O bom é que, por conta do que aconteceu, surge junto um bando de gente que não consegue enxergar o que está bem em frente aos seus narizes. Aliás, segundo me disseram, o apelido Nasi é por causa de seu nariz, mas quem acompanhou o Ira! desde seu início (antes da exclamação), sabe que isso é pura balela e que o apelido vem por conta de seu pavio curto. Até pouco antes de lançar o 1º disco Mudança de Comportamento, o apelido era escrito com a letra “z”, era Nazi, no contexto de abreviação da palavra n@zist@.
(Quem aí se lembra do episódio na Folha de SP, em 1984, quando Nasi partiu pra cima do jornalista Pepe Escobar?)
“Pobre Paulista” representa muito bem esse momento radical do grupo que se vestia como... bem, deixa pra lá...
Vou ser bem objetivo e claro porque, muitas vezes, nem assim certas pessoas conseguem entender.
Não existe rock em país comunista. Não existe sequer arte autoral em países comunistas. Tudo é o Estado! Na União Soviética, na Alemanha Oriental, na China, na Coreia do Norte, em Cuba, no Vietnã, em Laos existem ou existiram cenas musicais? Existem ou existiram gravadoras e selos independentes? Existe ou existiu mercado fonográfico nesses países? Quais os discos clássicos dos artistas autorais desses países?
Vou listar:
União Soviética
Alemanha Oriental
China
Coreia do Norte
Cuba
Vietnã
Existe algum álbum de alguma banda ou artista solo que você gosta que seja Live in Russia ou Live in Xangai ou Live em Havana? Chico Buarque, Caetano Veloso, Maria Bethânia, Daniela Mercury, Gilberto Gil e outros artistas da Turma Rouanet já fizeram shows nesses países?
Os artistas que você gosta são desses países da lista acima ou são, em sua maioria, dos Estados Unidos e Reino Unido? Os artistas que você escuta nas plataformas de música, que você vai aos shows e que você compra camiseta são desses países da lista?
As gravadoras que produzem e distribuem a música que você ama são de gravadoras estatais de países comunistas ou são de gravadoras que estão em países do ocidente liberal capitalista?
Se você contratar o Ira! ou qualquer um desses artistas que se dizem comunistas/socialistas e disser a eles que parte do cachê será doado ao MST e que eles ficarão hospedados em um hostel, você acha que eles vão aceitar? Será que no camarim deles basta uma aguinha, um cafezinho passado no coador e uns biscoitos?
Os vídeos que Nasi, o ex-Nazi, publica nas redes sociais em que ele faz receitas gastronômicas que harmonizam com vinhos que ele indica, e os vídeos onde ele dá sugestão de filmes e séries, você acha que isso é coisa de socialista ou de burguês capitalista?
Todos sabem que o mercado fonográfico exerce um capitalismo selvagem e que tudo que gira em torno dele, inclusive ele mesmo, existe graças ao ocidente liberal capitalista. Então por que diabos há artistas e fãs que acham que são comunistas?
O que Nasi fez é completamente coerente com a ideologia que ele admira, pois o comunismo é autoritário, é preconceituoso, é censor e quer a eliminação de quem pensa diferente. Aliás, nada diferente das ditaduras “primas irmãs” do comunismo, digo o nazismo e o fascismo. Inclusive, Lenin e Stalin diziam que o fascismo era o progresso do comunismo marxista, mas tem muita gente que não está preparada para este fato, por exatamente desconhecer os fatos, ou sequer percebê-los. Para quem diz que o nazismo é direita, é só ler o nome do partido e ver a cor predominante de sua bandeira, além de ver o que o ditador de bigodinho fez com os empresários e empreendedores alemães e com quem pensava diferente dele. Essas ditaduras todas não gostam de quem pensa diferente.
Se você tem problemas em entender todo esse contexto, então te convido a procurar os bons livros que se baseiam em fatos e documentos, para poder entender a história. Assim você vai parar de abraçar e repercutir a opinião dos outros como se fosse sua (mas isso também é compreensível vindo de quem deseja um Estado que faça tudo pelo cidadão, inclusive pensar por ele).
O pior cego é aquele que não quer ver!
