28 de fevereiro de 2012

Série O Resgate da Memória: 27 - Entrevista com João Gordo (2000)

Conheci João Gordo em 1983, na Punk Rock, quando a loja era na Rua Augusta. Estava lá comprando camisetas e bottons, já que em Brasília não tinha nada disso (só o que nós mesmos fazíamos), quando Gordo colou em mim perguntando se eu queria aparecer na TV Bandeirantes, pois nesse dia ela estava fazendo uma reportagem sobre o movimento punk e queria filmar os punks subindo a Augusta. Tímido eu fui, mas fiquei bem atrás de todo o pessoal.

Em 1986 o RDP foi fazer seu primeiro show em Brasília, e foi demais! Inclusive desmaiei nesse show por ter sido prensado entre o público e o palco por causa da brincadeira de pogo que fazíamos na frente dele. Susto rápido, mas perdi o fim do show.

Em 1987 me mudei para SP e nas noitadas comecei a encontrar Gordo direto e assim ficamos amigos, até porque já tínhamos muitos amigos em comum.

Em 1996 ele foi parar na MTV e lá estreitamos um pouco mais a amizade. Não lembro se foi em 1999 ou 2000 que João teve o piripaque que o levou para a UTI. Um susto para todo mundo! Pouco antes eu tinha emprestado a ele o filme Quadrophenia, e lembro bem quando ele voltou a trabalhar e me disse que precisava me devolver o filme. Eu, na hora disse: "Velho, você tá louco? Quase bateu as botas e quer me devolver o filme? É seu! Fica de presente!", e assim foi.

Nesse mesmo ano eu saí da MTV e fui trabalhar em um site como Editor de Música. Como no início eu não tinha uma equipe, era eu mesmo que fazia tudo. Um dia liguei para o Gordo e pedi uma entrevista. Isso foi 3 ou 4 meses depois que ele voltou pra casa, bem quando o RDP estava lançando o EP Guerra Civil Canibal. Ele ainda estava tomando remédios, de licença médica e mais tranquilão.

João Gordo é um grande sujeito e sempre foi, mesmo em seus tempos porra louca, nos 1980 e 1990. Então fica aqui no Sete Doses de Cachaça registrada mais essa entrevista que fiz.

PS: Pode não parecer, mas entrevistar amigos é bem mais difícil...



Paulo Marchetti - Como você está?
Gordo - Vida nova, né?

Paulo Marchetti - O que você aprendeu com esse susto?
Gordo - Que cigarro é uma porcaria, uma bosta. (risos)

Paulo Marchetti - Mas a culpa foi só do cigarro?
Gordo - Não, foi uma vida desregrada. As pessoas pensam que meu coração é de criança, minha pressão é de neném e meu colesterol é de baby. Eu tenho uma diabétes fudida e um problema no pulmão, que foi consequência de vinte anos de tabagismo descontrolado.
Devido a um porre que eu tomei em Parati, há uns cinco anos atrás, levei uma queda que me quebrou duas costelas e eu as deixei quebradas e uma delas ficou torta, com uma ponta no pulmão e essa ponta furou meu pulmão. Deixei esse problema, fui engordando, fui ficando louco ...


Paulo Marchetti - Você precisava ter tido um problema de saúde pra se ligar?
Gordo - Precisava. Aí eu senti que eu estava errado do modo como vivia. Eu comecei a pirar de vez, meu fim de ano foi muito doido. Cheguei a pesar 210 quilos e já nem conseguia mais dormir e fumava quase 50 cigarros por dia. Comendo e bebendo muito refrigerante só de litro. Só comia porcaria, muito doce, cada vez mais. Na semana que eu tive o “piripaque”, eu tinha certeza de que iria morrer.

Paulo Marchetti - De alguma forma, esse problema de saúde atrapalhou o disco novo?
Gordo - A gente fez um mini LP, né? Eu fiquei doente e faltou gravar dois vocais que só fui gravar agora.

