O Brasileiro é um cidadão preguiçoso. O ser humano é preguiçoso, mas o brasileiro é mais, muito mais. Brasileiro não lê, não se informa, tem preguiça de adquirir conhecimento.
Estudar é um fardo extremamente pesado, como se tivesse que carregar milhões de toneladas debaixo de um sol
escaldante, vestindo roupas de inverno e andando num chão tão irregular quanto nossas estradas.
Pegar um livro pra ler, sentar na internet parar fazer
uma pesquisa que vá além da 1ª página do Google. Nossa! Fazer esse tipo de coisa aqui no país do bloquinho é praticamente uma ofensa. Pelo contrário, aqui o nerd da escola, e quem gosta de se informar, são consideradas 'pessoas chatas'.
Já nos primeiros anos de escola, se você diz aos amigos
que não vai sair pra estudar, pronto! Você vira alvo de piada. Quando adulto,
proibido falar em livros, porque ninguém lê e todo mundo tem vergonha em dizer
que não lê, então falar de livros é pisar em ovos, assim como falar de política
e religião.
Hoje com o acesso fácil ao conhecimento, com internet, livros virtuais e mega livrarias, todo mundo foge.
Nos últimos governos era proibido reprovar qualquer aluno
nas escolas públicas. Resultado disso são milhares de jovens sem saber escrever e sequer fazer contas básicas de tabuada.
Mas isso não é novo, há décadas as escolas públicas deixaram de ter qualidade. O desdém ao professor diz muito sobre o Brasil. Quem lê e estuda sabe que deixar a
população ignorante / alienada é a melhor coisa pra quem quer se perpetuar no
poder. Vamos falar da Anitta e deixar pra lá a mala de dinheiro desviado que
mata recém-nascidos que estão em hospitais públicos.
Há uma coisa esnobe no brasileiro, dos tempos coloniais,
coisa que os primeiros Europeus que vieram pra cá tinham e que permaneceu. Temos
uma pose arrogante e completamente vazia. O brasileiro se acha europeu. Se acha
fino.
Brasileiro sabe tudo! Tem opinião
pra tudo! Só que não! Não sabe nada, não lê, não estuda, sequer lê notícias e ainda sim tudo
sabe. É uma vergonha. Brasileiro é país de terceiro mundo, ninguém liga pra
gente. Ninguém quer saber a opinião do brasileiro pra nada. Estados Unidos,
Europa, Ásia, organizações internacionais... dane-se o Brasil.
É consequência natural a falta de interesse gerar o desdém com a história.
Graças a Deus existem pessoas preocupadas em manter viva
nossa memória – seja em qualquer área – novos historiadores que lançam livros
que contam melhor a história, de forma coloquial, verdadeira, com mais pesquisa, sem manipulação. Aqui pro lado da nossa cultura pop,
claro, também puxo a sardinha pro meu lado, e pro lado de amigos como César
Gavin que faz incomensurável favor à memória com seu canal Vitrola Verde e o
rockbrasileiro.net. Há também Fernando Rosa e seu Senhor F e outros poucos e
bons espaços.
A internet é um lugar onde se deve ter cuidado ao buscar
informação, mas é fácil encontrar sites confiáveis. Há a disposição muito
e-books gratuitos.
Vivemos tempos onde se é fácil adquirir conhecimento, e até isso é ignorado! Com isso, nossa memória vai se embora. E não adiantam blogs,
sites, enciclopédias, livros se tudo isso é deixado de lado. E a qualidade de tudo em nossa volta vai caindo e ninguém
faz nada.
Se a gente quer um país melhor, com melhores
profissionais, melhores políticos, um país rico, altruísta e progressista, então é
preciso acabar urgente com essa cultura que o brasileiro tem de achar que tudo
que é antigo e velho não vale mais. É no antigo, velho e passado que está
nossa história, nossos erros e virtudes. É o antigo e velho que norteiam nosso
futuro.
Como consequência desse descaso com nossa história e memória, temos corrupção, desigualdade e até o desdém do resto do mundo. Afinal quem quem quer saber a opinião de um país de 3º mundo, pobre, corrupto e sem qualquer compromisso com o progresso?
4 comentários:
A Língua Portuguesa está morrendo
A minha geração e a sua produziram os últimos cidadãos brasileiros capazes de se interessar pela leitura e a escrita e ainda dominar o Português fluentemente na construção de frases com nexo, sentido e coerência lógica. Além de sermos dispostos a ler livros grandes com vocabulários que abrangem todas as palavras do Dicionário, em textos rebuscados, complexos e profundos, que além de narrativos são também reflexivos, nos obrigando a pensar e a fazermos raciocínios abstratos.
