15 de setembro de 2025

Os Falsos Comunistas, Suas Incoerencias e Suas Falsidades

Aqui vai uma coleção de perguntas retóricas para provocar reflexão e deixar muita gente igual ao urso do pica pau. 

Socialismo necessita do capitalismo, afinal, se o Estado não produz nada, o que será dividido? Ou vai me dizer que é papel do Estado ter e fazer gestão de fábricas de talheres, de parafusos, de carros, de alimento, de remédios, de insumos hospitalares, de bicicletas etc.? Se não há o que dividir como funcionaria o socialismo?

Você que se diz comunista/socialista, divide sua moradia sem cobrar nada? Divide seu salário com pessoas desconhecidas ou pelo menos investe metade dele em doações para movimentos sociais? Quando faz compra, compra em dobro para poder doar a metade? Você compra mensalmente remédios para alguém que necessita deles? Uma pergunta para reflexão pessoal: o que te faz ser socialista se você não divide seus bens e ganhos?

Se você se considera ateísta (como manda a cartilha comunista), então é, automaticamente, materialista. Sendo materialista, o propósito da vida é puramente material: dinheiro, bens e posição social. Mas esses não são, como dizem os pseudo comunistas, os males do capitalismo?

Se o fascismo, assim como o comunismo, defende um Estado gigante e autoritário, então por que é a direita - que defende um Estado enxuto - a ser chamada de fascista? Não eram Lenin e Stalin que diziam ser o fascismo a evolução do comunismo marxista? Até onde os fatos mostram, eles admiravam Mussolini.

Se a direita é violenta e radical, então por que as mortes e tentativas de mortes de opositores ou de quem pensa diferente apenas parte do lado esquerdo?

Como alguém que se considera comunista pode ser a favor da liberdade de expressão, se o sistema comunista é controlador e contra qualquer tipo de liberdade?

Por que não existe exemplos de arte autoral feita na União Soviética, na Alemanha Oriental, na Coreia do Norte, na China e em Cuba? Onde estão os exemplos de artistas da música, do cinema, da literatura, do jornalismo e mídia, da pintura, das artes plásticas; cenas musicais, movimentos literários ou cinematográficos, cenas culturais, arte de rua; produtoras de filmes, gravadoras, fábricas de instrumentos e equipamentos, mídia (programas de rádios e TV, jornais e revistas alternativas)?

Se o comunismo é preocupado com as minorias, por que em sua história não há exemplos de líderes vindos da minoria: mulheres, gays, pessoas de etnias diferentes que não as brancas etc.? Na história de qualquer país comunista (de qualquer época), só se vê líderes conhecidos como “homens brancos cis”, como dizem, de forma pejorativa, os comunistas.

Como uma pessoa que nasceu, cresceu e vive imersa no ocidente livre capitalista, pode se dizer comunista? O que torna essa pessoa comunista se os valores que forjaram sua personalidade, seus gostos, seu caráter, enfim, quem ela é, são fruto do capitalismo e de total liberdade?

O que faz uma pessoa que vive no sistema capitalista dizer que é comunista, se ela estudou em colégios e faculdades particulares, se viaja livremente para fora do Brasil ou dentro dele, se frequenta bons restaurantes e programas culturais, se escolheu sua profissão, se faz o que quiser com o dinheiro que consegue guardar (o LUCRO pessoal!), se compra o que quiser e faz o que quiser? Onde está seu comunismo dentro dessa realidade?

Como alguém que se diz comunista e é assumidamente antissemita, assim como os nazis, tem a cara de pau de chamar a direita de nazi, se a direita não é antissemita e defende a liberdade religiosa?

Se você gosta de música, cinema e outras expressões artísticas livres e autorais que existem graças ao capitalismo, como pode se considerar comunista? 

Por fim, a última pergunta retórica: se a pessoa se diz comunista, como é possível ela também se dizer a favor da democracia? Afinal, comunismo não pode ser democracia, ou então não é comunismo!

1 de agosto de 2025

Os 70 Anos de Rock Brasileiro em Vídeo!

