny e Zaviê, ex-integrantes do Metrô, chegaram a tocar no Okotô nessa primeira fase experimental.
LOOP B
Loop B era outro doido. No bom sentido, claro. Mistura performance, efeitos sonoros, música eletrônica e instrumentos inusitados. Ele toca desde os anos 1970, mas foi nos 1990 que gravou seu primeiro álbum e passou a freqüentar todo o circuito de casas na capital e no interior.
Gente boníssima. Vi diversos shows, incluindo no Juntatribo e outro histórico no Der Temple, quando abriu para o Rip Monsters e ninguém o conhecia. Furadeira, carro velho, marreta e máquina de lavar louças são alguns de seus instrumentos. Nos anos 1990 lançou álbuns em 1992, 95 e 97.
KILLING CHAINSAW
Killing Chainsaw... vou falar o quê da banda que inclusive dediquei um post inteiro?!? Foi formada em Piracicaba, minha terra natal, em 1989. Foi uma das primeiras dessa geração underground dos 1990. Rodrigo César (gui e vocal), Rodrigo Gozo (gui), Gerson (bx) e Pedro (bt). Lançou dois álbuns, o primeiro em 1992 e o segundo chamado Slim Fast Formula em 1994 (outro clássico dessa geração). A banda acabou em 1997. Fazia os melhores shows e compunha as melhores músicas. Você acha que sou fã de carteirinha?
3 comentários:
Stigmata, stigmata..hehehehe. Encontramos a Gabi domingão, coincidência boa. Abs.
Pizaaaaaaa! Cê sabe, tenho doios shows do Stigmata, mas não tem nada da banda no You Tube....
Felizão pelo encontro!
abç
Queria ver esse material um dia desses, vamos marcar. Abs.
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