Todos os que vieram depois de nós foram apenas ladeira abaixo.
Não é coincidência nenhuma que no último meio século não tenha surgido quase NENHUM escritor neste país que não seja absolutamente MEDÍOCRE e que a grosso modo todos os ditos "artistas" brazucas sejam cada vez mais desprezíveis tanto em termos artísticos como intelectuais, sendo que a imensa maioria dos ídolos populares são verdadeiras FRAUDES. De fato, cada forma de expressão artística brasileira se torna mais débil a cada geração.
Segundo um estudo avançado na população nacional, cerca de 30% dos cidadãos brasileiros são ANALFABETOS FUNCIONAIS: pessoas que mesmo sabendo escrever ou lendo um livro inteiro e entendendo as palavras, permanecem INCAPAZES de entender o sentido do texto ou assimilar os significados das idéias contidas nele.
Pior: NÃO GOSTAM DE LER. Não querem ler. Não têm paciência ou disposição ou energia mental para ler qualquer artigo, ensaio ou tese. São seres brutos. Num sentido estrito, a maioria dos brasileiros mais jovens nem podem ser considerados seres civilizados.
Pior ainda: isso não impediu que eles fossem continuamente APROVADOS nas escolas automaticamente mesmo tirando notas baixíssimas próximas de ZERO e mesmo faltando a todas as aulas; que até mesmo ANALFABETOS fossem aprovados no Vestibular meramente por fazerem um X na alternativa certa da maioria das questões das provas; e as Universidades brasileiras concedem DIPLOMAS a pessoas absolutamente despreparadas para exercerem qualquer cargo de esforço intelectual.
E isso vale para TODAS as classes sociais. Inclusive os INFLUENTES jornalistas, repórteres, críticos de cinema, literatura, teatro e música; os PODEROSOS ricos donos dos meios de produção como os empresários; ou as AUTORIDADES como policiais, juízes, secretários, professores, pedagogos, ministros, políticos; e até mesmo os nossos GOVERNANTES.
O resultado desse descalabro é a DESTRUIÇÃO DA CULTURA E DO SABER, mas principalmente O FIM DA INTELIGÊNCIA HUMANA como nós a conhecemos. O povo brasileiro a cada geração fica mais DÉBIL-MENTAL, podendo ser clinicamente diagnosticado como MENTALMENTE INCAPAZ de sequer construir uma civilização — algo que até os nossos antepassados pré-históricos no Neolítico souberam fazer quando saíram das cavernas há 30 mil anos atrás.
As causas para isso são difusas, porém facilmente identificáveis por observadores atentos á degradação da sociedade junto com a deterioração da linguagem falada e escrita; é um processo de reengenharia social para a deliberada debilitação do povo em tudo aquilo que nos distingue dos animais: a deformação do caráter, personalidade, educação, ensino, cultura, hábitos, preferências de consumo e capacidade de expressão verbal.
Tudo isso junto nos levou a esse quadro apocalíptico: o abismo de SELVAGERIA que separa o Brasil dos países civilizados é cada vez mais acentuado, sobretudo nas regiões mais atrasadas, notadamente o Norte e o Nordeste; e o rebaixamento mental da população brasileira para a BESTIALIDADE pela mais brutal violência, até chegarmos ao estado atual de DESUMANIDADE que a rigor sempre foi uma característica atávica no povo brasileiro desde a Colonização dos selvagens povos indígenas pelos colonizadores portugueses.
Eis o resultado de décadas de consumo de lixo incultural no lugar da música, substituída pelos famigerados axé, pagode, timbalada, funk carioca, breganejo, evangélico; os programas de TV que também são os mais estupidificantes e embrutecedores; os filmes de cinema mais debilóides e vazios; as pseudo-obras de artes plásticas (e até mesmo obra NENHUMA, com quadros EM BRANCO em paredes VAZIAS) impondo a FARSA mais descarada roubando milhões de reais em dinheiro público; e principalmente os MAUS EXEMPLOS dos ÍDOLOS medíocres celebrados como "gênios" em todas as mídias por todos os grandes canais de comunicação de massa.
Diante dessa realidade de fim de mundo, a Morte da Língua Portuguesa é a tragédia central de uma nação desprezível.
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