Nesse último domingo, a convite de Paulo Moinhos, o Petê, fui conhecer o Auditório Ibirapuera. Lá celebramos o aniversário de um bom amigo comum, Robério Santana. E não poderíamos ter escolhido programa melhor, primeiro porque o teatro é coisa de 1º. Mundo, com belas instalações, ambiente e acústica invejáveis. Segundo porque naquela noite se apresentava Liena Centeno, diva da nova geração de talentos cubanos, interpretando clássicos cubanos das décadas de 20, 30 e 40 do século XX.
Gratificante saber que, apesar de toda a dificuldade imposta pelo caduco regime socialista de Fidel, a rica sonoridade cubana segue mais viva do que nunca e soube aproveitar o impulso mundial de seus ritmos alcançado através do “Buena Vista Social Club” e aqueles senhores de talento ímpar, castigados pela vida, esquecidos por muitas décadas, até mesmo na própria ilha.
Liena é bela, sensual e dona de uma voz deliciosa; Estava acompanhada de um time de ótimos músicos - Pepe Cisneros (piano), Guga Stroeter (vibrafone), Eliasafe Costa (clarinete), Noa Stroeter (baixo acústico) e Pedro Bandera (percussão); Para completar o fino pacote, a cenografia de Gisela Moreau e a iluminação concebida por Marisa Bentivegna.
O repertório de 13 canções primava pela sonoridade acústica, discreta, dando exato espaço para que todos se destacassem, sem exceção. Houve espaço até para que Lina, no bis, voltasse ao palco solando um trombone de vara...Aliás, tocar esse inusitado instrumento faz parte das origens dela, que foi indicada há tempos (vindo tocar vez ou outra por aqui) ao brasileiro Guga Stroter pelo ‘monstro’ Amadito Valdes. Vale ficar atento!!
Detalhe não menos bacana de divulgar é que o Auditório Ibirapuera tem vasta programação cultural o ano todo a preços acessíveis e estacionamento gratuito (sim minha gente, é verdade).
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