PS: O Ira!, por mais que tenha boas composições e bons álbuns, sempre foi uma "filial" do The Jam e extremamente influenciado por The Who, Kinks, Beatles e a cena Sixties! Todos artistas da União Soviética, ops, não, da Inglaterra!
30 comentários:
O "interessante" dessas palavras publicadas aqui é a falta de noção histórica e, claro, a ideia fraca de associar Nazismo com Comunismo. Qualquer pessoa que tenha tido Ensino Fundamental sabe que o Nazismo era antiliberal, anticapitalista, anticomunista e antihumano... E fazer essa "ligação" do Comunismo com o Nazismo apenas demonstra uma ignorância que "está na moda"; antigamente, era feio ser burro, mas hoje é uma "honra". Por exemplo, o trecho: "Se você tem problemas em entender todo esse contexto, então te convido a procurar os bons livros que se baseiam em fatos e documentos, para poder entender a história". Sobre quais livros você está falando? A historografia já provou centenas de vezes que o Nazismo era anticomunista... E outra: viver no capitalismo e consumir e adorar Rock não está propriamente ligado ao "tesão burro" por um sistema como este. Como haviam pessoas nos países comunistas que queriam uma vida melhor, também há no capitalismo pessoas que querem uma vida melhor. O Ira! é importante por uma série de fatos musicias, estéticos e ideológicos, mas se um "macaco" como o autor dessas palavras acha que no capitalismo só há bandas "capitalistas" que amam este sistema, ele nunca ouviu Grateful Dead ou mesmo The Clash. Mais um "senhorzinho" burro que não deve nem lembrar das aulas do Fundamental II em sua triste e limitada vida.
Anônimo, as tuas ofensas gratuitas e sua falta de conhecimento são coerentes com a ideologia que você (acha que) abraça. VOcê vive como um socialista ou como um capitalista? kkkkk De onde são o Grateful Dead e o The Clash? De Leningrado ou de Havana? kkkkkk
Cara, parabéns pela lucidez ao abordar os fatos. Adoro quando Rage Against the Machine e outras vem pro Brasil cobrar R$ 1.000,00 no ingresso e vem com papo de socialista. risos... O mesmo fazem muitos outros por aí... Essa é a "Coerência Canhota", e tá chio por aí...
Assino embaixo!
Valeu!
Amigo, lê o texto de novo. Você tá preocupado em defender uma ideia graça com fatos inventados da cabeça de seus professores comunistas que adoram dar carteirada ou melhor, diplomada! Você precisa abrir a mente para outras opiniões. Isso que você tá comentando, eu aprendi também na escola . E depois tive que correr atrás para desfazer essa lavagem cerebral! Mas acho que você não se tocou que só está repetindo o que seus iguais estão dizendo sem realmente ler e estudar o outro lado da história. Acorda!
Paulo! Parabéns! Sabemos o quanto é difícil aguentar a chacota das hienas esquerdopatas gourmet. Mas bora lá! Esse seu texto é muito importante para a revolução cultural que precisamos fazer!
Valeu! A hipocrisia não deve perdurar!
Texto sensacional
Já falei sobre exatamente isso em matérias que escrevi e até em conversa c0m meu amigo, o jornalista e escritor Rafael Fontana.
Rimeiro que o Nasi era Nazi mesmo, cresceram naquela cena dos Carecas do ABC e outras. A música Pobre Paulista reflete bem isso.
Depoos, que a característica do Rock era ser antissistema, e c0mo nos anos70 e 80, o sistema era conservador, com o Ocidente liderados por Reagan e Tatcher , era natural a simpatia pela esquerda, principalmente nos costumes. Hj a esquerda é o sistema, aliás faz tempo.
Se fprem classificar o rock na limha ideológica ele se assemelha mais ao anarquismo ou ao anarcocapitalismo.
Mas esse imbecil teve o cérebro derretido e nem sabe o que é isso.
Queria entender anarcocapitalismo. Deve ser algo bem interessante de se aplicar, mas não foi ainda explicado.
Perfeito o texto e a coerência.
