27 de julho de 2011

Sobre Strokes, 2011 e Outras Bandas

The Strokes
Em março de 2011 saiu o 4º disco de estúdio do Strokes chamado Angles. Título perfeito para um disco nota 10 com louvor.

Só li e ouvi bobagens dos críticos e até de fãs. Angles é o disco experimental do Strokes, bem gravado, bem produzido e com ótimas composições.

Mates of State
O Strokes trouxe a sonoridade pós-punk para o século XXI e isso não é pouca coisa! Com Is This It e Angles o Strokes, se quiser, já pode se aposentar.

Não me importa se a banda não estava bem durante as gravações ou o que londrinos e nova-iorquinos irão dizer do disco. O troço é bom à beça! É um tapa na cara dessa cena que está aí e que só pensa na pose (olha aí o Lobão outra vez). É tudo pose mesmo!

Foo Fighters
Em Angles ouvi ótimas referências: Durutti Column, Joy Division, Kinks, Tones on Tail, PIL e até música brasileira (“Call Me Back”). Finalmente vi mais espaço para o talento monstro do baixista Nikolai Fraiture. Linhas maravilhosas!

O que o Strokes fez em Angles é exatamente o que reclamo no texto “O Rock Morreu! Vida Longa ao Rock!!!”: ousou, experimentou, arriscou, foi adiante e nos deu um ótimo álbum com canções que poderão servir de norte para quem não tem coragem de arriscar. Assim como há 10 anos, quando a banda lançou o Is This It e se tornou a principal referência rock do início dos 2000, agora novamente faz o mesmo. Angles é uma boa referência para esta segunda década desse novo milênio. Como seria bom ver alguma banda brasileira fazendo um trabalho como este! Como seria bom ver uma banda brasileira simplesmente com um bom trabalho...

Ataxia
Não há do que reclamar sobre os lançamentos de 2011 (só não podemos olhar para o Brasil). Além de Strokes, em março foi lançado Collapse Into Now do R.E.M. e, em abril, Wasting Light do Foo Fighters. E ainda vem por aí o novo do Red Hot Chili Peppers (I’m With You para agosto) e o novo do Mates of State (Mountaintops para setembro).

R.E.M.
Do Mates of State, que é ultra desconhecido aqui, já vi clipe novo e já deu para perceber que vem coisa boa (algo como o Bring It Back de 2006). Só não consegui descobrir se o duo agora virou quarteto...

I’m With You, do RHCP, tem novamente a produção do mestre Rick Rubin, mas o grande barato desse disco vai ser ouvir o novo guitarrista Josh Klinghoffer que tocava (ou ainda toca) com John Frusciante no Ataxia - que é de arrepiar - prato cheio para quem gosta de PIL como eu.

Minha expectativa para I’m With You é grande, mas o temor também, já que a banda não lança nada de bom desde Blood Sugar Sex Magic de 1991 – salvo algumas boas canções espalhadas pelos quatro discos posteriores a ele.

Metallica
O problema é que tem banda que acha uma fórmula e dela não sai mais. RHCP e Metallica são exemplos dessa escravidão de fórmulas descobertas. Ok, St. Anger e Death Magnetic são bons, mas Metallica pisou na bola com Black Album, Load, Reload e S&M.

Quanto ao R.E.M. desconfiei quando li declaração de Michael Stipe dizendo que o Collapse Into Now era o melhor trabalho da banda desde Document. Falei: “Duvido!”. E era verdade de Michael! Do Foo Fighters, só de ter gravado um disco aos moldes antigos, todo analógico, já dava para esperar algo bom, e foi tiro certo! Sem falar na volta do grande Pat Smear!

Com R.E.M., Foo Fighters, Strokes, Red Hot Chili Peppers e Mates of State certamente 2011 pode acabar já em setembro.











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