Paulo Marchetti - E deu pra cantar legal?
Gordo - Deu. Mudou muito. Minha vida mudou pra caralho. Olha, só o fato de parar de fumar já mudou tudo. Nunca tive um pulmão tão limpo como agora. Minha voz mudou, meu fôlego. O timbre da minha voz ficou mais grave e até tive um pouco de dificuldade de cantar como cantava, porque estranhei minha garganta limpa.

Paulo Marchetti - Você acha que o pessoal irá sentir essa diferença?
Gordo - Não sei. Eu senti diferença porque as letras deram uma mudada. Inclusive nesse disco tem uma letra “pré piripaque” e uma “pós piripaque”. A letra “pré piripaque” se chama “Toma Trouxa” e é a história que eu estou na balada, bem louco, e conheço uma mina e eu ofereço droga pra ela, começo a pega-la, mas ela só queria minha droga. Eu dei a droga e ela sumiu. No final, a moral da história é: a mina é uma piranha ou eu que sou um suicida?
A outra letra se chama “Obesidade Mórbida Constitucional” que fala de tudo isso que rolou comigo e no final tem um discurso onde eu falo todas as normas técnicas do que eu tive, que eu li no meu relatório médico. “Obesidade Mórbida Constitucional/Regada por tabagismo pesado/ Ingestão de líquidos e alimentos desregradamente...” é uma história. Esse mini LP se chama “Guerra Civil Canibal” e tem 7 músicas.

Paulo Marchetti - Qual a intenção desse mini LP?
Gordo - Apenas lança-lo. No momento estamos lançando 3 discos: esse mini LP, a coletânea “Só Crássicos” que sairá pela RDZ e, pela Alternative Tentacles, sairá o “Sistemados Pelo Crucifa” que é a regravação e revisitação do “Crucificados Pelo Sistema”. Vai ser bem legal.

Paulo Marchetti - E como você está pra fazer shows e sair em turnê?
Gordo - Tô ótimo. A única coisa que está foda é a história da minha costela, que vou ter que operar. Eu sinto ela me cutucando, parece que tem um dedo no meu pulmão. Quando fico de pé por muito tempo, ela começa a me incomodar. Também parei com tudo, com doideira, com cigarro, bebida alcoólica, só como comida saudável. Agora estou me cuidando...

Paulo Marchetti - Você está aguentando essa nova vida?
Gordo - Porra, tem que aguentar, mas estou numa boa. O cigarro que eu pensava que ia ser foda de largar, está sendo na boa. Acho que o susto valeu.

Paulo Marchetti - A intenção é emagrecer mais ou manter o peso que você está?
Gordo - Tenho que emagrecer mais. Agora eu tenho médico, coisa que nunca tive e ele fica no meu pé. Tenho ido, três vezes por semana, à uma Psicóloga. Tenho um monte de nó na minha cabeça e ela me ajuda.

Paulo Marchetti - O Ratos dá dinheiro?
Gordo - Não! É dinheiro a longo prazo. Todo mundo nos rouba, as gravadoras não nos pagam, quando pagam é demorado. A RoadRunner não paga, a Paradoxx não paga. Inclusive eu irei processar a Paradoxx.

Paulo Marchetti - Qual o disco do RDP que mais vendeu?
Gordo - Eu não sei. Não temos um controle sobre isso, cada disco é de uma gravadora diferente.