Legal é ler os comentários, pessoas dizendo que o Nazismo era anticapitalista, antiliberal e antihumano, usando isso para separar o comunismo do Nazismo. Porém em uma análise simples: Qual modelo político matou mais comunistas? O próprio comunismo, qual é mais antigo liberal? O próprio comunismo é qual é anticapitalista? O comunismo... ah mais a China é capitalista, o estado sim a população não é....
Gosto é quando vejo banda nacional com boné do MST, mais não fazem um show gratuito ou não deixam liberadas as portarias para quem não tiver grana poder assistir sua arte. Enfim hipocrisia dos ídolos aos fãs é o que temos nessa turma.
Matou a pau!! Esquerda é e sempre foi o supra sumo da incoerência, hipocrisia e enganação.
Texto perfeito !
O MELHOR COMENTÁRIO FOI O PRIMEIRO
PUBLICADO ACIMA.Se for chorar,mandem
audio,Trump.kkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Ansioso pela vasta bibliografia que mostra que o nazismo é de esquerda. Pelo que entendi, para o autor, se o cara manca um pouco pra esquerda, é automaticamente adepto de comunismo totalitário.
Essa passagem do texto que bota o nazi- fascismo como " aparentado do socialismo marxista é tão idiota e ignorante que em verdade, foi a ÚNICA passagem que eu achei no texto todo , desonesta e ignorante.
O resto é isso aí mesmo
Concordo com tudo o que foi dito no texto do blog Sete Doses. Concordo porque já passou da hora de alguém apontar o óbvio: o rock brasileiro nunca foi, de fato, revolucionário — ele apenas se fantasiou de “engajado” para não encarar o vazio existencial da sua própria futilidade. E o IRA! é um exemplo perfeito dessa estética pseudo-subversiva, vendida em vinil com lacração embutida.
Enquanto Nasi entoa versos como “Mais do que nunca é preciso viver”, o que se vê é uma sobrevivência performática, boutique de rebeldia domesticada. Nada mais burguês do que um roqueiro de classe média com a camiseta do Che, opinando sobre política pública entre um chopp artesanal e outro. Como diria Roger Scruton, “a esquerda ama os pobres, desde que eles permaneçam longe e em silêncio.”
A tal “rebeldia” do IRA! é, na verdade, uma caricatura do espírito revolucionário que dizem representar. Em Pobre Paulista, há um retrato quase involuntário da realidade social, mas sem qualquer proposta ou risco real: “Sou eu quem faz a sua cama / Mas posso sujá-la também.” — Que bela ameaça, digna de um adolescente revoltado com a diarista. É crítica social com pose de boutique da Vila Madalena.
Não nos enganemos: o rock brasileiro sempre foi progressista até onde o cachê permitisse. Quando a guitarra desafina contra o “sistema”, o eco só serve se houver plateia engajada aplaudindo com a camiseta do MST e o iPhone 15 na mão.
A verdade, como bem dizia Olavo de Carvalho, é que “os idiotas úteis da cultura pensam que estão fazendo revolução enquanto servem ao sistema que dizem combater.” E o rock nacional, nesse sentido, foi um dos maiores cavalos de Troia da esquerda: gritou contra a ditadura, mas se calou com a corrupção vermelha; cantou liberdade, mas aplaudiu censura do “politicamente correto”; falou em resistência, mas abaixou a cabeça pra todo editado cultural progressista.
O autor do blog acertou ao desmascarar essa farsa: o rock de esquerda é uma mentira confortável, um produto de marketing para jovens ressentidos que confundem solo de guitarra com tese de mestrado em ciências sociais. E o IRA! é só mais um nome nessa lista.
E no fundo, a música do IRA! diz mais do que eles próprios gostariam. Em Envelheço na Cidade, o refrão denuncia: “O tempo escorre pelas mãos / Mesmo sem se sentir.” É isso. Passaram décadas “sentindo-se revolucionários”, enquanto o tempo, a história e o povo brasileiro seguiram em frente, sem eles.
Querem rebeldia de verdade? Leiam Scruton. Querem desconstrução? Leiam Mises. Querem resistência? Tentem pagar imposto como qualquer empresário brasileiro e continuem livres. Isso sim é rock.
Porque no final das contas, enquanto eles sujam suas camas de poesia militante, somos nós — os liberais, os conservadores, os homens livres — que limpamos a cidade, construímos o país e ainda temos que aguentar os gritos desafinados dos que envelhecem sem nunca ter amadurecido.
