1 - Massari era o multi homem: coordenava a 89 FM e era apresentador e programador do Lado B da MTV e ainda fazia outros bicos para revistas e jornais. Aqui ele apresenta a transmissão ao vivo que aconteceu diretamente do Teatro Mars no lançamento da coletânea A Vez do Brasil (Little Quail, Neanderthal, Graforréia Xilarmônica e Rip Monsters). Tatola também estava lá.
2 - Muzzarelas é um ótimo exemplo de banda boa do interior. Hardcore de primeira. Vinda de Campinas que ainda tinha No Class, Língua Chula...
3 - Neanderthal nadava contra a maré da época: fazia um heavy metal de raiz, melódico e nervoso. Era um time de all stars: os irmãos Jaques e Jeff Molina (guitarra e bateria respectivamente), Ney Haddad (baixo, dono do estúdio Quórum), PA nos vocais (ex-RPM) e Lee Marcucci (guitarra. O próprio!). Era um timaço! O que mais surpreendia na banda era a capacidade vocal de PA, além de sua performance ao vivo. Sonzêra da braba. Esse show aconteceu no Ginásio do Ibirapuera num festival beneficente contra a fome (ainda tinha PUS, Rip Monsters, Golpe de Estado... não lembro de tudo).
4 - Lembro do Okotô logo depois que André saiu da Patife Band. Era um duo experimental com Cherry que cantava e tocava koto e André tocava guitarra. Houve outros integrantes e acho que dois discos lançados dessa fase "cabeça". Depois, não lembro em que momento, o som mudou. Sem dúvida era uma das principais bandas dessa cena paulistana dos 1990, além de ser uma das melhores. Formação clássica: Cherry vocal e guitarra, André Fonseca guitarra, Andrei baixo e Miguel bateria.
5 - Esse aí é o Pit Bull, banda que eu e Johnny Monster formamos em 1990 juntamente com o baterista Alja e o baixista Fábio Zaganin. Durou algo em torno de 10 meses e fizemos uns 4 shows. Esse da foto aconteceu no Dynamo. Entre o público, além de um monte de amigos cabeludos e maconheiros, estavam as meninas do Volkana. Cantávamos em português, então éramos peixe fora d'água. Nossa frustração foi não ter tocado no Aeroanta e nem para o Papa. Gravamos algumas músicas do Pit Bull num projeto virtual chamado Aperta o Play (tramavirtual).
6 - Na época dessa apresentação do PUS, a banda passava por uma reformulação. Aconteceu no Ginásio do Ibirapuera durante um festival, só estavam no palco a guitarrista Simone, o vocal Ronan e o batera Rodrigo. Tocaram basicamente Slayer. Talvez tenha sido o último show metal do PUS, porque depois a banda virou uma espécie de eletrônico/industrial/metal.
7 - Raimundos ao vivo em um estádio Pacaembú completamente vazio. Sim, acredite! Porém Raimundos não tinha culpa. Não lembro ao certo, acho que no início de 1994 houve uma tentativa fracassada de se fazer um festival gratuito no estádio, monte de bandas foi selecionada, mas a prefeitura não autorizou o evento apesar de toda a estrutura de som e luz estar pronta e funcionando. Atrás do palco estavam trocentas bandas perdidas sem saber o que fazer e sem saber se iriam poder tocar. Nessa discussão de toca-não-toca o Raimundos subiu e tocou 3 ou 4 músicas. Eu tive a sorte de registrar duas ou três dessas músicas. O cenário era bizarro: um monte de músicos ao redor do palco e o estádio vazio e completamente escuro. O engraçado é que meses depois desse fato, o Raimundos voltou a tocar no Pacaembú só que dentro do Festival Monsters of Rock e foi um dos melhores shows dessa 1ª edição do Monsters. Acho que nessa época a banda ainda estava gravando o 1º álbum e ainda morava num hotelzinho na Vila Madalena. Saímos juntos de lá, mas não lembro onde fomos...
8 - Ratos de Porão ao vivo no Aeroanta. Nessa época a formação era Gordo no vocal, Jão na guitarra, Jabá no baixo e Boka na bateria. Pra variar, show maravilhoso e público animal. Gordo ainda não era da MTV. RDP já era velho de guerra no palco do Aeroanta e esse show que aconteceu em 1993 pode ter sido o lançamento do 'RDP Ao Vivo'. Foi um dos últimos shows com Jabá na formação. Okotô abriu (foto 4).
9 - Volkana ao vivo no SESC Pompéia, em um festival organizado pela revista Dynamite. As bandas de Brasília invadiram SP nos 1990: Raimundos, Volkana, Little Quail, PUS e Maskavo Roots. Volkana era a única banda só de garotas na época - pelo menos a única ativa no circuito. Chegou a gravar "Pet Sematary" do Ramones para tentar uma carreira internacional e gravou disco ao vivo no Dama Xoc. Tentou, tentou mas, como todas as outras que cantavam em inglês, perdeu a força e se desfez.
10 - Yo Ho Delic no Maksoud de Plaza. Sim! No Maksoud. A seleção de bandas para o tal festival gratuito realizado no estádio do Pacaembú (foto 7) foi feito no 150 Night Club (acho que o nome era esse), uma boate que ficava dentro do hotel. Era domingo de manhã e um monte de bandas foram até lá para tocar de três a cinco músicas (imagine a cara da galera). Nem vou nominar porque foram praticamente TODAS as bandas do underground daquele período. Nessa época o Yo Ho Delic já não contava com Kuaker na guitarra que acabou substituído por Munari (ex-Lagoa 66). Os shows do Yo Ho Delic eram ótimos.
11 - Esse show do Yo Ho Delic aconteceu numa casa noturna chamada Phoenix que ficava na Barra Funda e era do mesmo dono do Espaço Retrô (acho que o nome dele era Roberto). Era um casarão velho de ambiente único. Não deu certo e durou menos de seis meses. Formação clássica com Marinho no baixo, Patossauro vocal/flauta/sax, Denis bateria e Kuaker guitarra. Talvez tenha sido o último show com Kuaker.
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