9 de fevereiro de 2012

Reflexões Sobre a Vida

Desde que me conheço por gente me faço as mesmas perguntas que todos fazem: de onde vim? Pra onde vou? Qual o sentido da vida? Custava-me acreditar que era do nada para o nada. Sempre duvidei disso. Céu e inferno.

Nasci em uma família católica, fui batizado, estudei em colégio de padre, fiz primeira comunhão, mas nada me fez acreditar em tudo aquilo. Tudo era muito mal explicado. Cresci cheio de dúvidas e perguntas... e raiva porque ninguém sabia respondê-las.

Ainda há muita gente que não acredita em Deus, ou que exista algum criador. Mas tudo foi criado. Tudo! Como a vida surgiu do nada? Isso também nem o ateu explica. Que nada é esse que dali surge uma vida? Como se pode ver a estrutura dos seres vivos, uma máquina perfeita, ver a natureza, e dizer que isso veio do nada? Que nada é esse que cria coisas absurdamente perfeitas?

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25 anos moro em São Paulo, cidade que não para, que respira trabalho. Cidade grande que engole quem vacila. Aqui todo é alguém, todo mundo se acha importante, todo mundo é descolado e cheio de contatos. Aqui só querem saber o que você é e o que tem a oferecer.

Em SP, quando cheguei, não conhecia ninguém, nem mesmo a cidade. Me estranhava a primeira pergunta de alguém ser: o que você faz? Afinal, vinha de uma Brasília provinciana, onde todos ajudavam a todos e ninguém queria saber o que você tinha de material a oferecer. Bastava ser boa gente. Com o tempo fui percebendo as reais intenções das pessoas. Ver todos aqueles executivos na Av. Paulista ou Faria Lima, me faz lembrar do papel que Christian Bale fez no filme Psicopata Americano. O melhor terno, o melhor carro, o melhor celular, o melhor sapato e até o melhor cartão de visita... e o porta cartão, claro.

Dei SP como exemplo porque é onde senti na pele logo de cara essa enorme importância que dão ao status e aos bens materiais. Mas não é só em SP que isso acontece.

O que quero mesmo dizer é que todo mundo fica olhando para cima e vendo o que gostaria de ter e esquece de olhar pra baixo para ver o quanto já tem. Um bom exemplo do que falo é Steve Jobs que tudo tinha, mas nada pode fazer diante de sua doença. Há muitos outros multi milionários que também sofreram o mesmo. O que adianta ter tudo e querer tudo? Antes de reclamar por não ter o lap top da moda, olhe para baixo e veja quem nem o almoço tem para comer ou sequer possui 35 reais para comprar o remédio que vai salvar a vida do filho pequeno.

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Desde que me conheço por gente, mesmo antes de saber o que significa religião, eu já sabia de alguma forma que depois da morte ainda tinha alguma coisa a mais, sei lá o quê.

Sempre me intrigou o medo que as pessoas têm da morte, apesar de haver crença na vida após a morte desde os primórdios do ser humano, com oferendas e tudo mais.

Para os amigos costumo fazer uma analogia com bar, onde você chega, conversa, ri muito, chama o garçom, consome, se diverte, e na hora de ir embora tem que pagar a conta. Temos a nossa vida, nossas relações, as ações e depois morremos. E é quando morremos que a conta vem, e ela é paga conforme seus atos em vida. Esse julgamento de suas ações acontece de fato e quem analisa seus atos e dá a sentença é você e só você. Pode crer nisso. Você verá um filme de sua vida com as passagens mais significativas e diante delas você dirá se é culpado ou não do que assistiu, e ainda dirá o que vai fazer para consertar os próprios erros.

Nós mesmos traçamos planos e metas para nossa vida antes de nascer, e assim assumimos um compromisso. No final avaliamos o que foi feito e sentenciamos nosso futuro de acordo com foi realizado.

Talvez, por isso, lá no fundo de nosso subconsciente, o medo da morte é o medo de enfrentar a verdade de seus atos em vida, já que o plano espiritual sabe dos menores de seus segredos, absolutamente nada se esconde dele.

Faça o bem sem ver a quem!

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Dias atrás encontrei uma amiga (não quero nominar) que está grávida de sete meses do segundo filho, e ela me contou a história de como ficou sabendo:

Um dia ela acordou e sua filha de 3 anos logo disse, apontado para a barriga: “mamãe, o meu irmão já está aí dentro”. A mãe foi na farmácia, fez o teste de gravidez, e de fato estava grávida.

Sua filha só falava do irmão, e a mãe explicou que só depois de alguns meses é que daria pra saber se seria menino ou menina. E a filha disse: “mãe, papai do céu falou que não dá mais pra mudar”.

Dito e feito, ela espera um menino.

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