Ramones no Olympia que não gostei. Fui com Gastão.
Entrevistamos a banda na MTV à tarde e tenho uma camiseta autografada por todos
(Johnny, Joey, Marky e CJ). 10 de maio de 1994. Foi quando levei Joey ao
banheiro hahaha.
Eu, como velho fã, depois que Dee Dee saiu, perdi um pouco a
empolgação no Ramones. Não tenho Loco Live e não gosto do Mondo Bizarro (duas,
talvez três músicas).
Tinha lançado Acid Eaters, que também não gostei nem um
pouco.
Show sem empolgação. Claro que emocionante ver Ramones, mas
sem muito tesão da banda. Vi 6 shows do Ramones (de 8 que fez em SP). Não era
mais o Ramones. Não tinha mais o espírito da banda lá. Joey já doente esquecia
todas as letras. Havia mais tesão no Palace e Dama Xoc. Jogo fora todos os
discos lançados depois de Halfway to Sanity.
Fugazi em Piracicaba. Era 3ª feira. Como eu tinha casa lá,
fui com Daniel Pompeu e Marcelinho. A ideia era ver o show e dormir lá. Todos
trabalhavam na MTV. Terminado o Teleguiado acho que às 20h30 (era ao vivo), já
entramos no carro e pegamos estrada. Paramos em um posto no caminho para
colocar gasolina e comer algo. A distância entre São Paulo e Piracicaba é de
160 quilômetros, o que dá por volta de 1h30 de viagem. Chegamos e fomos direto
para Blue Galeria. Infelizmente não chegamos a tempo de ver o show do Killing
Chainsaw (isso doeu). Mas logo que chegamos o Fugazi entrou no palco. Devia ser
22h30. O lugar era pequeno e não cabia mais que 200 pessoas, palco pequeno e baixo.
Não sou um profundo conhecedor de Fugazi, mas posso dizer que foi um grande
show. Tinha gente lá que estava acompanhando a banda no Brasil e dizia que o
show de Pira tinha sido o melhor. Tocaram vários clássicos e interagiram
bastante com o pessoal. Show pequeno, mais intimista. Fugazi tocou músicas que
não costumavam entrar no repertório dos shows. O show terminou 00h30 e
resolvemos voltar para São Paulo direto em vez de dormir na minha casa.
Chegamos pouco depois das duas e fui dormir 03h30.
Show do Luni. No início de 1990 tive a sorte de reencontrar
uma amiga de infância, paixão platônica que consegui namorar. E foi com ela que
assisti e esse show do Luni. Ganhei os ingressos e fomos. Luni fazia parte da
cena underground paulistana da segunda metade dos 1980 e tinha conseguido um
certo sucesso em 1988 quando teve sua música na abertura da novela Que Rei Sou
Eu? Nessa época Marisa Orth era mais música do que atriz. O show foi muito
legal e começou no hall de entrada para o Teatro com, se não me engano, flauta
e violão. Começaram a tocar no hall, as portas se abriram e outros integrantes
da banda ajudavam as pessoas a se sentar. Tinha alguém da banda já no palco.
Aos poucos todos foram indo para o palco nas suas posições, colocando seus
instrumentos e fizeram um belo show.
Show do Zé Ramalho. Teatro Tuca. 18-08-1996. Eu morava em
frente ao Tuca e não podia perder a oportunidade de assistir Zé Ramalho. Apesar
de roqueiro convicto também gosto muito de MPB (mas não de bossa nova). Assisti
Gilberto Gil, Caetano Veloso, Ney Matogrosso, Pepeu Gomes, Moraes Moreira, Rita
Lee, Tim Maia, Marisa Monte, Lenine e outros velhos e novíssimos nomes do
gênero.
Esse show de Zé Ramalho atrasou 30 minutos porque na hora
prevista ainda tinha gente chegando no Tuca. Show lotado. Ele tocou o
repertório clássico e suas baladas incríveis. Botou o teatro inteiro para
dançar. Ninguém ficou sentado. Muitos fãs de Raul Seixas também gostam muito de
ZR e tinha vários deles lá. Inclusive, pra mim, a imagem que fica é a de um
maluco com camiseta do Raul que ficou quase todo o show em pé e com os braços
erguidos para cima. Maluco beleza. Durante o show as pessoas ficaram em seus
lugares, mesmo que dançando, mas no bis foi todo mundo para frente do palco e
rolou muito frevo. Foi muito bom.
Show do Capital Inicial no Olympia. 01-09-2000 (6ª feira).
Tive o privilégio de ser um dos primeiros a saber da volta de Dinho ao Capital,
no final de 1997. Em 1998 lançou Atrás dos Olhos e nessa época a banda não tinha
ideia de quando tocaria em SP. Queria primeiro fazer todo o interior que
pudesse para só depois chegar as capitais. Em SP o primeiro show da banda
depois da volta aconteceu no antigo Palace e foi um enorme sucesso. Estavam
todos muito felizes no camarim. Tocar em SP era o termômetro e só confirmou o
sucesso que já estava sendo no interior.