Paulo Marchetti - O Ratos nunca foi para os Estados Unidos...
Gordo - Só pra mixar. O lance de fazer turnê nos EUA é que precisamos de um apoio grande de alguma gravadora. Os EUA tem muita cidade e é tudo longe, então toda vez que o Boka tenta armar alguma coisa lá, as pessoas falam que a gente vai perder dinheiro e perder o que nós não temos é foda.
Agora na Europa a gente consegue fazer turnê por que? Porque a Espanha e Portugal pagam tudo. Principalmente Portugal, que a gente pode cobrar 4 ou 5 mil dólares por show, pois vão umas 3 mil pessoas nos assistir. Então essa grana já paga, por exemplo: eu tenho uma grana e pago minha passagem e a do Jão, aí ele fica me devendo o dinheiro da passagem e o dinheiro que ele recebe em Portugal, vai pra mim. O Boka e o Fralda compram pelo cartão de crédito e tem todo o esquema. Na Espanha também ganhamos bem. Na Itália vai gente pra caralho nos shows, mas não ganhamos porque é sempre shows em Squat e você tem que dividir o dinheiro com quem precisa e acabamos ganhando menos de mil dólares. Mas é assim, se você faz 50 shows, ganha 700 aqui, 500 ali, tirando o gasto com comida, transporte... com droga não temos mais gasto, porque agora todo mundo é careta (risos), acaba sobrando uns 2 mil pra cada um.

Paulo Marchetti - Vocês foram roubados na última turnê européia...
Gordo - A gente foi assaltado na Itália, perto de Udine, indo pra Eslovênia. Paramos num restaurante e deixamos as bolsas no carro, porque foi uma parada de 5 minutos. Voltamos e vimos que tinham levado duas bolsas, uma do Pedrão e outra do Boka. Lá tinham os passaportes deles e, uma delas, tinha 2.500 dólares e CDs do Pedrão. Estávamos no meio da turnê e isso nos desestruturou, mas demos risada.

Paulo Marchetti - Porque o RDP nunca é convidado para tocar nos festivais brasileiros?
Gordo - Por que o festival geralmente é uma panela. Então o empresário que está trazendo as bandas, tem suas bandas brasileiras, aí ele põe as bandas dele pra tocar.

Paulo Marchetti - Você não fica chateado com isso?
Gordo - Já me acostumei. Mas pra compensar isso, tocamos em festivais fora daqui. No último festival que tocamos em Portugal, havia 35 mil pessoas e tocamos com o Therapy e The Cure.

Paulo Marchetti - O Ratos toca em rádios européias?
Gordo - Toca. Lá eles dão um puta valor pra gente. Eles dão valor para a língua brasileira e outra, o Ratos de Porão é uma banda velha, clássica. Tipo assim, essa molecada daqui, esses Punks daqui, eles metem a boca em nós, falam que somos traidores, burgueses capitalistas. Só que, na Europa, nós temos fama de banda clássica, banda grande. O que eu acho dos Varukers, do Chaos UK, eles acham a mesma coisa de nós e eu tive a prova disso, quando fomos tocar na Inglaterra, os caras pagam o maior pau pra nós. Eu sou ídolos dos caras e eles são meus ídolos. Foi muito louco ter contato com esses caras.

Paulo Marchetti - E uma biografia do Ratos, quando vai sair?
Gordo - Talvez se eu tivesse morrido agora, iria sair um monte de coisas.

Paulo Marchetti - Você já pensou em gravar um disco solo?
Gordo - Sempre penso nisso, mas não sei o que fazer ainda.

Paulo Marchetti - O Ratos nunca fez um show com essas bandas antigas, depois do reconhecimento. Tipo Ratos e Inocentes.
Gordo - Eu gosto do Clemente, do Ronaldo. Mas se tem algum traidor do movimento, esse traidor é o Clemente (muitos risos). O Inocentes tentou virar Rock comercial e eles tem uns discos bem ruins. Tipo aquele que foi produzido pelo Frejat, onde os caras cantam que nem Barão Vermelho. Eu chorei, mas respeito o Inocentes pela importância que teve na minha época.

Paulo Marchetti - Tem algum produtor brasileiro que você gostaria de trabalhar?
Gordo - Não. Aqui ninguém tem a manha...

Paulo Marchetti - Quem produziu esse novo mini LP?
Gordo - Nós mesmos.

Paulo Marchetti - E quando começam os shows?
Gordo - Tem um show marcado para o dia 29 de abril, em Curitiba. Por enquanto é só esse.