Nesta virada de julho para agosto de 2025 retomei a gravação e publicação de vídeos para comemorar os 70 anos de Rock Brasileiro. Comecei a gravar em 2020, no auge da pandemia, quando o rock completou 65 anos, mas tive que interromper por conta de trabalho. Agora, para completar a playlist ‘O Rock Brasileiro e Suas Histórias’, tenho feito novos vídeos que, aos poucos vou publicá-los.

Além dessa playlist, tem a ‘MTV 30 Anos (Bastidores)’, onde também falo de música e conto muitas histórias de bastidores.

Playlist ‘O Rock Brasileiro e Suas Histórias’:

https://youtube.com/playlist?list=PLMP9rYxXbEE3UBwBuGctixo76ZvJ-0HS0&si=DA7sdkFZjMaRyTK7

- 65 Anos de Rock Brasileiro: Uma Vida Sem Comemorações 
- 65 Anos de Rock Brasileiro: 1982-83 O Início da Geração 80 
- 65 Anos de Rock Brasileiro: Anos 50, 60 e 70. Os 1º hits e os Clássicos dos anos 70 
- 65 Anos de Rock Brasileiro: 4 – O Triênio 1984-85-86 
- Adorava Gravar Discos! O Valor da Música e o Início dos Anos 80 
- O Contexto de Júlio Barroso e a Revolução Chamada Gang 90 & Absurdettes 
- Rock de Brasília Pré-Sucesso: Legião Urbana, Capital Inicial e Plebe Rude em Brasília! Como era? 
- Calendário do Rock Brasileiro: Os Lançamentos de setembro 
- Calendário do Rock Brasileiro: Os Anos 70 em agosto!

Novos: 
- 70 Anos de Rock Brasileiro: A Mistura da MPB com o Rock dos Anos 1970 
- 70 Anos de Rock Brasileiro: Cazuza e Renato Russo


Playlist ‘MTV 30 Anos (Bastidores)’:

https://youtube.com/playlist?list=PLMP9rYxXbEE0WyBh66v1QR7oTJMKqM_RV&si=fm8OeNn43BQgM3u4

- MTV Brasil 30 Anos (bastidores) 1: Ambiente de Trabalho - Parte 1 
- MTV Brasil 30 anos (bastidores) 2: Ambiente de Trabalho - Parte 2 
- MTV Brasil 30 anos (bastidores) 3: A morte de Kurt Cobain, Teleguiado e Na Chapa 
- MTV Brasil 30 anos (bastidores) 4: Fúria, Monsters of Rock... e o skank do Tim Maia 
- MTV Brasil 30 anos (bastidores) 5: O dia a dia, a escada de incêndio e a programação de clipes 
- MTV Brasil 30 anos (bastidores) 6: Acústico Legião Urbana e Especial Legião Urbana 
- MTV Brasil 30 anos (bastidores) 7: MTV no Verão 1995 e o Baculejo Épico! 
- MTV Brasil 30 anos (bastidores) 8: MTV Brasil e a Cena Underground 1990 
- MTV Brasil 30 anos (bastidores) 9: Histórias com Artistas e Outras Mais! 
- MTV Brasil 30 anos (bastidores) 10: 1º VMB sem Ensaio Geral, o Camarim Enfumaçado e Outras Histórias 
- MTV Brasil 30 anos (bastidores) 11: O Lado Ruim e O Começo do Fim!



15 de julho de 2025

O Menosprezo Pelo Rock Brasileiro

Não dá pra entender essa urgência do brasileiro em comemorar o tal do Dia Mundial do Rock (13 de julho). O Brasil é, praticamente, o único país que faz isso. O resto do mundo lembra o que foi o Live Aid, as atrações, as músicas, o evento, e só, porque é isso.

Por que será que não existe essa urgência em relação ao rock brasileiro? Muito doido isso!

Som Três, Revista Roll, Revista Bizz, MTV Brasil , 89 FM e Revista 89, Brasil 2000, Rock Press, Kiss FM e mais um monte de mídias segmentadas nunca fizeram nada em relação aos fatos marcantes do rock brasileiro, mas quando chega a hora de comemorar algo que foi elaborado por ingleses e americanos (o Live Aid) e que, em algum momento desse evento alguém comentou muito por cima que aquele dia 13 de julho poderia ser o dia mundial do rock, essa mídia nacional baba e não vê a hora de publicar algo a respeito.

