De 2000 a 2013
Nesses últimos tempos houve um número alto de demissões em massa em algumas redações de jornais impressos e seus sites. Claro que demissão é algo agressivo, mas a vida é assim e isso não acontece só com jornalista. Vi muitos deles choramingando (desculpe o termo) a respeito desses ocorridos, dizendo injustiça, quase a ponto de dizer que sem o jornalista o mundo não anda. Está certo, claro, óbvio que não é nada agradável ser mandado embora, mas todos estão sujeitos a isso, seja um auxiliar de obra ou um alto executivo de multinacional.O mercado está mudando mais uma vez, assim como mudou no boom da internet. Outras ferramentas estão se adequando ao dia a dia do público. A tecnologia facilita a vida de todo mundo a ponto de ninguém mais conseguir imaginar o mundo sem telefone móvel e internet, mesmo que essas criações estejam há poucos anos em nosso cotidiano. Vivemos a Era Jetsons. Logo os carros estarão voando!
A televisão há tempos sofreu essa mudança, que agora acontece de novo no jornalismo. Assim que foram lançadas câmeras como a PD150, que chegou ao mercado brasileiro por volta de 2002, o jeito de fazer televisão mudou.
Antigamente eram as betacam que pesavam entre 8 e 13 quilos, operava-se essa câmera apoiando-a no ombro. Hoje, com essas câmeras pequenas, tudo ficou mais ágil, apesar de infelizmente terem se perdido os recursos que se faziam com a câmera no ombro. Se ganha por um lado e perde-se por outro.
Todos os operadores de câmeras tiveram que se adequar a essa
nova linguagem. TODOS! Assim como a forma de editar e finalizar um projeto. As
ilhas hoje são digitais, e já não há mais ilhas de edição analógicas. Em 1998
editei todo o Monsters of Rock em uma Avid e saí da edição falando que nunca
mais iria usar uma ilha digital. Achei a experiência horrível. Hoje vejo que
era questão de costume e aprendizado.
Em 2012 passei quase três meses dentro do antigo prédio do Grupo Abril, contratado para fazer alguns vídeos internos. Fiquei boquiaberto de ver o quanto a empresa estava perdida em meio a tantas ferramentas. Naquela época já não sabia para onde correr. Ao mesmo tempo em que se perdia leitores, também não conseguia entender o funcionamento das ferramentas atuais. Percebo que há pessoas que querem que a nova ferramenta se adeque a elas e não o contrário. Há muita briga entre essas empresas de tecnologia. Quem inventa o quê? Quem é dono do quê? Quem pode usar o quê? Bobagem. O público não se importa com isso, apenas quer usar, independente de quem faz ou da máquina que tem.
Na área de vídeo, por vezes, somos obrigados a reduzir ao máximo a equipe de gravação. Hoje há quem opte por contratar um operador de câmera que também faça o áudio. Eu mesmo já tive que fazer isso. Claro que a qualidade do trabalho cai vertiginosamente. Isso é culpa de pessoas ignorantes que não entendem o motivo do custo de uma gravação, por mais simples que seja.
A Folha de SP foi uma que demitiu boa parte da redação,
assim como o Estadão. Não sei o que houve, e falo misturando o consumidor com o
profissional, porque pra mim fica claro que após fazer a versão virtual do
jornal ser paga, o número de acessos diminuiu. Eu mesmo deixei de ir ao site
desses jornais, até vou, mas não clico nas matérias. Uso o acervo. Se fosse
para pagar por um conteúdo ultra exclusivo, ok, até poderia pensar em assinar.
Mas pagar para ver e ler sobre assuntos que posso ver e ler em outro site aberto,
não faz sentido.
Sei de redações que têm pequenos estúdios, equipamento legal, e até switcher, mas é pouco usado ou nada usado por ser bicho de sete cabeças para muito jornalista. O pior é que, quem segura à evolução são, obviamente, os velhos lobos, os acomodados. Não entendem e não querem entender o que se passa hoje.
É errado achar que um jornalista pode operar câmera, operar o áudio, editar e finalizar uma matéria e, além de ter feito o vídeo, ainda ter que fazer matéria escrita. Assim só se puder ser algo bem ruim, meia boca, aí tudo bem. O pior é que há quem pense que deva ser assim.
A tecnologia permitiu o baixo custo. Não importa se a imagem é de smartphone, se alguém conseguiu pegar imagem do furo do momento, é ela que vale. Nem sempre foi assim. O antigo ‘Aqui e Agora’ do SBT ajudou nessa mudança.
O ruim é que, mesmo o equipamento profissional, está de certa forma fácil de manusear, mas em termos. Digo fácil porque há o maledeto botão automático que faz qualquer pessoa acreditar que pode operar uma câmera. Imagine essa pessoa tendo ainda que cuidar do áudio e entrevistar as pessoas. Até arrepia a espinha de pensar nisso. O contratante, para economizar 500 ou 700 reais, prefere fazer algo que talvez nem dê pra usar, do que ter algo seguro e profissional.
Jornalistas colegas foram arrancados das redações. Isso é comum no mercado de televisão. Em todas as emissoras e produtoras independentes vêm acontecendo cortes.