Ele quer atenção. Estavam escondidos. Quase ninguém sabe quem eles são. Mostrando suas IRAs, vão reaparecer? Duvido.
O problema de um bom texto é quando ele passa da realidade para a ilusão do achismo, sem embasamentos histórico, e com afirmações contraditórias aos fatos do Nazismo em relação ao comunismo pelo simples fato do autor estar obcecado em denegrir a imagem de um músico que se deteriora sozinho.
O fulano comenta o texto afirmando que o autor desconhece a história, mas ele mesmo não sabe da missa o terço.
Só um fato que destrói por completo a falsa crítica do esquerdista: o grande financiador de Hitler foi Stalin que, por identificar a consonância ideológica dos seus domínios, pretendia usar o exército nazista como ponta de lança para conquistar toda a Europa e, depois, incorporá-lo as suas tropas.
A estratégia só não vingou, porque Hitler descobriu a intenção de Stalin. Então, Stalin se voltou para conter o seu cão raivoso (Hitler) aliando-se às forças ocidentais.
Como dizem os esquerdistas: vai estudar kkkkkkkk
Vai continuar ansioso, porque não vou fornecer. Vocês da esquerda querem tudo dos outros. Vai atrás. Se você gosta de um assunto o que você faz: pergunta ao "grande irmão" o que ler ou você é independente e corre atrás? Não vou alimentar sua preguiça. Qualquer um que vá para a esquerda é sim a favor de submissão e ditadura. Neste caso, não há como ser um pouco. Pode ser um pouquinho nazista também que tudo ok? Pode ser um pouquiinho fascista também que tudo bem? Eu heim...
Obrigado Valente!
Como disse no texto, há vasto conteúdo baseado em fatos que mostram a unidade entre as três ditaduras citadas no texto. Dei dois exemplos básicos e ainda te pergunto: qual foi a referência do nazismo para criar os campos de concentração? Ilusão é o mundo paralelo em que você vive ;) Eu falo de tantas outras coisas no texto, porque não comentá-las também? Você, por exemplo, vive como um socialista ou como um capitalista? (pergunta retórica...)
Engraçado que tem uma galera que não passou pela escola mesmo: se o Nazismo era "irmão" do Comunismo, por que existiu a maior batalha da 2º Guerra Mundial: Batalha De Stalingrado entre Alemanha Nazista e União Soviética Comunista? Mano... O rapaz que primeiro comentou apenas perguntou sobre essa "bibliografia" que diz Nazismo = Comunismo e ninguém citou nada. Vocês deveriam ler Hannah Arendt ou mesmo Eric Hobsbawm para iniciarem a perda dessa estupidez. Definitivamente, o senhor Paulo desconhece sobre ideologias e, principalmente, sobre fatos históricos. Mais "um"...
Impossível o senhor Paulo ter algo chamado "bibliografia" em sua vida; essa geraçãozina MTV é idiota mesmo... Ele é "filho" dela!
Como já disse e repito: não fornecerei a bibliografia que tenho a respeito deste assunto em questão. Há grandes livros, inclusive feitos coletivamente por quem se diz de direita e por quem se diz de esquerda. Vai ler, aprender, vai assistir a documentários e corra atrás de outros conteúdos e fontes, antes de falar bobagens. Vai entender o que acontece durante uma guerra antes de falar asneiras. Inclusive há ótimos livros sobre diversas guerras que aconteceram na Europa entre os séculos 19 e 20. Vai procurá-los!
Um anônimo acima disse (sem pre anônimos!):
"Impossível o senhor Paulo ter algo chamado "bibliografia" em sua vida; essa geraçãozina MTV é idiota mesmo... Ele é "filho" dela!"
Só que esta fala diz muito mais sobre quem a escreveu. Inveja é um dos piores sentimentos do ser humano. Ter o cérebro atrofiado não é fácil, diz aí? Conselho de um pedagogo formado: pare de ler Paulo Freire!!!
Ah! Outra coisa, então você deve saber que Stalin cedia território da URSS para soldados nazistas treinarem? Pois é...
Postar um comentário