Essa mídia – que me recuso a dizer “especializada” – nunca fala, mostra ou escreve nada sobre os primeiros anos do rock brasileiro, as primeiras décadas, os discos lançados, os primeiros nomes importantes (Bob Bolão, Betinho, Ronnie Cord etc.), as primeiras gravações, as cenas dos anos 1950, 1960, 1970, os principais lançamentos dessas cenas, os principais nomes.

Mas sabe o motivo disso? Eu sei: ninguém tem a mínima noção dos acontecimentos do rock brasileiro. Por isso que me recuso a escrever “imprensa especializada”, exatamente porque ela não sabe nada. Sabe apenas o básico, sabe apenas o que está na mão. Por isso que só comemora efemérides clichês como o nascimento e morte de Raul Seixas, Renato Russo, Chico Science, Chorão...

Isso acontece, também, com os próprios artistas que não tem ideia de nada. Eles só sabem o valor do cachê deles e dos discos que lançaram na carreira, mas sem saber o dia e sequer o mês de lançamento.

É um desprezo gigantesco pela nossa história. Quem faz rock – seja artistas, mídia ou gravadoras – não sabe sequer de 1/5 da história. Nem sabem a data que se comemora o início do rock brasileiro e nem o motivo de existir essa data.

Por volta de 2003 ou 2004, eu cheguei a ser contratado por um empresário para fazer a curadoria de um grande festival que iria acontecer em 2005 exatamente para comemorar os 50 anos de rock brasileiro e que só teria artistas nacionais. O festival iria ter o porte do Rock in Rio e o empresário me procurou porque leu uma reportagem sobre o rock brasileiro que eu havia feito para uma dessas revistas que se achavam especializadas e que nela eu falava sobre a importância do dia 24 de outubro de 1955.

Até hoje, ele foi a única pessoa que vi ter essa visão. Ele investiu mesmo! Me pagou um bom cachê, fez reuniões com empresários de artistas, fez brindes para os possíveis parceiros comerciais para levá-los nas reuniões e investiu firme na ideia até, infelizmente, perceber que ninguém estava nem aí com os 50 anos de rock brasileiro.

Seria um festival 100% nacional e que foi completamente menosprezado por quem poderia ter ajudado a concretizar essa ótima ideia. Tinha até local, planta baixa, desenho e maquete do palco (seria um só) e todos os detalhes necessários. Só faltava o apoio das gravadoras (que ajudariam no contato com os artistas) e do apoio financeiro.

O rock brasileiropassou pelos seus 10, 20, 30, 40, 50 e 60 anos e nunca ninguém comemorou nada em relação a essas datas. Sequer um showzinho na esquina.

Aqui no Brasil se comemora efemérides relacionadas a Beatles, Stones, U2, Nirvana ou qualquer outro artista gringo, mas não se comemora nada a respeito de Celly Campello, Renato e Seus Blue Caps, Módulo 1000, Ave Sangria, Gang 90 & Absurdettes, Paralamas...

Lancei O Calendário do Rock Brasileiro em março deste ano exatamente por causa dessa data redonda. Trata-se do único livro que traz praticamente toda a história desses 70 anos e o livro, até agora, foi menosprezado não só pelos artistas, mas por essa mídia preguiçosa, perdida e sem conhecimento.

Trata-se do primeiro e único livro desse gênero na literatura brasileira e quem deveria tê-lo, não quer saber dele. Agora, ir na minha conta do Instagram roubar as informações que eu publicava em relação as datas, todo mundo ia. Porém, publicavam sem os devidos créditos – inclusive artistas que são meus amigos. Foi por esse motivo que parei de publicar datas.

Muito estranho esse desprezo pela nossa história. Por outro lado, esse desprezo é natural, já que desprezamos tudo o que tem relação com nossa história, independente da área.

Em 2025 comemoramos 70 anos de rock brasileiro em 24 de outubro e até agora, nenhuma dessas mídias segmentadas falou sobre isso e, pelo jeito, nem vai falar.

Brasileiro é um povo preguiçoso e acomodado.

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Tenho apenas mais 10 exemplares da pequena tiragem que fiz do O Calendário do Rock Brasileiro. Quem tiver interesse em adquiri-lo, deve enviar e-mail para:

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