Pra mim o problema maior está nas pessoas que estão na parte de cima da pirâmide, nos executivos: gerentese diretores ou qualquer coisa do tipo. São elas que, como disse, não sabem o que fazer, e não deixam quem sabe fazer o que deve ser feito.
A Partir de 2013
As ferramentas tecnológicas não param de surgir ou de se reinventar. É só ver o que Facebook, Instagram, Twitter fazem.
E como disse acima, os grandes não conseguem entender os novos tempos. Azar o deles! Só que apesar de toda mudança recente que tivemos dentro do jornalismo, esses grandes veículos ainda conseguem atrapalhar o futuro que já chegou!
Veja só a Globo, a Folha de São Paulo, o Grupo Bandeirantes e outros: fazem de tudo para atrapalhar a vida dos jornalistas independentes!
O que acontece hoje no jornalismo é o que aconteceu com as gravadoras na virada dos 1990 para 2000 e com a chegada do Naspter: obrigou a todas elas repensarem no modelo de negócios!
Os programas de troca de arquivos e a tecnologia acabaram com essa festa!
Hoje acontece a mesma coisa no jornalismo: inconformados com essa mudança e com a perda de poder, os grandes grupos de comunicação ao invés de abraçarem a nova realidade, procuram derrubar aos que querem pisar no futuro.
Além de continuarem a praticar um jornalismo que envelheceu e que não cabe mais nesses novos tempos, tentam a todo custo desqualificar os novos formatos.
Produtores de Fake News são esses velhos e capengas grupos.
Vergonhoso inclusive pelo fato de todo mundo hoje saber que esses grandes grupos eram manipulados através de verbas públicas disfarçadas de publicidade do governo. Essas verbas públicas é que diziam o que esses grupos deveriam falar e como deveriam falar.
Essa nova direção para o futuro não tem volta, mas eles insistem em querer derrubar algo que já está mais do que implementado.
É como se diz o velho ditado: se você não consegue derrubar seu inimigo, junte-se a ele!
Mas ególatras que são, grupos como Globo, Folha, Estadão, Bandeirantes e outros não conseguem tirar o olho do espelho, tirar o olho do próprio umbigo.
Já era! É preciso uma adequação urgente! É preciso despedir 80% dos profissionais que eles têm para começar a construir algo novo, e mesmo assim, a essa altura do campeonato, essa construção já vai começar atrasada!
O mesmo já está acontecendo com o ex-todo poderoso Grupo Globo que com a verba pública que ganhava dos Governos, fazia a festa e comandava o mercado a ponto de monopolizar qualquer mercado: do entretenimento, das artes cênicas, da música, do jornalismo, do esporte, das crianças, da publicidade e de qualquer outra coisa.
Pagava-se horrores para artistas de ponta ficarem em casa enquanto não faziam novelas. Pagava-se horrores para grandes campeonatos para engavetá-los simplesmente para que outra emissora não os comprassem, pagava-se por exclusividade em tudo! E ainda assim sobrava dinheiro a rodo!
Graças ao novo Governo, esse monopólio do mal acabou! Toda essa maldade praticada nesse mercado de comunicação acabou!
Com o fim da mamata das verbas públicas a Globo vem sendo obrigada a se adequar a realidade. E hoje vemos que não eram os outros grupos que eram incompetentes, era a Globo que jogava sujo. Não eram os outros grupos que não alcançavam o patamar da Globo, e hoje é a Globo que vem se adaptando a realidade. Abriu mão e/ou vendeu diversos direitos de transmissão de vários eventos que há décadas eram dominados por ela.
Houve uma época inclusive, quando a Record e o SBT começaram a se arriscar mais no mercado de novelas, que ela proibia atores e atrizes de trabalhar nessas emissoras, mesmo não tendo contrato com o grupo carioca, simplesmente com ameaças de que se fossem pra outras emissoras, não voltariam a trabalhar mais na Globo. Isso é pura falta de caráter, isso é um antiprofissionalismo do mal.
Hoje vivemos a era do jornalismo independente seja em qualquer área!
As novas ferramentas tecnológicas abriram mais espaço para diversas áreas, incluindo a do jornalismo.
Até mesmo a política mudou com todas essas novidades tecnológicas! Aliás, tudo mudou e tudo se desnudou com a tecnologia. As mentiras estão cada vez mais difíceis de serem contadas, isso em qualquer área, seja profissional ou social.
Essa falta de coragem de encarar a realidade e o futuro, vai exterminar esses grupos manipuladores e que, inclusive são também grandes fábricas de Fake News.
Ainda bem que esse velho e arcaico modelo de jornalismo acabou. E digo mais uma vez, azar de quem insistir com isso!
Já estamos no futuro e os velhos lobos precisam aprender de uma vez que não tem como manipular sua chegada.
Adeus velhas práticas!
PS: o velho jornalismo é tão prosaico, parado no tempo e burro que, pra ele, chamar jornalista independente de blogueiro é algo pejorativo quando, na verdade, significa algo ótimo, afinal o blog é uma das primeiras ferramentas da internet a permitir a existência de um jornalismo livre e independente!
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