Esse show do Olympia foi da turnê do Acústico, mas com parte
do show elétrico. Fui com amigos e ficamos em uma mesa no mezanino de frente
para o palco. Lugar que dava visão total do palco, porém bastante apertado. O
Olympia estava abarrotado e o público feminino era muito maior, pelo menos na
área onde eu estava. A gritaria era tanta que eu mal aconseguia ouvir o show.
Sério. Me senti na beatlemania em 1964 quando falavam que não dava para escutar
o show do Beatles de tanta gritaria. No Olympia era igual, já que eu estava
longe do palco.
Show do Lou Reed. Dia 10-09-1996. 3ª feira. Choveu em SP
durante todos os dias 9, 10 e 11. Palace. Pra mim o Palace é disparado o melhor
lugar para assistir shows. O primeiro que vi lá foi o do Ramones em 31 de
janeiro de 1987. O show do Lou Reed eu nem ia, mas ganhei ingresso e fui. Não
me recordo de detalhes, mas lembro que o show foi competente, puta banda, som
ótimo, luz legal. Foi um show de grandes sucessos. Tiros certos onde o melhor
fica para o bis. O show durou duas horas e meia. Começou 21h30 a acabou meia
noite. Fiquei de frente para o palco em um lugar ótimo. Apesar de todos os
ingressos terem sido vendidos, nessa noite não havia mesas, por isso sobrou
espaço no lugar. Showzaço que
quase perdi. “Sweet Jane”, “Vicious”, “Walk on the Wild Side”, “Satellite of
Love”, “Dirty Boulevard” e outros grandes clássicos foram tocados.
Show do Kid Abelha, Camisa de Venus e Barão Vermelho. SESC Pompéia.
22-01-1997 (4ª feira). Esse quase mini festival de rock brasileiro foi muito
legal. Mais uma vez saí correndo da MTV (o Teleguiado era ao vivo e terminava
20h ou 20h30) e fui para o SESC, que por sorte ficava (e ainda fica) ao
lado da MTV e da minha casa. Era uma semana especial que em cada dia era um
gênero de música. Nesse dia era rock. Camisa de Vênus tocou primeiro e, apesar
de ter feito um show chato, pude ficar babando em Luis Carlini (guitarra) tocando
junto com Franklin Paolillo (bateria). Foquei nos dois e esqueci da banda.
Sensacional. Alias era bandaça com Calazans no teclado, e os originais Nova,
Robério e Gustavo. Ficaram tocando rocks dos anos 1950 e isso encheu. Ao final
do show Marcelo Nova falou “fizemos a nossa parte” (em tocar rock n roll).
Senti como uma alfinetada no Kid Abelha. Porém o show do Kid foi arrebatador. O
melhor da noite. Foi um show de sucessos, mas tocados com muita vontade. Já
havia visto shows do Kid Abelha (desde 1984) e esse foi o mais rock n roll, com
pegada mesmo. Baterista descendo a mão.
No show do Camisa o público ficou sentado no lugar, mas no
Kid Abelha todo mundo colou no palco e continuou assim no show do Barão Vermelho,
que também foi outro showzaço. Tanto o Kid quando o Barão gostaram de tocar em
formação de ensaio, formando um círculo no palco e isso deixou os shows mais
intimistas, com os músicos mais a vontade. Todo mundo saiu de lá com sorrisão na
cara. Pena que o jornalismo da MTV não foi cobrir.
Peter Perfeito. Festival Cult 22 (SESC). Março 1995. Peter
Perfeito era banda irmã. No início, em 1984, até tentei entrar na banda, mas Babú
cortou minha onda na hora rsrs. Vi muito shows do Peter, incluindo o primeiro.
Esse Peter Perfeito dos anos 1990 era diferente do Peter dos 1980. Era funk rock, uma mistura de Cypress Hill, RHCP e Rage Against the Machine.
Bom demais. Esse foi o único show que vi dessa formação do disco Funk
Rock Nervoso. Foi quando conheci Marquinhos, que hoje toca no Raimundos. Toca
muito!
De 1995 até 2000 fui muito para Brasília. Ainda em 1995 vi
também o Festial Super Demo que também aconteceu no SESC da 913 Sul. Fui de
busão com o Las Ticas Tienen Fuego, banda dos meus camaradas que foi escalada
para o festival que também teve Acabou La Tequila, Os Cabeloduro e não lembro
de mais nenhuma... Os Cabeloduro fechou o festival e o show arrebentou.
Teve outro igualmente no SESC (e dá-lhe SESC nos anos 1990)
com Zamaster e Detrito Federal. Tinha outra banda mod, mas não lembro o nome e
nem sei qual era o evento ou se era apenas um show. Aconteceu em 14-03-1998 e,
na verdade, o Detrito Federal nessa época se chamava A Mãe do Milton. Nas duas
últimas músicas do Detrito, Cascão chamou a galera para o palco e virou zona.
Arrebentou corda da guitarra de Babú e sumiram dois microfones (devidamente
descontados do cachê). Detrito tinha Babú guitarra, Débora bateria, Cascão
vocal e Delegado baixo. Foi apenas uma participação especial com 4 músicas, mas
foi muito intenso. Ótima balada.
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