Hahaha Não vi o prêmio Multishow, mas li as críticas, os blogs. Quem frequenta o blog sabe minha posição quanto a toda essa palhaçada de prêmio de música. A cada ano surge um novo. Duvido até que o VMB acabe. Devem existir atualmente 512 prêmios de música só na zona sul de São Paulo.
Por que eles existem? Pelos patrocinadores, a publicidade, o marketing. Esses prêmios geram um bom faturamento. É isso.
Pior. Tendo uma boa ou má repercussão. Mesmo tendo uma transmissão vergonhosa, ano que vem tem mais, e provavelmente com os mesmos patrocinadores.
Existem algumas revistas especializadas em anunciar artistas, revistas que não são vendidas em bancas, mas empresários e agências assinam. São revistas que trazem apenas o anúncio do artista, com os contatos do escritório para o contratante poder comprar o show. Todos os artistas, mas todos mesmo, têm anúncio nessas revistas. Normal. Não há nada de errado nisso, pelo contrário. Essas revistas são importantes.
Falo isso porque quando há, dentro desses anúncios, algum destaque dizendo “ganhador do prêmio de melhor música”, “ganhador do prêmio de melhor artista”, isso passa a ser um atrativo para o contratante e aumenta o cachê do artista. Então, esses prêmios só servem para quem faz, ganhar mais dinheiro, e para quem recebe prêmio e aparece, ganhar aumento no cachê.
O público que se dane. Põe premiação de duas horas para cobrir todos os intervalos negociados pelo dep. comercial. Isso é indelicadeza. Ninguém gosta de pessoas e situações indelicadas. Essas transmissões de premiações são indelicadas e repletas de situações indelicadas. Por que insistir? Por que não pensar em um formato diferente e atraente para quem assiste em casa? Dá pra ser grandioso sem ser chato. É só querer.
Isso é acomodação. Perdeu-se o sentido. Foi banalizado. Deixou de ser um acontecimento ímpar. Antigamente era só o Grammy e o Oscar. Havia glamour.
Hoje é esse troço aí, sempre mais do mesmo, banalizado. Antes os artistas falavam nas entrevistas: “Esse tipo de festa é legal porque encontramos com todo mundo”. É verdade! O VMB servia para muita gente se rever, já que as agendas não permitem artistas se encontrarem com facilidade. Mas hoje esse tipo de fala não faz mais sentido, porque há ao menos 4 ou 5 prêmios por ano (ou mais), e os encontros ficaram mais frequentes. Até isso foi banalizado. "Até semana que vem no Prêmio X"...
Está na hora de alguém ter culhão para mudar isso. Continuar a capitalizar com esse tipo de evento, mas também agradar a quem assiste, afinal não deixa de ser um reles programa de televisão. Puro entretenimento. Tem gente que leva muito a sério, digo os participantes. Agora todo mundo fica preocupado com instagram, twitter e essas coisas, mas nos dois sentidos: “O que vão falar de mim?” e “Vou postar essa foto aqui!”.
Caramba, é puro entretenimento. No entanto transformam esse tipo de coisa em algo gigantesco. É muito mais fácil e barato entreter a quem está no local da festa e em casa. Não entendo essa necessidade de burocratizar algo que deveria ser muito legal. A meu ver tudo se mistura: mania de grandeza, egocentrismo, soberba e outras coisas que acabam resultando em vergonha alheia.
Ano que vem tem mais premiações chatas, sempre as mesmas coisas, porém piores que o ano anterior. Talvez a qualidade dessas festas esteja ligada a qualidade dos artistas. Vale esse estudo rsrs.
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