Eu e Gastão no estúdio Be Bop |
Um período engraçado por ter tantos espaços para tocar, mas ao mesmo tempo tudo sendo de certa forma desperdiçado pela maluquice das bandas em visionar o mercado internacional.
Foi tudo uma questão de dinheiro, coisa que ninguém tinha até a mudança de plano econômico. Assim que ele reapareceu, as gravadoras voltaram a investir, mas jamais fariam isso com uma banda brasileira metida a americana.
Okotô no Aeroanta |
Num piscar de olhos era como se nada daquilo que aconteceu entre 1990 e 1995 tivesse existido. De um segundo para outro tudo havia mudado. Aquelas bandas americanas que tanto lutaram para ter um espaço na MTV, nas rádios e revistas sumiram em menos de dois anos e os artistas que citei no parágrafo acima invadiram toda mídia. Era como se tivéssemos entrado em uma nova década. Mas não era!
Raimundos no Pacaembú |
De repente estávamos em 1995-96-97 e novos horizontes surgiram. A noite paulistana também mudou, o Jardins deixou de ser o centro da noite, a Vila Madalena se fortaleceu com novos bares como o Superbacana, Torre do Dr. Zero, Empório Cultural, Diretoria, Brancaleone e outros. Der Temple e Retrô ficaram para a história assim como o Dama Xoc, Aeroanta e Garage. A Warner incorporou o Banguela, a Tinitus fechou e todas as gravadoras passaram a querer ter seu próprio Raimundos e CSNZ.
Yo Ho Delic |
Em 1998-99 a TV a cabo já estava bastante difundida, em todos os escritórios já havia internet, que também estava chegando em todas as casas, mas ainda discada. Como as coisas mudaram de 1991 para 1999!
Massari e Johnny Monster |
Isso aconteceu mesmo com quem não tocava, com todo o pessoal que frequentava os mesmos lugares, todos foram crescendo e tomando rumos diferentes. Claro que muitos ainda se viam pelos bares da Vila Madalena ou algum show, mas já era outra história.
Foi uma delícia viver tudo isso!
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