Paulo Marchetti - Como está na MTV?
Gordo - Segundo os chefes de lá, só vai ter programa daqui a um mês. Eles estão resolvendo se vai ser um programa diário ou semanal. Se for diário, terá meia hora de duração. Se for semanal, terá uma hora.

Paulo Marchetti - Como vai ser esse programa?
Gordo - Parecido com o do Jô Soares. Terá uma banda de Punk Rock fixa que, talvez, seja o Forgoten Boys. Acho que terão dois convidados por programa: uma pessoa desconhecida, tipo travesti, coveiro, prostituta, que faremos uma matéria de rua sobre ela e depois a entrevistamos. Depois terá uma pessoa conhecida, um artista ou banda. Se forem tocar, vai ser playback. Faço questão de seja playback! O meu programa vai continuar a apoiar o underground, vou ter um aparelho de som na minha mesa pra mostrar umas podreiras pra galera.

Paulo Marchetti - Você está satisfeito na MTV?
Gordo - Eu gosto muito de trabalhar lá. Só acho que me falta um pouco mais de assessoria. Parece que o pessoal não me dá tanto valor e eu tô ligado que o meu programa dá audiência, mas eles não me falam. Eu tô ligado nisso porque, lá no Gugu, eles medem o ibope de todos os programas, então o cara que trabalha com ele, começou a querer levar todos os artistas da Promoart (empresa do Gugu Liberato) no meu programa. Por que? Porque no meu horário é o programa que dá mais audiência. Os caras do Gugu falaram isso pra mim e lá dentro da MTV ninguém me fala. Acho que é pra eu não ficar pedindo aumento.

Paulo Marchetti - Você já se relacionou com alguma fã?
Gordo - Já. Mas sem namorar. Só pra transar.

Paulo Marchetti - Você não é muito de namorar, né?
Gordo - É difícil eu achar alguma mina que se submeta a tal gordão, é bem difícil. Mas eu sempre encontro umas loucas por aí. É foda, porque você tem que descolar alguém que te tire do buraco e não que vá pro buraco junto com você. Nesse momento estou procurando alguém que seja caretinha...

Paulo Marchetti - Você acha que assusta a mulherada?
Gordo - Assusto. Não adianta ser o fodão da TV. Não adianta ser remédio, tem que ser gelol (risos), entendeu?

Paulo Marchetti - Você já transou com duas ao mesmo tempo?
Gordo - Já. Mas tinha um problema: quando eu usava muita droga, geralmente não rolava. Hoje em dia isso mudou, só pelo fato de ter parado de fumar cigarro... tá escrito lá no maço que o cigarro brocha e é verdade!

Paulo Marchetti - E bandas como Paralamas, Barão ...
Gordo - Eu acho tudo chato. Eu respeito Paralamas porque o Herbert deu uma guitarra pro Ratos e são bons músicos. Respeito o Ira! também. Detesto Titãs! Odeio o Titãs!

Paulo Marchetti - Porque? Por causa das releituras que fizeram?
Gordo - O meu ódio começou quando eles lançaram aquele disco Grunge (Titanomaquia). Antes desse disco eu até suportava. Eu não tinha bronca. Gostava muito dos discos “Cabeça Dinossauro”, “Jesus Não Tem Dentes” e “Oblesq Blón”. Esses discos são muito bons, inteligentes. A melhor música deles é “Nome aos Bois”. Mas, de repente, os caras começaram a tocar Roberto Carlos!

Paulo Marchetti – E o Max Cavalera (ex-Sepultura), como foi sua briga com ele?
Gordo - O Vovô é um coitado. Ele deve sofrer muito.

Paulo Marchetti - O que gerou essa briga?
Gordo - Foi porque eu gravei “Reza” com o Sepultura e ele achou que a letra tinha sido pra ele, só porque ele fica lá rezando pras coisas dele. Enfiaram na cabeça dele que eu sou traidor e que fiquei do lado do Sepultura. Na verdade, no começo dessa história, eu não fiquei do lado de ninguém, mas se for ver direito, eu fiquei do lado do Sepultura sim. Eu conheço bem os caras e acho que o Max tá errado. O que a mulher dele fez tá errado.
(Nota: Essa briga/discussão aconteceu na MTV pouco antes de eu entrevistar o Soufly para o Fúria, e eu vi tudo acontecer na minha frente. Quem estava no estúdio não acreditou na postura infantil de Max)

Paulo Marchetti - Você nunca mais o viu?
Gordo - Nunca mais. Ele mandou uns recados dizendo que andou rezando pra mim. Ficou sabendo da minha saúde e rezou pra mim. Eu dispenso suas rezas e macumbas.

Paulo Marchetti - Você acha que um dia ele volta pro Sepultura?
Gordo - Olha, tem umas histórias aí de que ofereceram 1 milhão de dólares para eles voltarem e eles não aceitaram. Acho que, pelo que Max fez, chegar e tocar com ele sem dar um murro na cara dele, não rola. Ele foi muito filho da puta, cuzão demais. Ele enfiou uma amizade de anos no cú. A última vez que ele esteve na MTV, eu fui lá, na maior inocência, falar com ele e ele virou a cara. Fiquei até doente! O Rapadura estava com ele e também teve uma atitude infantil.

Paulo Marchetti - Quando rolou a amizade com o Sepultura?
Gordo - Foi no show do Venon, em 86, em Belo Horizonte.

Paulo Marchetti - Você tinha ido pra lá pra ver o show?
Gordo - Eu tinha ido pra lá com uma amiga minha, pra tentar descolar uns shows pro Ratos. A gente nunca tinha tocado em Minas e quando cheguei lá, li O Estado de Minas e tinha uma entrevista com o Max, onde ele falava que a melhor banda do Brasil era o Ratos de Porão. Aí eu pensei: se eles acham minha banda a melhor do Brasil, vão ter que me descolar um Backstage pro show do Venon (o show de abertura foi do Sepultura). A partir daí eu fiquei amigo dos caras e passei a frequentar a casa deles e somos amigos até hoje.

Paulo Marchetti - Vocês já fizeram alguma turnê juntos?
Gordo - Nunca rolou. Teve uma época que eu até pedi, mas depois larguei mão. Porque não era interessante pra eles. Eles começaram a crescer demais e não tínhamos apoio da gravadora.

Paulo Marchetti - Você ainda tem treta com alguma tribo?
Gordo - Os Skinheads. Se eles me pegarem na rua, me mandam pra UTI. Mas tem que ser mais de três.

Paulo Marchetti - Se a eleição pra presidente fosse agora, você teria candidato?
Gordo - Eu não voto. Nem vou na zona eleitoral. Antigamente eu ia pra anular, mas nem isso eu tenho feito. Esse país é muito ridículo, não perco mais meu tempo. Já sei que as coisas nunca irão mudar mesmo...

Paulo Marchetti - O Ratos já pensou em morar fora do país?
Gordo - Não dá porque os caras tem família aqui.

Paulo Marchetti - Então agora o João Gordo é um cara careta?
Gordo - Não.

11 comentários:

Erick Blur disse...

Aaaaaaaaaahhhhhhhhhhhhhhhhhhhh!!!!

E aí Mr. Marchetti...!!!

Meu, sério que você é amigo de data do grande Johnny Gordo???

Gente, esse cara teve uma vida, e querendo ou não é um grande exemplo de superação para muitos jovens...
Ratos do Porão é uma das minhas bandas favoritas, é realmente uma pena que aqui no Brasil, o Rock não tem mais seu valor...

Pultz, que legal que pelo menos lá fora os caras são reconhecidos como grandes que realmente são...

RATOS! RATOS! RATOS! RATOS! RATOS! RATOS! RATOS! RATOS! RATOS! RATOS!
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\o/

Enfim, continuamos vivendo nesse mundo careta e "coxinha", que outro dia já foi legal...
|m|

Ótima entrevista essa hein...
Parabens...!

PS.:
Paulo, você ainda tem algum contato com o Gordo??


PS2.:
Será que o Ratos fazem um desconto pra mim, pra tocarem no meu churrasco, sábado que vem? (rsrs...)

Paulo Marchetti disse...

Fala Erick. O Ratos de Porão merecia ter música de abertura na novela das 21h da Globo e participar do Arquivo Confidencial no programa do Faustão... kkkkkkkkk!
Que Serra nada! Gordo para Prefeito!
abç

Anônimo disse...

Porra,o cara odiea os Titãs,principalemnte,o disco grunge...Mas antes uma banda picareta, do que um gordo arrogante, e prepotente, que só ele é.João Gordo, é um otário.Falo isso, com convicção, pois certa feita, fui em um show dos Ratos,e ele foi extremamente arrogante comigo.Tô cagando, e andando para ele, e sua bandinha pseudo pesada.Existem bandas muito melhores, que os Ratos, no Brasil.Pesado,aonde??

Anônimo disse...

João Gordo, se acha, mas não passa de um bobalhão, e infeliz

Anônimo disse...

Você é muito boa gente Paulo!!

Paulo Marchetti disse...

Oi anonimo. Obrigado pelo elogio! Todos temos pessoas que gostam de nos e que nao gostam. mas gostando ou nao, fato eh que Gordo venceu pelo suor dele, e chamou atencao da midia por ter personalidade forte. hoje eh um pai dedicado, mudou sua forma de pensar. sua vida teve grandes mudanças, com o cescimento do RDP nos 90, sua entrada na tv, sua quase morte, seu casamento, os filhos. nao estou aqui de advogado do Gordo, mas apenas mostrando outro ponto de vista.
valeu!
abç

Anônimo disse...

Paulo, o João Gordo esculachou o Titanomaquia dos Titãs, chamando-o de oportunista, de ir na onda do grunge. Esse mala do Gordo, só repete o que aqueles jornalistas medíocres da Folha de São Paulo, falavam. O Forastieri, o arrogante do André Barcinski, nessa época dos anos 90, batiam firme nos Titãs sem dó, nem piedade. Mas eu vendo que você, é um sujeito bom, inteligente, e sábio, acho que deve ter uma opinião diferente, right??? Seria interessante, ver um post, sobre esse injustiçado, e brilhante álbum dos Titãs aqui no Sete Doses de Cachaça. Uma coisa interessante, é que Titanomaquia, era para se chamar "A VOLTA DOS MORTOS VIVOS", pura provocação,as críticas negativas, que massacraram o álbum anterior dos Titãs, TUDO AO MESMO TEMPO AGORA(outro álbum injustiçado dos caras). Acho que o Gordo e os Titãs, nunca se bicaram direito mesmo, sempre tiveram uma certa rivalidade. VALEU BROTHER!!

Anônimo disse...

Legal é o texto do Marquês de Sade, que eles musicaram no TITANOMAQUIA, "Dissertação do Papa sobre o crime seguido de orgia", quase um doom metal, chegando a lembrar o Celtic Frost, dos tempos de Morbid Tales.

Anônimo disse...

O titães eh uma otima banda pra quem não gosta de rock!

Spaghetti disse...

MAO ex vocalista do Garotos Podres gravou uma musica com participação do polemico vocalista Pekinez Garcia da lendária banda punk Excomungados! A musica é Hospícios da banda Excomungados, e tem participação de João Gordo! ISSO MESMO, JHONNY GORDO, PEKINEZ GARCIA E MAO JUNTOS! Aguardem!

Anônimo disse...

Esse João Gordo é um filho de uma puta, um arrogante escroto e prepotente que se acha o dono do rock brasileiro. Pior que esse bosta não vai morrer tão cedo. Tomara que matassem ele. O cara que fizer isso fará um favor para a humanidade. Tomara que você morra assassinado João Gordo.